Os 100 Melhores Álbuns Brasileiros de 2015 (Com Download e Streaming)
Já temos sete anos fazendo essa lista de Melhores Álbuns Brasileiros de 2015. Sempre com um trabalho árduo, mas sempre feita de coração. Mesmo com os xingamentos de ‘falta disco tal’ ou ‘isso tá péssimo’, é muito bonito ver a cena crescer, se reproduzir, errar e acertar e interferir até no cenário mais antigo, nos originais do ritmo reverenciado.
Ver a lista deste ano ajuda a perceber o crescimento de toda essa cena e nos deixa felizes ao notar que não só nós estamos pensando dessa forma e estamos alinhados com o pensamento de outros, como o Brasileiríssimos (que também assina textos e a ordem dos eleitos). É bom ver que tem muita coisa nova, interessante e bem feita pronta para encher nossos ouvidos com música.
Confira a lista de 100 Melhores Álbuns Brasileiros de 2015:
100 ~ 76
100. Callangazoo – Dipatchara |
75 ~51
75. Bike – 1943 |
50 ~41
50. Luiza Lian – Luiza Lian (baixe)
49. Facção Caipira – Homem Bom (baixe)
48. Frevotron – Frevotron (baixe)
47. Alaska – Onda (baixe)
46. Rodrigo Campos – Conversas Com Toshiro (baixe)
45. Camarones Orquestra Guitarrística – Rytmus Alucynantis (baixe)
44. Banda Gentileza – Nem Vamos Tocar Nesse Assunto (baixe)
43. Johnny Hooker – Eu Vou Fazer uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito! (baixe)
42. Alpargatos – Rodovia do Parque (baixe)
41. Rock Rocket – Citadel (baixe)
40 ~31
40. Jéf – Interior (baixe)
39. Rafael Castro – Um Chopp e Um Sundae (baixe)
38. Supercolisor – Zen Total do Ocidente (baixe)
37. Letuce – Estilhaça (baixe)
36. The Mozões – The Mozões (baixe)
35. Milkshakes – Technicolor (baixe)
34. Aeromoças e Tenistas Russas – Positrônico (baixe)
33. Nana – Berli(m)possível (baixe)
32. Siba – De Baile Solto (baixe)
31. Tulipa Ruiz – Dancê (baixe)
30 ~21
O disco foco em climagem e timbres de jazz, mantendo referencias bem próximas com o álbum do baterista francês Stephane San Juan lançado em 2014.
Segundo disco da trupe carioca mostra grande segurança em fazer pop music e menos espaço para experimentalismo e o indie rock inicial da banda.
Segundo disco completo do rapper paulista abre ainda mais o diálogo do músico com a mpb e com as raízes africanas. “Passarinhos” é talvez o maior hit da carreira.
Seguindo a linhagem de álbuns divertidos do ex-Video Hits, Ansiedade Song faz ponte com o registro Kassin +2, de 2006, ano que o disco foi gravado.
Um registro que transmite paz e beleza. Mixando composições de figuras como Caetano Veloso à temática astral da banda carioca Tono.
Novo registro da cantora carioca entrega menos o flerte nordestino dos álbuns anteriores e busca nas pistas e em músicas animadas propagar amor e liberdade.
Corpura é um verdadeiro grito contra a pseudo democracia racial no Brasil. Enquanto canta, encanta, e prende nossa atenção, Aláfia afirma o racismo como algo estrutural na nossa sociedade e convoca a ‘rapa’ para ir à luta.
O novo disco do músico Qinho vem inspirado no experimentalismo e na climagem, levando o ouvinte a um passeio dentro de um disco curto e plenamente envolvente.
Após a viagem alternativa com a finada R.Sigma, Strausz primeiro se aventurou em remixes e faixas eletrônicas, para depois chegar a uma disco music rejuvenescida e reverenciadora.
21. Graveola – London Bridge (baixe | ouça | site)
Neste registro curto que a banda preparou durante uma turnê internacional, destaca-se a música “Somos Só”, que já havia aparecido no disco solo da vocal Luiza Brina.
