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Resenha: Bell X1 – Blue Lights On The Runway (2009)

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Álbum: Blue Lights On The Runway

Artista: Bell X1

Selo: BellyUp Records

Lançamento: 03/02/2009

Myspace: www.myspace.com/bellx1

Rockometro: 6,4

Após o fabuloso Flock, de 2006, a segunda maior banda da Irlanda (segundo o próprio vocalista da banda, apenas empatada com o Snow Patrol e perdendo para o U2) lança esse ano o novo álbum Blue Lights On The Runway, tentando se consolidar no cenário fora de seu país. O que eles conseguiram? Vocês vão ler a partir de agora.

Conhecidos por ter um lado triste muito fluente, o álbum inicia com a pop “The Ribs of a Broken Umbrella”. Com um refrão pegajoso e batida leve, dá o tom do que o álbum segue, calmo e pop, mas com momentos bem tristes. Segue com “How Your Heart is Wired”. Sua bateria eletrônica contrasta com a guitarra quase space-rock, e ainda tem um final estendido emendado com uma bateria acústica. Interessante, mas o final é o que realmente chama atenção na música. O primeiro single do álbum é “The Great Defector”, com direito a palminhas no refrão e um estilão bem Snow Patrol. Já a primeira baladinha vem levada pelo piano na bela “Blows In”. Para quem está conhecendo a banda nesse cd, é um prato cheio.

Ah “Amelia”… Se você não fosse tão linda eu não teria me apaixonado! Com belos versos, é candidata certa a uma das melhores do álbum. Seguindo vem “A Better Band” que mescla o Rock com momentos mais calmos, até terminar com um épico Rock n’ Roll de tirar o fôlego. O álbum começa a se desgastar em “Breastfed”. Com seu jeito um tanto manjado e já aproveitado no álbum, não empolga, só mostra um rock forte e sujo. Em “Light Catches Your Face” vemos um Bell X1 afundando suas mágoas numa tristíssima música. Paul Noonan entrega uma bela linha vocal e um singular piano acompanhado de um violão, satisfazendo o coração de quem a escuta. Já na beira do fim, temos “One Stringed Harp”. Calma e simples e sem empolgar. E para fechar, temos a bela “The Curtains Are Twitchin”, com direito a metais e muito bom gosto!

Parece que a saida de Brian Crosby das guitarras e teclados no ano passado, deixou as músicas mais pops, mais simples, sem os miraculósos detalhes de guitarra e back vocals e ainda sem as partes eletrônicas que encontravamos antes na banda. O som se tornou mais comestível e abrangente, prato cheio para fãs novos que querem conhecer a banda. Mas pode desagradar um pouco aqueles que, como eu, que conheceu a banda na era Flock. Mas vale a audição.

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

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