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Resenha: Apenas Juliette

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Álbum: Terra Incognita

Artistas: Juliette Lewis

Lançamento: 1° de setembro

Selo: The End Records

Myspace: myspace.com/juliettelewis

Rockometro: 6

Depois de cinco anos e três albuns de estúdio lançados (na verdade, um ep e dois cds completos… mas dá na mesma), Juliette Lewis abandonou o The Licks para a gravação do novo disco, Terra Incognita. Dessa vez a atriz/cantora vem acompanhada de uma banda chamada New Romantiques e com a produção de Omar Rodriguez-Lopez (The Mars Volta), ela flerta com a mistura do rock com o experimentalismo. O resultado é bem diferente daquela crueza pop-punk do excelente Four on the Floor, mas nem por isso deixa de ser ruim.

Parte desse lado experimental do novo trabalho é culpa da produção mágica de Omar Rodriguez-Lopez. Além de distorções mais fortes e da mescla de efeitos característica da guitarra do The Mars Volta, as canções não tem o mesmo apelo comercial do disco anterior. Pode-se dizer que é um trabalho mais introspectivo de Juliette e músicas como “Ghosts” e “Female Persecution” (onde a influência do The Mars Volta é descarada), mas sem a essência maluca que destacava os trabalhos anteriores.

Terra Incognita é um bom recomeço na carreira de Juliette Lewis. Não sei como irá soar ao vivo, mas essas músicas não conseguem ter a energia dos trabalhos anteriores. A exceção ficaria em “Fantasy Bar” e na faixa que batiza o disco, que é uma das melhores entre as 12 faixas do cd. Juliette também flerta com o blues etílico de buteco em “Hard Lovin Woman”.

Dificil imaginar que quem fez sucesso pulando e gritando no palco do Tim Festival 2007 e do VMB do mesmo ano, consiga mostrar uma composição tão distinta. Mas a verdade é que Juliette sempre teve suas cartas na manga. E o novo disco mostra que ela tem vida longa na música…

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