Resenhas: Thiago Pethit @ Invasão Sueca 13/06/09 Studio SP

Desde o final do ano passado, e principalmente nesse primeiro semestre de 2009, um dos nomes mais aclamados na cena independente brasileira é o do Thiago Pethit. E ninguém mais indicado para abrir o show do Jens Lekman do que o nosso pequeno príncipe.

Apesar de ser um cantor solo e produzir/gravar suas próprias músicas, a diferença entre Thiago Pethit e a atração principal da noite é o fato de Thiago só utilizar instrumentos gravados ao vivo, nada de samples ou programações. Com isso, seu som torna-se mais ”vivo’, combinando com sua bela voz, fazendo uma sonoridade única e a grande novidade no cenário brasileiro.

A formação de palco é um tanto curiosa: Dispensando o teclado e o contra-baixo, Thiago recrutou Pedro Pena para as cordas, um acordeom e a fabulosa Naná Rizinni na bateria. Não satisfeito, ainda escolheu mostrar uma inusitada versão de Lykke Li, num show que só veio a mostrar o quanto sua estrela brilha em cima de um palco.

Na apresentação, Thiago mostrou canções de seu primeiro ep, chamado Em Outro Lugar, além de nos mostrar novas músicas, que deverão figurar no álbum que o jovem cantor começa a gravar no próximo semestre. Mas o maior problema foi exatamente o público. Foi complicado ouvir bem o arranjo das músicas, já que burburinhos se espalhavam desordenadamente pela plateia dispersa ao que rola no palco. Conversas lá, conversas cá, até o Pethit pediu silêncio para poder mostrar ao público a bela “Birdhouse”… em vão.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ceG58qWXSpA]Thiago Pethit – Birdhouse @ Invasão Sueca 13/06/09 Studio SP

As pessoas não sabiam o que perdiam, e aos que estavam prestando atenção só sobraram aplausos ao término das músicas. Sim, também tinham pessoas que estava prestando atenção e se apaixonando. Vendo Thiago colocar a mão na cintura e dar discretas reboladas, fazendo gestos com a mão e sorrir aos solos do acordeom. Thiago estava em casa, com sua característica roupa e em cima de um palco, e de lá, nada o tira. O mais curioso foi ver algumas pessoas que não o conheciam começar a largar o papo e ouvir aquela bela melodia que saía da privilegiada garganta do Pethit. A barraquinha de vendas de cds se encheu ao término da apresentação, alguns me perguntando quem era aquele jovem no palco e quanto estava o cd: “Só cinco reais, mas eu não trabalho aqui.”

Tive o prazer de trocar algumas palavras com o Thiago, e sua simpatia me fez ser ainda mais fã de sua música e voz promissora. Agora, aguardo um show só dele, onde não precise dividir a atenção de ninguém e conquiste um público apaixonado e necessitado de novos sons tão sinceros como os que Thiago tem o prazer de nos mostrar.