Resenha: 53Hc @ Belo Horizonte 30/10 Quarto Dia
Praticamente uma semana depois do fatídico dia 30 de outubro, eis que o Rock in Press apresenta uma breve descrição do que aconteceu no último dia do festival 53HC. As expectativas do público eram altas, afinal era o dia do show da banda nacional mais querida dos últimos tempos: os brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju trazendo o segundo show da nova turnê em Belo Horizonte. Sem deixar de mencionar outras atrações como os britânicos do Long Tall Texans e os cariocas do Moptop.
A noite começou com a mineirada do Monograma, que conforme disseram na entrevista exclusiva para o Rock in Press, estavam ansiosos e com grande expectativas para a apresentação. Quem estava lá teve a certeza de que os meninos não fizeram feio e que esta é uma das bandas mais promissoras da cidade. Logo depois o Dead Lovers subiu no palco e manteram a regularidade, apesar de um show mais morno que no festival Outro Rock. A banda abriu o show com a excelente No More Dramas e conseguiu fazer o público dançar.
Aparentemente, o Long Tall Texans estava muito animado com o show. Prova disso foi o sorriso do baixista e vocalista, que durou praticamente o show inteiro. E olha que o cara estava dando muita porrada no seu baixo acústico. Se houve uma banda que demonstrou alegria, não resta dúvidas que foram os caras do Long Tall Texans. No fim do show sobrou espaço até mesmo para uma cover insana de “Should i Stay or Should i go?” dos conterrâneos do The Clash. Não precisa dizer que conquistaram o público, né?
Alex Valenzi e Hideaway Cats manteve o espirito rockabilly aceso e animou demais o público, que se divertia carregando amigos e brincando de “torre humana”. Não foi surpresa reparar que após o show da banda metade brasileira/metade norteamericana, grande parte do público debandou e deixou o campo aberto para os fãs do indie rock influenciado por Strokes, Libertines e Franz Ferdinand dos cariocas do Moptop. Foi um bom show e mostrou que a banda conseguiu provar ter personalidade e fugir da sombra e comparações com os nova-yorkinos do Strokes. Pena que o público não cooperou tanto com a apresentação.
O Móveis fechou a noite com chave de ouro. Depois de lançar um disco tecnicamente bem superior ao debut, os brasilienses retornaram para a capital mineira trazendo o show da turnê nova, que é quase que inteiramente dedicado ao Complete. Não é que as músicas sejam ruins (digo e repito que prefiro mil vezes o segundo disco), mas a fórmula da banda não está mais enfeitiçando os fãs da forma que acontecia nos shows passados. Mas se eu não me egano, eu posso estar enganado. O que importa é que eles ainda tem um dos melhores shows do rock nacional atualmente.