Em Setembro fui à Califórnia brincar um pouco de turista, e realizar alguns sonhos. Um deles foi ver as apresentações da The Resistance tour do Muse. Foram 3 shows incríveis dia: no dia 23 de Setembro em Anaheim (terra da Disneyland) e nos dias 25 e 26 de Setembro em Los Angeles, no Staples Center (“casa” dos Los Angeles Lakers). A cada show que eu ia, a banda se superava. A cada ingresso usado eu atualizava o meu ranking de melhores shows. E o último, o do dia 26, a banda fez uma apresentação colossal! E é esse show que vou entrar em mais detalhes…
A tour conta com um palco circular enorme, duas plataformas laterais e 3 torres, uma para cada integrante, que desciam, subiam e mostravam projeções de imagens as vezes do show, as vezes imagens aleatórias (e lindas). A torre do Dom (Dominic Howard, baterista) também tinha uma plataforma giratória para a bateria, que permite que em alguns momentos ele fique de frente para a platéia que está nas laterais e atrás do palco. Essas torres dão um efeito muito “estamos tocando no meio de obras de construção” durante o show de abertura, que ficou por conta do Passion Pit, uma das atrações do Festival Planeta Terra, criando uma ótima atmosfera de abertura para o Muse. Não teve muita variação do que foi tocado nos três shows que vi; o tracklist foi: “Make Light”, “Little Secrets”, “Live To Tell The Tale”, “Moth’s Wings”, “The Reeling” e finalizaram com “Sleepyhead” nos três shows.
Após uma introdução pouco humilde vinda de um locutor da KROQ, onde exclamava a grandiosidade do Staples Center (Los Angeles), a intro “We Are The Universe” inicia a catarse. As 3 torres estão cobertas por um tecido, nos quais são mostradas projeções de homens subindo escadas, que se alteram e a cada “andar” a imagem é diferenciada como se estivesse subindo, e descendo a escada, até que eles começam a cair e todos na platéia a gritar mais alto. Então começa “Uprising”, com a banda cheia de energia e o tecido que cobre as torres é rapidamente retirado. (Aí que aconteceu um probleminha na torre do Chris [baixista], cujo tecido ficou preso até a metade da música) A segunda música é “Resistance”, tão bem recebida quanto a anterior, e seguida pela maravilhosa “New Born”, tocada enquanto as torres se abaixam.
Matt e Chris vão para a frente do palco, e começa uma das músicas mais adoradas pelo público em qualquer show: “Supermassive Black Hole”. A próxima é “Neutron Star Collision”, que por incrível que pareça, não fez tanto sucesso, o pessoal não vibrou e nem cantou tanto, mas é boa ao vivo. Acredito que a essa altura, todos estavam esperando por “I Belong To You” (eu de dedos cruzados, pra ouvir ao vivo o Matt cantando em francês), mas eis que nosso frontman toca o hino dos EUA na guitarra, obviamente levando todos à loucura, e finalmente seguindo com Interlude + “Hysteria”, pra mostrar que não é só com The Resistance e trilha sonora que se agrada fãs norteamericanos.
“Nishe” é tocada e todos voltam para as torres, – que começam a se elevarem novamente – e a do Matt equipada com o piano: “United States of Eurasia”, uma das melhores músicas do The Resistance ao vivo, com toda a sua grandiosidade. Matt surpreende não tocando “Feeling Good” e a trocando por “Ruled By Secrecy” (com a letra sendo mostrada nos telões mas que quase ninguém cantou/conhecia), seguida por “Bliss” – canções pouco exploradas pelo Muse nesta turnê, e que foram saboreadas lentamente com um bom vinho por quem as conhece. (Em minha opinião, tocaram essas duas por um desses dois motivos: 1, alguém perdeu o megafone que Matt usa em “Feeling Good”; ou 2, pode ser um teste de como o público norteamericano reage as músicas mais antigas… Aposto na opção 1, hein!)
Após esse presente para os fãs, Matt sai do palco e o Chris sobe na plataforma do Dom, que fica novamente girando. É hora da “Helsinki Jam”, outra das melhores ao vivo! A plataforma desce e dessa vez o Dom também vai pra frente do palco, para uma bateria que ele pode tocar de pé. Se isso já não ‘avisasse’ qual a próxima música, Matt empunha a sua keytar (uma mistura de guitarra e teclado) para mostrar “Undisclosed Desires”. Segue com “Starlight” e “Plug in Baby” pra tirar todo mundo do chão – com os já conhecidos balões enormes em formato de olho caindo na platéia. Após isso, Matt não decepcionou e nem deixou que ninguém esfriasse: “House of the Rising Sun” de introdução de luxo (com a galera toda cantando) para “Time is Running Out”, na qual Matt fica quase o tempo todo nas “plataformas laterais”. E aí “Unnatural Selection” traz o show de lasers, deixando a apresentação ainda mais visual, parecendo que o som fica cada vez mais alto e com mais “presença” na atmosfera. A banda sai do palco, deixando a platéia gritando muito, com uma energia sensacional. Os dois shows do Staples Center tiveram as platéias mais barulhentas que já participei.
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Eis que o trio sobe ao palco novamente, dessa vez cada um em sua plataforma, e o Matt com o piano. “Exogenesis (Overture)” é tocada, enquanto lentamente as plataformas se elevam. É hora de fazer aquela barulheira para não deixar ninguém sair insatisfeito: Começa “Stockholm Syndrome”, que mesmo sendo “normal” tocarem, ninguém esperava pelo que veio a seguir: no final da música, foram emendados riffs diversos, totalizando quase treze minutos de riffs inacabáveis! (sim, esse mesmo momento que o Lúcio Ribeiro falou, só que visto ao vivo)
Chris pega sua gaita e manda “Man With A Harmonica”, enquanto o Matt ‘brinca’ com um holofote, iluminando diferentes pontos da platéia e corre de volta para a frente do palco para finalizar o show com a destruidora “Knights of Cydonia”. Nessa hora. você vê pessoas enlouquecidas cantando, gritando e pulando como se não houvesse amanhã, enquanto você mesmo canta, grita e pula… Jatos de fumaça são acionados ao redor o palco e os meninos se despedem. Dom exclama: “You guys rock, LA. Thank you. It’s good to see you again. Cheers! Thanks!”. É o fim de um show tão épico que até demora pra ficar triste porque acabou… Você simplesmente fica sem ação ou sem palavra por um tempinho considerável, pensando “ahn?!”.
Ótima resenha!! Te invejei muito lendo isso hehe 😀
[…] This post was mentioned on Twitter by Debora Fraga, RockinPress and Fabio Navarro, Marcos Xi. Marcos Xi said: Resenha: Muse @ Staples Centre, Los Angeles – EUA 26/09/2010 http://bit.ly/a91vRz […]
Acabei de ler a resenha, e ainda estou emocionada.Ouvindo ‘Stockholm Syndrome’, arrepiada e totalmente em extase.Eles são demais. É um nível profissional não atingido por outras bandas até hj. Parabéns por me surpreender!!!
Sin embargo, si el problema persiste, se considera disfunción eréctil (DE).