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Paul David and Friends – Sem Linhas no Horizonte

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Álbum: No Line On The Horizon

Artista: U2

Gravadora: Insterscope

Lançamento: 27/02/2009

Myspace: www.myspace.com/u2

Rockometro: 9,4

No distante dia 10 de maio de 1960, Paul David Hewson nascia em Dublin na Irlanda. Na adolescência conheceu os parceiros da banda que o baterista viria a formar 16 anos depois de seu nascimento. Nessa época ele também conheceu a sua esposa. Com influências de Ramones, Beatles e The Who, surgia naquele ano de 1976, a maior banda de rock do mundo.

Quatro anos depois foi lançado o primeiro disco da carreira do grupo e já conseguiram alavancar o primeiro sucesso nas paradas britânicas com a música “I Will Follow”. Após pequenas discordâncias religiosas que quase culminaram com o fim da banda, eles voltaram à ativa e lançaram mais três discos. Até que em 1987 lançaram o album clássico e definitivo. O disco The Joshua Tree é sempre lembrado em listas de melhores trabalhos de rock e, certamente, isso não é à toa. Era a consolidação mundial da banda criada por Larry Mullen Jr.

O que se pode dizer sobre esses quatro irlandeses é que eles certamente não temem mudanças. Foi assim quando lançaram o disco Achtung Baby em 1991. Após o estrondoso sucesso de Joshua Tree, muitos estranharam o rumo que a banda levaria. Hoje em dia o Achtung Baby é considerado um dos clássicos da banda e os discos seguintes, Zooropa e Pop, estão entre os favoritos dos fãs da banda. A ousadia foi necessária para o amadurecimento musical de cada um dos integrantes. Era uma forma de fugir das regras, se colocar a prova sempre. A banda do elegante baixista Adam Clayton conseguiu sucesso em sua empreitada inovadora e vieram para o Brasil pela primeira vez, com o psicodélico concerto da turnê Pop Mart. Para quem se lembra (ou teve a sorte de poder conferir um dos três shows) a apresentação causou um verdadeiro caos no trânsito carioca e muitos chegaram ao Maracanã quando o show estava terminando.

O ano de 2000 foi repleto de Beautiful Days. O album All That You Can’t Leave Behind marcou o retorno da banda às origens do rock. Menos psicodelia, menos eletrônico, mais guitarras e o mesmo charme. Do album saíram outros sucessos da banda, incluíndo a trilha sonora do filme Tomb Raider. A turnê do disco conseguiu um recorde de público e a consequência de se tornar a segunda maior turnê da história, atrás apenas da turnê Voodoo Lounge Tour dos Rolling Stones. Foram precisos mais quatro anos até que How to Dismantle an Atomic Bomb fosse lançado. E foi um lançamento em grande estilo. A banda do guitarrista The Edge estreou as novas músicas tocando em um caminhão que circulou pelas ruas de Nova York. Logo depois, a faixa Vertigo ganhava um clipe e as paradas de sucesso do mundo inteiro. Foi chegada a vez dos brasileiros conferirem mais uma vez a apresentação do show da Vertigo Tour em dois dias muito especiais em São Paulo. Exatamente há 3 anos o Morumbi tremeu diante a maior banda de rock do mundo.

São 33 anos de estrada. O 12º album de estúdio acaba de ser lançado. Com o interessante título de No Line On The Horizon, Larry Mullen Jr. mostra que não existem limites para o som de sua banda. A primeira faixa pega emprestado o nome do álbum e é um dos grandes destaques do novo repertório. É grandiosa, excelente abertura. Já a faixa 2, Magnificent, começa a mostrar o retorno da época experimental e sua mistura com as bandas de indie rock atuais. O característico timbre da guitarra de The Edge surge nas riffs e solos da música que mantém uma hipnótica linha de baixo. Moment of Surrender é envolvente. Daquelas músicas para se ouvir com os olhos fechados e esquecer do mundo. Já Unknown Caller mostra que o Coldplay tem muito que aprender para conseguir ser digno de ser grande como a banda do vocalista Paul Hewson, também conhecido como Bono Vox. O nome pode ser estranho para os padrões da banda, mas I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight é um provável hit. A faixa seguinte virou o primeiro single do disco: Get on Your Boots. É dançante. Animada. Moderna. Com o baixista Adam Clayton mandando uma feroz linha de baixo, no mesmo clima de Vertigo. A energia permanece na faixa seguinte, Stand Up Comedy, que também é bem dançante e com guitarras que remetem ao som do Led e outras bandas dos anos 70. A melhor faixa do disco é a décima: Breath , que já vinha sendo anunciada pelo produtor Daniel Lanois como a melhor gravação da história da banda. Ainda é cedo para afirmar se ele estava sendo exagerado ou não, mas não se pode negar que a música é épica e se não for a melhor música do grupo, pelo menos é a do disco. O solo de guitarra é lindo. No Line On The Horizon se encerra com a bela Cedars of Lebanon.

Agora é só esperar pelo anúncio da possível turnê na América do Sul e poder conferir de perto mais uma apresentação histórica de Larry Mullen Jr. , The Edge, Adam Clayton e Bono Vox. Os fãs de Beatles, Coldplay e Radiohead que me desculpem, mas não existe nada maior que esse fenômeno que transcende a barreira musical chamado U2.

por 2tdias

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O bom de ter o 2tdias no Rock in Press é que tudo que ele acha bom eu não gosto. Mas é daí que vemos o quanto isso dá certo, que escutamos as mesmas coisas e nossas opiniões divergentes, gerando discussões interessantes. A única coisa que concordamos, é que o álbum do Chris Cornell é uma grande merda!

O álbum novo do U2 é do nível do The Fray por exemplo, e como o The Fray se inspira no U2 então a situação está baixa. As “guitarras tipo White Stripes” estavam lá, em umas pouquíssimas canções, Bono está cantando de maneira muito estranha e desfigurada. Hits existem e o álbum é bom, mas muito abaixo do nível que o talento do U2 tem para mostrar.

Rockometro: 6,8

por Marcos Xi

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