É grandiosa a importância dos fãs para movimentar, acompanhar, gerar, comprar e apreciar o cenário musical brasileiro atualmente. Diante disso, um grupo de pessoas ajudaram a custear, através do financiamento coletivo (crowdfunding) do site Queremos, o show do Mombojó e Castello Branco, na casa de show na Lagoa.
A noite reservava uma série de novas experiências para todo mundo: Lucas Castello Branco, ex-R Sigma, lançava de forma oficial seu elogiado disco solo Serviço e os recifenses do Mombojó, que estão preparando seu quinto disco com lançamento previsto para maio, é a primeira amostra de três canções novas.
Descalço, Lucas subia no palco repleto de paz e vontade de mostrar seu novo trabalho. A casa ainda estava vazia quando soava os primeiros acordes do som instrumental que a banda escolheu pra abrir o show. Com Rafael Rocha (Tono) na bateria e sempre muito técnico, o grupo estava preparado para fazer uma boa apresentação mas ficou devendo. E muito. Devido à transmissão ao vivo do show do Mombojó por um canal de televisão, o tempo ficou curto para Castello Branco invadir os ouvidos dos presentes com sua sensibilidade. Entretanto, Lucas se manteve seguro no palco e deixou “Crer-sendo” ainda mais adocicada ao vivo. “Kdq”, “Céu da boca” e “As minhas mães” ficaram de fora do breve set list e fizeram falta. Não surpreendeu mas agradou. Pode surpreender ainda mais e agradar muito mais pois o universo de Serviço é um primoroso trabalho gerado no amor.
O relógio que é “amigo do tempo” marcava 23h03mim quando o Mombojó abria o show com “Cuidado”, canção nova com belas linhas de baixo e delay na guitarra do Felipe S. “Swinga”, que há um bom tempo não era tocada, ficou sem seu solo de teclado no final e emendou com “Adelaide”. Aliás, o teclado de Chiquinho ficou extremamente baixo até metade do show mas depois o problema foi resolvido. O samba-rock de “O céu, o sol e o mar” era cantado fervorosamente.
O compilado de clássicos não parava por aí. A emoção invadiu a Miranda quando um amigo da banda subiu ao palco com uma flauta transversal e tocaram “Duas Cores”, canção do primeiro disco Nada de novo. Após a morte do flautista Rafa, em 2007, a música não mais contava com a flauta nas versões ao vivo, porém, ela estava presente no show causando um sentimento incrível. “Praia da solidão” manteve a mesma pegada de como é no disco Amigo do Tempo com uma leveza no início e com uma virada “rock-funk” no fim. “Pro sol”, outra nova, segue uma linha mais agitada com um final parecido com “Praia da Solidão”. Mesmo com a maioria do público tímido e retraído, o rock de “Deixe-se acreditar” levantou os fãs que estavam junto ao palco e o Mombojó encerrou mais uma apresentação impecável.
Assista, em primeira mão, as três novas músicas do Mombojó ao vivo: “Pro sol”, “Hortelã” e “Cuidado”.
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