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Resenha: A Resistência (Parte 2)

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Agora sim, chegamos ao final, conforme prometido, da resenha do tão esperado álbum do Muse, The Resistance, na opinião ‘fanzistica’ de 2tdias e na realista de Marcos Xi. Foi difícil, pois é uma banda de consenso geral no nosso blog, mas devemos ser justos e falar boas verdade para quem merece. Caso você não concorde com algo, se pronuncie, quem sabe você não é ouvido? Ou não…

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Álbum: The Resistance

Artista: Muse

Lançamento: 14/09/09

Gravadora: Warner

Myspace: myspace.com/muse

Rockometro: 6

Falar de Muse hoje em dia é tão normal quanto o Nx Zero ganhar algum prêmio ridículo na música brasileira. O difícil é mesmo é falar mal deles. A banda é dotada de um perfeccionismo musical espantoso e uma escala de qualidade musical mais inclinada que o monte Everest. E semana que vem chega às lojas o mais esperado álbum da discografia da banda.

The Resistance é uma bolacha confusa, priorizando os gostos de Matthew Bellamy, vocalista, e engaveta a força das músicas que a banda vinha pregando nos últimos álbuns. O foco maior nessa bolacha são os arranjos orquestrais, e deixa de lado os riffs cantáveis que tanto marcam o som do trio. O timbre das músicas está mais dark, mais denso, sem deixar de ter animação. O grande problema, é que o Muse não sabe se engloba mais algumas influências épicas, volta ao passado pesado ou se entra numa onda de Chris Cornell no Pop e arrebata de vez os fãs de Twilight.

Muse e a ambiciosa missão de melhorar eles mesmos. Fail.

Uma outra questão que vem assolando o Muse nos últimos discos, é a semelhança de algumas músicas com outras mais antigas deles mesmos ou então de outros artistas. Começando por “Uprising”, faixa que abre o disco, a primeira coisa que remete é essa música do Marilyn Manson, mas se pesquisar bem, você encontrará uma assombrosa semelhança com essa música da Christina Aguilera. Tenso não? Além de claro, a já conhecida super semelhança de “United States Of Eurásia” com Queen, que vai muito além do coro, e engloba outras influências como guitarra e piano. Bohemia Rhapsodia ainda vive.

Dois momentos que remetem a era do disco Origin of Symmetry são as boas “Unnatural Selection” e “MK Ultra”, que são algo entre “Citzen Erased” e “New Born”, mas mostram um grande problema no álbum: Dominic Howard, baterista, está muito apagado e não fazendo nem metade do show que deu em Black Holes and Revelations. E cá entre nós, o sampler de “hey” em “Unnatural Selection” está bem ultrapassado, não?

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=7PMKk3sLgVo]
Unnatural Selection (Live)

A parte pop da empreitada vem por conta de “I Belong To You”, e sua levada mais “Feeling Good”, só que bem mais pop. Baixo swingado, quebras de tempo e refrão colante, torna a música uma das melhores da bolacha, mas fica um pouco repetitiva quando entra numa onda “We’re the Champions” e coloca Matt no piano em mais um momento de lamentação desnecessária, numa musica tão divertida quanto começou. Outra mais pop do que tudo é “Undisclosed Desires”, que é algo tipo Andrew Bird produzido por Timbaland. Slaps nervosos hipnotizam nesse refrão, mas é uma música tão fora do som do Muse, que nós acabamos ficando com a impressão de ser uma música para os fãs de Twilight.

Com a bateria e a guitarra mau explorados, a bolacha tem seu ponto final no tão aguardado ‘monstro sinfônico‘. Podemos afirmar com muita facilidade que Matt se entregou total a essa música, colocando tudo o que sabe de orquestração e piano, resultado: um produto sem refrão ou ponto de referência que mais soa como Matthew Bellamy fritando no piano ao som de uma banda e uma orquestra sinfônica.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=QjpYLe-IvUI]
Resistence (Live)

Se em alguns momentos o Muse parece soar mais perdido e confuso, e em outros parece uma banda de Metal Medieval, isso nós lamentamos, mas excelentes músicas como “Resistance” e “Guiding Light” ainda salvam o disco de ser uma decepção montada pelo próprio mentor. A grande questão agora é saber se o Muse volta um dia a ser uma banda de rock , com suas guitarras ‘extraterrestres’, ou decide de vez se focar em viagens orquestrais e solos de piano em todas as músicas.

