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Tipo Uísque @ Roqueadores Realengo-RJ 19/02/2011

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Foto Divulgação

A primeira edição da Roqueadores em 2011 foi uma verdadeira batalha para manter o evento de pé. Entre contratempos e cabos, sobraram sorrisos e o sentimento de dever cumprido, tamanha as adversidades enfrentadas. Além do excelente e já tradicional DJ BJ, a noite teria duas bandas cariocas para embelezar o palco rock da casa D’Lounge. Teria. O Medulla viu seu show ser cancelado em cima da hora após constatar que seu baterista simplesmente desapareceu do mapa. Hoje completam 4 dias que Daniel Martins não dá notícia a ninguém. O rapaz viajou para o interior de São Paulo e deviria voltar na sexta, mas nem a banda e nem sua família conseguem entrar em contato com o baterista.

Para seguir a noite, as meninas do Tipo Uísque assumiram os microfones e executaram canções do EP Afague, recém lançado pelo SLAP (Som Livre Apresenta). Novamente, levantou-se uma batalha no recinto para fazer os projetos funcionarem. Apesar da posição profissional da banda, o público ficou indiferente com a apresentação, conversando aleatoriedades enquanto Pin Boner entoava sua voz alá Beth Ditto – até o microfone simplesmente parar de funcionar. Foi em “Factitious”, a quarta música do repertório, a hora em que os microfones deram uma pane sem explicação e voltaram quando acharam que era a hora de funcionar de  novo.

Os 6 integrantes do Tipo Uísque levaram a sério a teoria do ‘cada um no seu quadrado’ e se amontoaram em cima do minúsculo palco xadrez da casa, praticamente impedidos de se moverem para os lados. Juntando isso com o baixo volume das duas guitarras, a banda acabou perdendo em presença de palco e não empolgou tanto quanto o seu potencial musical. O single “Fight It” foi um dos pontos altos do show e um excelente momento para Pin mostrar seu dom vocal, além de toda a sua sensualidade ao microfone.

O repertório veio cheio de canções inéditas, como a colante “Gasoline”, mas também repleto de baladinhas pouco divertidas, como “Maturity” (que abriu o show) e a instigante “Half”. Ainda teve tempo para uma versão pulsante de “Immigrant Song”, do Led Zeppellin e o encerramento com “She Is Into Cotton Candy”, dando destaque a destreza dos músicos e a pegada precisa da cozinha da banda. O que sobrou foi aquele sentimento de que poderia ser mais, melhor, e que, apesar dos sorrisos largos nos integrantes após a apresentação, faltou algum elemento desconhecido para convencer a massa que o Tipo Uísque é nova banda para ficar de olho.

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

3 COMENTÁRIOS

  1. Ontem foi a minha primeira roqueadores. Foram horas até chegar lá e digo: valeu muito a pena.
    Embora nao tenha acontecido o Medulla, acredito que a festa soube se segurar.
    Mas o principal foi o público, todos cantando, dançando, sorrindo. Eu fui sozinho e não passei um segundo sozinho.
    A galera da Roqueadores tem de dar sempre o a valor a quem faz a festa brilhar.

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