O caminho que leva à fazenda e pesqueiro Maeda nessa terça feira foi marcado pelo cinza do céu e a iluminação de Danny Torrence. Um taco de roquei descrevendo curvas espamódicas no ar (como no livro escrito pelo Rei) e o som da borracha estreitando os sulcos do asfalto. Aproximadamente uma hora e meia depois, uma trupe de intrépidas pessoas aportava no gramado.
Com esse clima de paciente contemplação, a visita ao local onde será realizado o Festival SWU, nos dias 9,10 e 11 de outubro, foi uma viagem quase desapercebida. As estações de colinas marcavam a entrada do lugar, do mesmo jeito que a poluição foi substituída em cada alvéolo pelo ar puro. Itu tem esse clima brejeiro campestre que cria uma gênese de simpatia, mas a pergunta é:
Com todos os hotéis sem vagas para o evento e as cidades próximas caminhando para uma superlotação, houve tempo de estruturar tudo o que se prometeu? A resposta seria respondida algum tempo depois…
Um enorme brinquedo adulto desenhava pontos panorâmicos e o sol ligeiramente assolava a grama seca em frente aos dois gigantescos palcos principais, cada um deles com mais de 140 metros. Esse mesmo astro imponente na hora do almoço parece desaparecer no momento em que sobe-se no tablado, onde daqui a alguns dias Tom Morello (ele mesmo que pediu a cabeça da pista vip) e Josh Homme tocarão. Ter a visão deles por alguns instantes vale cada célula fotofóbica perdida.
O evento reservado à imprensa na fazenda Maeda, mostrou que a infraestrutura está nos último ajustes. As instalações artísticas (os cataventos com material reciclado, o labirinto e o ônibus verde onde vegetação e som serão amalgamadas), ainda estão em fase de finalização. Do mesmo jeito, os ajustes dos palcos principais e dos dois secundários. O declive do terreno foi usado como geometria natural para o formato em anfiteatro e existe uma grande quantidade de locais destinados à alimentação e higiene (1000 banheiros químicos).
Todos esses acertos finais estarão nas mãos das 9.000 pessoas que trabalham com o SWU. Esforço que fez com que a banda Kings Of Leon trouxesse todo o equipamento para o show no Brasil.
Durante a coletiva, Eduardo Fisher mostrou a tão famigerada área VIP e ela não é tão very special assim. Não deixará tão ofendido o proletáriado comunista, mas não muda o fato de que é uma área VIP. Ele confirmou o festival como segundo maior evento do estado de São Paulo (apenas perdendo para a Fórmula 1), assim como a vontade de torna-lo mundial.
Na coletiva foram mostrados os palestrantes do Fórum Sobre Sustentabilidade que ocorre nos festival. Com trasmissão via internet e pelos telões do SWU, nomes como Drummond Lawson, Stephen D’ Esposito e Phil Salala são presenças confirmadas. Ruma Bose lançará seu livro no festival (a indiana trabalhou um ano com Madre Teresa). Frans Krajcberg , artista que usa materiais decompostos nas suas obras vem com exclusividade ao Brasil por causa da proposta do evento.
A política anti-drogas do festival deve ser casca grossa, pois contará com a presença de todas as corporações. Bombeiros (presentes no local inclusive hoje), Polícia Civil, Militar, Denarc, Anti-Sequestro e seguranças contratados pela produtora (que se responsabiliza apenas pela conduta dos seguranças, não da polícia). Assim como uma grande quantidade de agentes à paisana.
Tudo tem dimensões enormes e o espaço visto de cima é de uma magnitude que assusta. Não temos o costume de ver um evento nessas proporções em nosso país. Serão áreas enormes para camping, com barracas e objetos dentro das mesmas.
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Se estamos preparados para isso só saberemos apenas no dia, mas que fique bem claro que a frase “se não quiser aguentar perrengue, que fique em casa”, não pode ser a tônica. A iniciativa é sensacional e o esforço feitos pelos organizadores é louvável.
Mas deve-se entender como público, que em um evento dessas proporções não somos meros espectadores, precisamos atuar como coadjuvantes de luxo para que tudo o que possa dar errado seja de mínimo dano. Do mesmo modo que se algo na infraestrutura não funcionar, correções para os próximos anos deverão ser feitas.
Um festival deve além de entreter, cuidar de quem com tanto suor e amor anda milhares de quilômetros para ver durante três dias shows que ficarão marcados na memória para sempre. Mas isso é depois do dia 11, por enquanto aquela ansiedade em saber que sábado Itu brejeiramente vai nos acolher é bem vinda…
– O blogamigo TMDQA fez fotos ótimas do evento e deu vários detalhes técnicos do que ocorrerá no dia. Dá um confere aqui.
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ADOREI ESTE LUGAR LOGO LOGO VOU AI EM JUNHO COM MINHA FAMILIA <3