Resenha: Hockey sonoro
Artista: Hockey
Lançamento: 25/08/09
Myspace: http://www.myspace.com/hockey
Gravadora: Capitol (US) / Virgin (UK)
Nota: 8
Os norte-americanos do Hockey (nome genial para uma banda. como é que VOCÊ nunca pensou nisso antes?) tem pouco tempo de estrada, mas já conseguiram atrair a atenção do DJ inglês Zane Lowe e participar de festivais como o Glastonbury, T in The Park e Bonnaroo. Eles são o mais novo hype do “indie dance rock punk music” ou sei lá como é chamado, desde o Vampire Weekend (que é realmente legal) e o MGMT (que eu prefiro não comentar).
O primeiro disco dos caras se chama Mind Chaos e tem groove de dar inveja a muita banda de funk que existe por aí. E só por esse detalhe extremamente dançante, o Hockey já consegue garantir espaço garantido entre os 20 melhores albuns de 2009. Já rolaram comparações com The Kooks, Franz Ferdinand, LCD Soundsystem e até mesmo o Strokes. De comum com essas bandas, apenas as guitarrinhas safadas. O Franz Ferdinand até consegue ter um swing legal, mas nada que chegue ao nível da proposta do Hockey. Como o Michael Jackson é assunto até hoje, o trabalho do Hockey está mais para o encontro da fase “Bad” de Jackson com o Arctic Monkeys do primeiro disco.
Como se não bastasse ter uma cozinha afiada, a banda também consegue ter refrões grudentos. O vocalista Benjamin Grubin conseguiu descobrir o que fazer em “Learn to Lose” e repetiu a fórmula nas outras 10 faixas do album de estreia. Dificil é encontrar alguma música ruim no trabalho dos caras. As músicas podem não ter letras muito inspiradas, mas ao falar das inseguranças e aporrinhações diárias (o refrão de Work diz: “it’s too much work, work, working; just too much work for me”) conseguiu nocautear os fãs de boa música da grande esfera virtual e mundial.
Ouça com atenção a faixa “Song Away”, que está bombando freneticamente pelas pistas e rádios voltadas para a boa música moderna. É daquelas que fazem balançar o pescocinho e estalar os dedos.