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Vídeo de Alex Nunes Rosa
O ambiente não podia ser mais adequado. Para celebrar o lançamento de seu quinto álbum, Alexandre, o Mombojó escolheu o SESC Pompéia. Lugar que, de acordo com o próprio Felipe S, foi um dos primeiros espaços a abrir as portas para o grupo na capital paulista. O show é a representação ao vivo da proposta que o novo disco traz: a retomada da atmosfera criativa da origem do grupo, quando os então jovens músicos se reuniam no Estúdio Skill, em Recife.
O experimentalismo presente no álbum foi transportado para o palco com maestria. Faixas como “Rebuliço”, por exemplo, trouxeram o descompasso e os percalços sonoros condizentes com a proposta da canção, tornando sensíveis as ideias visuais encontradas na letra. Com o auxílio de samples, sintetizadores e outros efeitos digitais, a banda expandiu a estética de Alexandre, fazendo com que músicas como “Summer Long”, “Ping Pong Beat” e “Cuidado, Perigo!” ficassem ainda maiores.
Apresentadas ao público em maio, com o lançamento do novo trabalho, as novas composições já eram conhecidas por boa parte dos presentes. “Pro Sol”, canção com forte identidade pop, foi uma das novidades mais bem recebidas pelos fãs, que cantaram o marcante refrão a plenos pulmões, acompanhando a banda do início ao fim. Da mesma forma, “Hortelã”, a mais calma desse novo trabalho, cumpriu seu papel de momento de respiro e frescor no show, com ares acústicos e arranjo delicado.
Na set list, ainda houve espaço para canções que marcam esses 13 anos de estrada do Mombojó. Completando o repertório, estavam “Faaca”, “A Missa” e “Adelaide”, presentes no debute da banda, e também “Antimonotonia”, “Entre a União e a Saudade” e “Papapa”, de Amigo do Tempo. Além disso, a banda contou com a participação especial do cantor China, que estava na plateia e aproveitou para dividir os vocais no bis, em “Deixe-se Acreditar”.
Outra surpresa no palco foi o baterista Thiago Babalu, que na ocasião substituía Vicente Machado. O músico faz parte do quarteto HAB, que também se apresentará no mesmo SESC Pompéia dentro da programação do Prata da Casa.
Alexandre, esse personagem que nasceu de improvisos e experiências em estúdio, completa um ciclo com sua chegada aos palcos. Nascido quase ao vivo, ele ganha força e evidencia a entrega dos músicos, suportada pela experiência de um grupo que não tem medo de arriscar novos caminhos e reinventar formulas.