A vida é feita de escolhas. Desde as mais decisivas – faculdade, casamento, camisinha… – as mais simples. A Lapa, famoso reduto boêmio carioca, estava vazia. O povo se concentrava em apenas uma área, e mesmo que Caetano Veloso, Marisa Monte, Kassim e outros mais, escolheram assistir aos Dirty Projectors no Teatro Odisséia; logo em frente – no Estrela da Lapa – os cariocas do Manacá lançavam seu primeiro e tão esperado álbum – e essa foi a minha escolha.
Por Marja Abreu
Carregando o fardo de estarem sobre as mangas de uma grande gravadora, o Manacá é a expressão do indie com o mainstream; do rock e de qualquer som desse Brasil de tantas culturas. Essa personificação rocker do folclore brasileiro montou uma estrutura de qualidade surpreendente, e mesmo que toda a produção seja caseira, a beleza da casa de shows escolhida já fez todo o clima ‘futuro do pretérito’ funcionar tão bem. Vale lembrar que estamos falando da banda que abriu o show do Beirut em São Paulo, não é pouca coisa.
Talvez, os quase dois anos de atraso no lançamento dessa bolacha é que tornaram a banda tão segura a ponto de trocar suas próprias melodias por outras, as vezes tão diferentes e irreconhecíveis, num processo de quase reinvenção. A palavra de ordem aqui é: Compre o cd e ame; Vá aos shows e venere. A qualidade dos músicos, tão versáteis e trajados especialmente, não os deixam escapar de pequenos erros e falhas técnicas, mas nada que atrapalhe o espetáculo. Acho desnecessário falar das danças de Letícia Persiles (vocalista) e de sua magnífica voz. Fica o convite para você ver/ouvir.
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Diabo (Ao Vivo)
Das canções, “Desejado” apareceu totalmente reformulada, acústica e bem ‘abrasileirada’; outra mudança ocorreu em “Lamento”, uma das mais cantadas pelo público, e alçada de uma bateria quase tribal. “O Galo Cantou” teve o público acompanhado por palmas o término da música e “Diabo” o foi quase um grito do público – que permaneceu tímido durante a apresentação. Claro que a versão de “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Morais estava presente, acompanhada de “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga. O show terminou com “A Flor do Manacá”, belíssima faixa, que teve seu início cantado pelo público.
E são dessas escolhas que todos vivemos. Ali, eu vi um show totalmente diferente daquele que apreciei a quase um ano atrás, e tive a certeza que as pessoas podem se reinventar, recriar seu repertório e fazer um público fiel ser cada vez mais feliz com a banda que acompanha. Não sei se na casa da frente estava com um som tão bom e agradável quanto estava ali, se o público interagia com a banda tal como foi com o Manacá, mas eu vi uma nova banda e agora quero ve-la mais algumas vezes, quem sabe até enjoar – se é que isso é possível.
Excelente resenha, Marcos. Gostei MUITO mesmo. Falou tudo e resumiu a emoção que TODOS sentimos nesse show magnífico. Foi meu 12º show do Manacá, se não me falha a Memória. E é impressionante, como a cada show tenho a imprensão de que é impossível eles melhorarem mais, quando chega outro show, eles se superam!
MAGNÍFICA BANDA.
CAPRICHADA RESENHA.
Beijo.
gozei.
Eu tava lá, mas não tive dúvida em atravessar a rua na direção contrária ao Odisséia. Queria muito rever a banda. E como vc, tive uma surpresa em encontrar um show ainda mais maduro. Um estilo cada vez mais difícil de definir e um música cada vez mais apaixonante.
É uma banda que tá prontinha para estourar. O que tá faltando? Se bem que prefiro assim, mais acessível e shows mais intimistas. Meu medo é essa arte acabar se perdendo por falta de apoio.
Pra frente Manacá!!!!
Não conhecia a banda aindam e que música boa a deles ein!! A resenha ficou ótima e só faz ter mais vontade de conhecer a banda ao vivo.
Caio, para depuxar meu saco! A promoção é sorteio, eu não vou te premiar novamente!
Só agora consegui abrir o vídeo… Este é antigo. Será que ninguém pode mandar um do show no Estrela para o Marcos colocar aqui?? Acho que todos gostariam de rever alguns momentos deste show.
se você conseguir, me avisa!
Sério que você trocou Dirty Projectors por Manacá?
Cara, é uma longa história de amor e ódio… Depois eu te explico.
[…] Rock in Press, como veículo admirador do trabalho da banda, que já cobriu dois shows e os entrevistou, sente muito essa separação e esperamos o melhor no caminho de Letícia, se é […]
La impotencia sexual es física, es decir, se puede tener el deseo intenso de tener un encuentro sexual, pero o bien no consigues la erección o bien no se mantiene como para completar el acto.