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

29 COMENTÁRIOS

  1. “A mudança nunca é boa ou ruim, ela é necessária.”
    Faz este teste, procura músicas por ai que são parecidas com as do Muse, não precisa ser necessariamente deste novo álbum, veja o Absolution e tudo mais. Já parou pra pensar que todo novo álbum, a sempre uma mudança que é bem radical. Aposto que se fosse um álbum mais rock, todos falariam é bom, mas é repetitivo. Tem fã que não está satisfeito com nada, mas está tudo bem, eu estou.

    “it could be wrong
    could be wrong
    but it should’ve been right”

    ASS.: A RESISTÊNCIA

  2. Concordo com tudo, cara, só acrescento um único fato: mudar não quer dizer estar melhor. Não quer dizer que mudança vai fazer todos gostarem, mudou sim, mas para pior, na minha opinião.

    O novo álbum do Pearl Jam é mais rock, e nada nada repetitivo e eu gostei. Vaozu ontem.

  3. No ‘The Resistance’ eles bucaram trazer um pouco de tudo que eles já fizeram somados com o que aprenderam no caminho . Em Mk Ultra ou US, reviveram os albuns antigos com outra atsmosfera .. algo muito mais maduro e surpreendente . Na Exogenesis, realmente não deixa de ser uma fritura do Matt .. Mas é algo que vemos a muito tempo .. nas introduções antes das músicas (nos shows), em b-sides (como piano thing) e que agora ele conseguiu colocar em prática com ajuda de uma orquestra maravilhosa . Pra mim, a Exo Parte 2 é uma das coisas mais fodas e emocionantes que já ouvi . Acho que o Muse se superou de forma absurda, não seguiram nenhum roteiro pra fazer o album, simplesmente colocaram as ideias antigas e experimentais em prática e fizeram essa obra prima (:

  4. Gostei muito do CD, respeito a opinião do nosso amigo (mesmo não gostando das citações à músicas que seriam muit parecidas ou “plágios”), mas discordo com AsobiMasho quando diz que o Muse sempre muda radicalmente de um CD para o outro. Eles mudam, isso é bem perceptível, mas, na minha opinião, o Resistance foi o primeiro álbum que trouxe uma mudança radical no som da banda.

  5. É, Resistance trouxe uma mudança bem radical pra banda… Mas uma mudança bem chata.

  6. Que nem o Marcelo Santiago, do Meio Desligado, disse no twitter: “eu preferia quando o Muse chupava do Radiohead e não do Queen…”

  7. Fala sério xi ; Me admiro vc, uma pessoa que gosta tanto de Muse como de Radiohead, dizer uma coisa dessas . Muse sempre foi uma banda unica, e vai continuar sendo . E sim, influencias existem, mas pelo amor .. agora estão mais autenticos do que nunca .

  8. hahahahahahahahah

    a questão é como falam. A frase tem várias interpretações. Eu a interpreto assim: “Eu preferia quando o Muse chupava o Radiohead (pelo que as pessoas dizem, não que seja verdade) e não do Queen (pelo que as pessoas dizem, não que seja verdade). Agora falam que eles tão chupando o Queen, nem concordo mesmo, tem lá suas influencias que sempre tiveram.

    entendeu?

  9. Convenhamos que essa autenticidade os deixou bem fracos. E essa frase aí até que é bem lógica mesmo.

  10. haha, mas sério. pensei que o xi ia causar uma boa polêmica aqui! concordo com algumas coisas, mas GUIDING LIGHT é a única que não desceu legal…

  11. VAI TODO MUNDO PRA AQUELE LUGAR @.@

    MUSE É VIDA ; O resto é o resto .

    pronto, falei ;

  12. Nunca tinha me pilhado em ouvir Muse, mas, depois de tanta mídia em cima desse disco, resolvi ouvir.

    A primeira impressão foi de “whatafuck?!”, mas depois de um tempo tu te acostumas com a sonoridade do disco.
    Não, eu nunca ouvi os outros discos do Muse, logo não posso comparar.
    Mas, vendo por esse album, Muse mais parece “uma banda de Metal Medieval”. (Adorei essa frase… haha!).
    Gostei muito do álbum e vou ouvir os outros cds (se quiserem mandar link para download, agradeço :P).
    Talvez o único fator que torna o álbum cansativo é a duração das faixas.
    Uma música que muito bem poderia ter seu fim nos 3, 4 minutos de duração tem mais um ou dois solos de piano e a tornam meio repetitiva.

