A música de Curitiba pulsa mais do que nunca, e o melhor, se reinventa. A Heavy Metal Drama é nova no pedaço e já é responsável por fazer um barulho no meio alternativo curitibano. Formada por Francisco Conrado (Silver Salt), Thomas Kossar (Rosie and Me), Rhony Guedes (Cold and The City) e Claudinha Bukowski (Copacabana Club) a banda percorre os caminhos do indie dançante e tem na bagagem um poderoso EP de estreia, o It Took You too Long to Meet Heavy Metal Drama. A qualidade do trabalho talvez tenha algumas explicações: músicos experientes na jogada e tranquilidade na produção do EP. A Claudinha Bukowski conversou com o RockinPress e contou mais sobre as aventuras musicais da banda. Olha aí:
A cena musical de Curitiba é vasta e tem feito bastante barulho no Brasil. Você que é bem envolvida com a música curitibana acredita que houve evolução nos últimos anos?
Eu acho que bandas boas sempre houveram por aqui, a diferença é que elas estão mais organizadas e são mais numerosas. Acho que exatamente por esse grande número de bandas legais, os músicos perceberam que além de boas ideias e boas músicas, se você não tiver um material legal de divulgação da sua banda você não vai a lugar nenhum. A maioria das bandas tem singles ou eps gravados, dão um jeito de fazer um clipe, mantém páginas em redes sociais pra divulgar o trabalho.
Vocês disponibilizaram o EP It Took You Too Long to Meet Heavy Metal Drama no SoundCloud para audição online e a versão física já tá rolando pelos shows também?
Sim, nós fizemos uma versão física que vendemos e sorteamos em shows.
Falando um pouco da sonoridade da banda: há influências de um indie rock dançante repleto de guitarras e um peso de garage rock no EP. O que pretendem com o som de vocês?
Acho que eu não sei dizer o que pretendemos e nem se pretendemos algo (risos). É tudo muito espontâneo, nunca tivemos uma conversa sobre como as músicas deveriam soar, elas surgiram naturalmente nos ensaios. Quando a banda surgiu a única coisa que tinha mais ou menos definido é que seria mais pro rock e que a gente não queria programações, queria que fosse criado e pudesse ser executado ao vivo no palco.
Como funcionou o processo de gravação do EP?
Acho que foi a experiência de gravação mais legal que eu tive até hoje. Nós gravamos no Montana Inc, estúdio do Luciano Frank e Felipe Furtado. Eu conheço o Luciano faz anos, já tocamos juntos em duas bandas, e ele montou esse estúdio numa chácara super legal aqui perto de Curitiba. Nós passamos 6 meses indo até lá todos os finais de semana, primeiro pra gravar e depois pra participar do processo de mixagem. Foi tudo feito sem pressa e com um super cuidado, todos da banda iam assistir e palpitar na gravação dos outros. E o Luciano e o Felipe pareciam entender exatamente o que a gente queria, a sonoridade que a gente estava procurando. Foi sensacional.
A sonoridade da banda traz de certa forma alguns traços de Curitiba. Como foi a reação do público da cidade com as músicas?
Nós tivemos uma ótima recepção do público já nos primeiros shows. Além das músicas serem legais – pelo menos na minha opinião (risos), eu acho que tem a ver com os quatro já tocarem faz bastante tempo. Nós só marcamos o primeiro show quando achamos que nós e as músicas estávamos prontos. Estava tudo super ensaiado e definido, era aquilo que queríamos mostrar. E a cada show parece que estamos mais consistentes e seguros das músicas, dos arranjos, de como queremos soar.
Vocês tocaram na Corrente Cultural de Curitiba no mês de passado, e agora, há shows previstos em outros estados?
Estamos conversando com alguns bares e promoters em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, mas nada confirmado ainda.
O que vocês têm em mente para a Heavy Metal Drama em 2015?
Acho que o que a gente realmente gostaria era começar a gravar nosso álbum. Estamos organizando uma maratona de ensaios pra compor músicas novas agora no final do ano com esse objetivo. E shows pelo Brasil, estamos em contato com promoter pra agilizar esses shows em outras cidades.