Aviso: este é um post emotivo e nada profissional.
Sei que está na época de pipocarem inúmeras listas de fim de ano elegendo sua melhor qualquer coisa. Nós também teremos as nossas (esperem lá pro fim do mês), mas acredito que a primeira lista de todas a se fazer é relativo a aonde o RockinPress chegou esse ano.
Lembro bem quando anunciei para amigos, leitores e escribas do site (todos ao mesmo tempo) que nossas linhas iriam tomar uma direção diferente. Acredite: é difícil você escrever sobre o Brasil para brasileiros. Primeiro por que aqui damos mais valor ao produto internacional e conseqüentemente o consumimos primeiro, sem perceber que a cena por estas terras está cada vez mais interessante e diversificada.
Perdemos leitores, mas hoje já batemos a média de entrada do ano passado. Para um recomeço, nada mal. Felizes, nós do RockinPress podemos dizer que estamos fazendo nossa parte para a valorização da música brasileira e suas bandas/artistas, batendo na tecla de que tanto o nacional como o internacional podem conviver na mesma quantidade no seu player de música. Porém, três coisas se destacam neste ano para o site e particularmente para mim, Marcos Xi.
Certo dia recebi um email simples, porém objetivo de um cara que jamais havia ouvido falar na vida. O agora jornalista Marcelo Fernandes escolheu justamente o RockinPress para ser o objeto central de sua monografia, com o tema: Fanzines Online: Alternativa à Indústria Cultural a Partir da Cauda Longa. Apesar de o texto ser um tanto longo e a edição não ser a completa e ideal, conforme o próprio Marcelo me informou, aí está o primeiro registro escrito do que o RinP é, como nasceu, se desenvolveu, se reproduz e… como continua a viver. Além de ter uma entrevista polêmica com esse que vos escreve. Podem baixar neste link.
Na semana passada, o jornal O Globo, do conglomerado de empresas de mesmo nome e um dos maiores e mais interessantes impressos do país, lançou um infográfico com “A Nova Música Brasileira em 2011“. Um belo apanhado do que surpreendeu este ano escrito ao som de 18 bandas de todo o país. O mais legal não foi o fato do nosso site ter sido citado como fonte de descoberta de novas bandas, junto com o Scream & Yell, mas sim ver bandas que são, de certa forma, crias vindas dessas páginas digitais e que com o tempo foram ganhando os ouvidos brasileiros. Tereza, Dorgas e Humanish, por exemplo, apareceram aqui antes de muita gente e que eu, inclusive, já tive oportunidade de ajudar de alguma forma, desde fazendo mediakit, até marcando turnê, fazendo mídias digitais ou dando uma ajuda como roadie. Outras bandas, como o Some Community e o Single Parents (do qual somos orgulhosamente padrinhos) já marcaram território em terras gringas e abriram shows de grandes nomes, e se você não lembra, a primeira vez que eles apareceram na internet foi aqui. Já as bandas que lançaram algum material pelo nosso selo também se deram bem: a Team.Radio está tendo resenhas gringas uma atrás da outra. Fora a Jennifer Lo-Fi que assinou com a Vigilante (Deck). Vale citar o Cícero?
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Tereza toca “A Cidade Pega Fogo” no Invasão Carioca, da Showlivre
Por fim, mostro-lhes o meu maior projeto. A Invasão Carioca começou a se desenhar lá no meio de julho, quando eu e o amigo/irmão Marcelo Shida, da Showlivre, começamos a bolar um programa especial onde conseguiríamos mostrar para o Brasil, em alta qualidade, os novos frutos da nova e renascida cena carioca. Foram 4 meses de correria, pautas e detalhes a serem mudados, inúmeras datas marcadas e desmarcadas, culminando para no dia 17 de novembro, finalmente, Cícero, Tereza e Os Azuis (substituindo o Medulla) gravassem seu show nas câmeras mágicas da Showlivre. O programa foi ao ar ao vivo e agora os vídeos das apresentações apareceram na página da Tv virtual. Mas calma, bairristas, a ideia é que em 2012 o formato se expanda e muitas novidades apareçam na tela do seu computador.
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Os Azuis tocam “De Tudo que eu já fiz” no Invasão Carioca, da Showlivre
Encerro este post com três vídeos, um de cada banda da primeira Invasão Carioca, e com um largo sorriso no rosto. Muito obrigado, primeiramente, aos leitores, por usarem este espaço para descoberta de seus novos artistas favoritos; obrigado aos colaboradores, amigos e pessoas que ajudaram de alguma forma, por serem parte direta nestas vitórias; e um agradecimento especial para todas as bandas que já passaram por essas linhas, pois é desses instrumentos musicais que ouvimos a trilha sonora de nossas conquistas conjuntas.
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Cícero toca “You Don’t Know Me” (Caetano Veloso) e “João e o Pé de Feijão” no Invasão Carioca, da Showlivre
Parabéns pelas conquistas e força pra música brasileira.
Abs.
Parabéns!
Xi,
Não poderia deixar de vir aqui e parabenizá-lo, depois do que li, muito orgulhosa!Sei o quanto você dá duro e nada um tanto quanto contra a maré, no cenário atual da música, no Brasil.
Além de ser uma pessoa super bacana, que tenta ajudar todo mundo de boa, trocando ideia e fazendo o seu sem prejudicar ninguém.
Uma surpresa muito bacana : )
Beijunda