    Fora isso, daria uma nota 7.

  13. Cara vc é Louco, realmente pirado, não sei nem pq eu perdi meu tempo lendo essas baboseiras q vc escreveu! Concordo plenamente com a pamela eles fizeram algo novo e simplesmente maravilhoso!!! cara vc viajou legal…

  14. Você só pode ser louco (falo isso pela 2ª vez)
    Reclamar de I BELONG TO YOU e UNDISCLOSED DESIRES…Axo que você não tem capacidade para falar de si mesmo para reclamar do trabalho dos outros…Se para você foi decepção para grande parte das pessoas foi a glória…E só para sua informação nem todos os fãs de MUSE são fãs de Twiligth…
    Cara você merece o Prêmio Nobel de Falta de Cultura Musical por falar assim de MUSE!!!

  15. Amigas, vamos com calma!

    Okok
    cada banda tem seus fans q sempre vao segui-los, não importa c eles tocam jazz e pulem para hum… axé, haverao fans q continuaram os achando os melhores.(um exemplo básico é o da Avril Lavigne).

    Os novos horizontes q o Muse anda explorando, tem de ser reconhecidos; pode ter havido tambem extrema semelhança com algumas musicas, porém , o q impede que o BOM seja copiado?? Okok, tem gente que exige originalidade, por isso que não eh um fan ancorado!(assim como eu!!)

    Há diferença entre um album e outro?SIM, e é isso de q faz essa banda ser tão reconhecida não somente aqui no Brazil,mas como em todo o mundo.
    Os arranjos orquestrados (com acordes diferentes) aparecem na maioria das musicas, porem há certos momentos que elas são desnecessarias(e olha q na grande maioria, o q eu mais prezo são os arranjos) , por mais q v6 não queiram adimitir girls!!

    Ahhh, por falar em Twilling, alguem tem duvida de que o Paramore teria colocado aquela batida pesada na musica Decode se não fosse somente e apenas para o filme?? O estilo não tem muito a ver com a banda, mesmo nas mais ecléticas musicas deles, porem ela É ‘A’ MUSICA!!!!

    E, os premios da musica brasileira são uma imensa vergonha! Ninguem merece!!!

  16. Heyy… vamos lah. eu concordo com a Stela. Por mais que tenha mudado, mudar eh sempre bom. Quer queira, quer nao, Muse e muse e nao vai deixar de ser so pq o Matt tentou algo novo com uma orquestra inteira. algumas musicas sao realmente cansativas e eu nao axo que seja o melhor de todos os cd’s q eles fizeram. Mas na arte nada se inventa. Tudo se REinventa. existem outras musicas que tambem c parecem, mas isso nao quer dizer que tanha sido plagio (por mais que a palavra na tenha sido citada.). eu adoro eles, seus Riff’s estranha e loucamente maravilhosos e as combinacoes doidas do cd, mas tambem tenho meus pontos de vista, tambem tenho minhas criticas, quer voces queiram, quer nao. Sim, eu axo que o Matt geme demais pras musicas, mas se nao fosse isso nao seria muse. As exo sao maravilhosas, I Belong to you tambem é. mas que sao um pouco cansativas, sao sim.

    Voces podem nao gostar, afinal tem gente que axa o timbre dele perfeito (não que eu nao axe, mas eu prefiro a voz do Renato Russo) mas eh uma opiniao assim como a do Marcos Xi, e cabe a voces respeitá-las.

  17. Toma vergonha na cara e se mata cara.

    Queen já misturava música clássica ao rock anos luz atrás. Deu certo? Já ouviu falar em Bohemian Rhapsody?

    Crítica sem base nenhuma. O album tá maravilhoso, genial. As letras realmente exploram o espírito de resistência, as melodias são harmoniosas, complexas e agradáveis…

    The Resistance foi o melhor album de 2009.

    Resenha Fail.

  18. quem foi que escreveu isso?????
    esse cd simplismente é o melhor da banda, o cd so fez o muse evoluir como banda, foi por caua desse cd que eu me apaixonei perdidamente por muse!! triste quem fala isso do muse, umata muitas bandas boas e bastante conhecidas pelo povão, tensoo

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