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Resenha: O Dueto dos Sonhos

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Álbum: Break Up

Artistas: Pete Yorn & Scarlett Johansson

Lançamento: 15/09/2009

Selo: ATCO Records

Myspace: myspace.com/scarlettalbum

Rockometro: 7,9

Num mês tenebroso para a música mundial, devido a baixa qualidade dos lançamentos no período, Pete Yorn e Scarlett Johansson decidem mudar a história e inovar seu repertório. Break Up foi gravado a 3 anos atrás, sendo esse o primeiro trabalho da atriz, que lançou ano passado o desastroso álbum solo Anywhere I Lay My Head, um tributo a Tom Waits. O álbum do dueto teve as vozes gravadas em apenas duas tardes e totalmente inspirado na dupla de também cantor e atriz formada por Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot, que brilhou nas paradas francesas e do mundo em 68.

A qualidade do material, aliada a belíssima voz de Scarlett, floriaram de vez as composições do senhor Yorn, chegando a ser infinitamente melhor que o álbum lançado pelo cantor esse ano, o repetitivo Back & Fourth. De cara, você repara o quanto a bolacha é boa com o single “Relator”, música simples e que fica na cabeça, e nos dá uma impressão menos chapiscada de Scarlett. Um dueto realmente inspirado.

Ahhhh… Como eu queria ter essa mulher na minha cama…

Uma questão que fica, é que parece que a dupla se completa, principalmente em belíssimas canções como “Clear” e “Search Your Heart”, onde os vocais são divididos de maneira sentimental e também sobrepostas, como um ‘coral de duas belas vozes’ que enchem a música e nos fazem escutar diversas vezes. Pete Yorn parece ter mais espaço. Além das canções terem a sua cara – até porque foram compostas por ele – a maioria dos vocais está ao seu cargo. Assim como com Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot, Yorn é quem leva a maioria das músicas e Scarlett as completa com sua sensual voz, um achado quase. Tirando, claro, a canção “I am The Cosmos”, onde Scarlett quase que ‘mia’ cantando praticamente solo a canção.

Não deixem de ouvir, além das já citadas, as belíssimas “I Don’t Know What To Do”,  “Shampoo” e “Someday”. Vale frisar também o curtíssimo tempo da bolacha, só 28 minutos e 59 segundos, que nos dá um gostinho de ‘quero mais’ marcante. Essa dupla nasceu com um convite simples de Pete e se tornou uma grande revelação nesse ano. Não parece que eles irão continuar com a empreitada e estender por mais alguns álbuns, então aproveite bem a bolacha e entenda que a música boa pode vir de uma atriz ou de um cantor pouco conhecido, mas se realmente é boa, tocará seu coração.

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

4 COMENTÁRIOS

  1. Ah Marcos não acho q o Mês foi uma decepção, principalmente com os lançamentos de Jet, Twilight Sad, Ludov e Modest Mouse. E claro o CD do Calvin, mas vc não curte eletronica, enfim…

    O CD da Scarlett e do Pete tah perfeito msm! Desde Little Joy eu ñ ouvia algo tão saboroso!

  2. cara, eu gostei do Calvin, tá até com umas músicas no meu mp3. Não curti o Ludov… E o Jet, Twilight e Scarlett foram lembrados, só isso, porque de resto…

  3. Vou ver se baixo e ouço, mas confesso não gostar de Scarlett como atriz ou cantora. As caras são as mesmas sempre. Ela é super limitada como atriz.

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