Belo Horizonte há muito tempo já não é uma cidade que possui um agrupamento de boas bandas novas. No Sul as bandas novas se fortalecem usando da união, o que praticamente inexistia na capital mineira até que surgiu o evento BH Indie Music, que é produzida por uma paulista, a vocalista da banda Junkbox, Malu Aires. Hoje o evento está em sua terceira edição e conta com bandas do país inteiro. Inclusive, é sobre duas bandas brasilienses que vou falar.
Poderia falar sobre a terceira banda da noite, mas infelizmente o Copulla teve problemas internos e não pode fazer a sua parte. Ao contrário das críticas e golpes baixos sofridos no relatório que a produção publicou no site oficial do evento, o Copulla levou sim algumas pessoas e chegou a avisar os outros convidados sobre o evento. Organizar festivais grandes é dificil e irresponsabilidade não deve ser perdoada, mas é preciso agir com dignidade sempre. O relatório do evento apenas mostrou o descontentamento com a banda e abusou um pouco dos limites, mas não se pode afirmar que alguém é 100% correto na situação. Só que um lado saiu perdendo mais que o outro depois dessa declaração.
O palco era mineiro, mas quem fez a festa no Matriz foram os brasilienses. Imaginem só uma banda de Brasília, com naipe de metais, músicas swingadas, letras divertidas e muitos integrantes. Não, não é o Móveis Coloniais de Acaju. É a banda Malc. Com a inusitada mistura de metal com o ska, a banda dominou o palco e fez um excelente show. Destaque para a presença de palco dos integrantes: passearam até pelo meio da galera, o que teria sido mais divertido se o público mineiro não fosse preguiçoso e o Matriz estivesse lotado.
São três anos de banda e muito caminho para percorrer, mas se continuarem espalhando essa alegria contagiante e o swing pesado, irão conseguir se destacar bastante na cena alternativa do país. Eu, pessoalmente, não conheço outra banda que misture ska com metal. Com os devidos cuidados com produção, apostaria muitas fichas no som desses caras. Só o tempo dirá, mas vida longa ao Malc.
A outra banda foi a Brown-Há, que tem uma pegada bem mais rock n’ roll e mostrou que bons equipamentos definitivamente fazem a diferença durante um show independente. Que o diga as bandas mineiras Enne, Monno ou Utopia!. Quem já conferiu show dessas bandas sabe do que estou falando.
Com influências pesadas de Led Zeppelin, Jet e Wolfmother, a Brown-Há fez muito barulho em BH. Arrancou diversos elogios e gritou que o rock n’roll não está morto para quem quer viver de música. Sucesso para os caras!
Utilidade
Malc – http://www.myspace.com/malcbr
Brown-Há – http://www.myspace.com/brownha
Imagens usadas – http://iiibhindiemusic.blogspot.com
2t dias