Queens of the Stone Age: 10 Anos Depois…

Há nove anos uma banda protagonizava uma das cenas mais inesquecíveis do Rock in Rio 3 (e não estou mencionando a apresentação do Silverchair ou a chuva de garrafas envolvendo Carlinhos Brown). O baixista Nick Oliveri decidiu entrar de cabeça na ideia de um evento regado de substâncias naturais e se apresentou peladão. Acabou preso no final do show, diante um público que praticamente desconhecia o trabalho do QOTSA.

Apesar de que ultimamente é senso comum mencionar os versos da faixa “Feel a Good Hit of The Summer”(que abre o disco), é difícil elaborar comentários do disco sem cair na armadilha de falar do maior hino pró-sexo, drogas (muitas drogas) e rock n’roll. Josh Homme e seus versos farmacos introduziram o Queens of the Stone Age no time dos grandes nomes do rock alternativo do fim da década.

Com um estilo de tocar guitarra bastante influenciado pelo trabalho de Kurt Cobain e Jimmy Page, Josh Homme ofereceu ao público o hit “The Lost Art Of Keeping a Secret”, mostrando que a banda conseguia ser bem mais que uma ode ao comportamento junkie de uma geração perdida. Rated R marcou o primeiro encontro da duradoura parceria entre Mark Lanegan e Josh Homme.

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Rated R pode até não ser o melhor disco do QOTSA, mas é impossível não se render à força de músicas como “Better Living Through Chemistry”, “Auto Pilot” e “In the Fade” (além dos dois singles já mencionados). A edição de luxo oferece todo o material da edição original e ainda oferece singles novos como: “Ode to Clarissa”, “You’re so Vague” (baseado em uma música de Carly Simon, “You’re so Vain”), “Say Never”, “Who’ll be the Next in Line” e versões ao vivo retiradas de uma apresentação no Reading Festival. Imperdível.

Acompanhado de Dave Grohl na bateria, o Queens of the Stone Age lançaria Songs for the Deaf quatro anos depois. Para muitos, foi com este trabalho que a banda abandonou os desertos e conseguiu se firmar no cenário da música mundial.