20 ~ 11
baixe | ouça | site Liniker encantou com seu visual e sua forma contemporânea de apostar no soul e na blackmusic. “Cru” é um registro ao vivo de 3 canções (Zero, Louise do Brasil e Caeu) e nos deixa na expectativa do que o músico de Araraquara vai nos mostrar daqui pra frente. |
baixe | ouça | site Segundo disco do quarteto paulista tem um alinhamento perfeito entre os novos integrantes e a onda progressivo-pop em que militam. Letras poéticas e arranjossurpreendentes são alguns dos destaques do registro. |
baixe | ouça | site Uma de nossas apostas para 2015 mais esperadas, Sofia não decepcionou no quesito criatividade, abusando de camadas de voz, sintetizadores e melodias ao piano que enaltecem tanto a beleza vocal quanto a leveza poética das incríveis letras do disco. |
baixe | ouça | site Dizem que tudo o que o Marcelo Camelo toca vira ouro, mas se antes a Dom já era uma brilhante musicista, foi com a produção do eterno Hermano que os contornos pop de suas canções ganharam o brilho necessário. Soyo não é só o melhor disco da jovem, e funciona como a descoberta de um novo caminho. |
baixe | ouça | site Maturidade. Essa talvez seja a palavra que defina bem o segundo disco dos goianos do Boogarins, que voltaram ao estúdio após uma longa turnê Europeia do primeiro CD, “As Plantas que Curam”. Manual, que foi gravado de maneira analógica deixa no ouvinte aquela expectativa de sentir ao vivo o rock psicodélico da banda. |
baixe | ouça | site Após um longo hiato de 13 anos, o coletivo Instituto lança Violar, seu segundo álbum oficial. O disco conta com participações de Criolo, Karol Conka, BNegão, Jorge Dupeixe, Tulipa Ruiz e mais. O maior destaque fica por conta de “Alto Zé do Pinho”, música inédita do rapper Sabotage. |
baixe | ouça | site Parece que Cícero finalmente encontrou o equilíbrio. “A Praia”, terceiro disco do músico carioca, vem após o fraco “Sábado”, onde experimentação e introspecção foram os pontos mais fortes e criticados. No novo álbum, o Cícero do “canções de apartamento” aparece mais experiente, seguro e sem perder a simplicidade característica dos seus versos. |
ouça | site Dentro de um ano turbulento entre términos e reconquistas, Phillip soube canalisar seus sentimentos em música e transformou seu nono disco em pop music. Faixas fáceis de ouvir, gravação limpa e pouca coisa voz e violão dão um novo frescor a discografia do paulistano, que já prepara dois novos álbuns para 2016. |
baixe | ouça | site Carbono é sem dúvidas um dos pontos altos da discografia de Lenine. O disco celebra a vida, o afeto. O músico que é engenheiro químico de formação, acertou em cheio na alquimia do novo CD. Rico em formações instrumentais e com um alto nível poético, o álbum recoloca o Pernambucano como um dos grandes nomes da MPB. |
baixe | ouça | site “Amor Violento” funciona como uma reentrada da banda no cenário após o também ótimo “Desconocidos”. Acompanhado de grande turnê pela América do Norte, o disco já nasce grande em importância, refletido nas brilhantes canções do registro. |
10 ~ 1
10. Aline Lessa – Aline Lessa
Ao olhar para Aline é fácil ver uma moça interessante, que parece guardar muito para si. Após sua saída da banda carioca Tipo Uísque e o início dos trabalhos de gravação do que viria a ser seu primeiro disco, muita coisa foi posta na mesa. Neste registro ela conseguiu se abrir emocionalmente e, pela primeira vez, compõs um repertório todo em português, enaltecido pelos arranjos e produção feita pela própria ao lado do maestro Elísio Freitas (que também assina o ótimo disco de estréia do mineiro César Lacerda). .
9. Mahmed – Sobre a Vida em Comunidade
Ouvir “Sobre a Vida em Comunidade” da Mahmed é como entrar em um sonho. SAVEC foi feito, definitivamente, para você mergulhar e se perder dentro dele. Similaridades nos arranjos e distorções constantes nas guitarras marcam todo o disco. É uma completa embriaguez de sons, ritmos e vozes (essas por sinal, são muito bem colocadas em momentos pontuais). O quarteto potiguar mostrou uma evolução maiúscula frente ao que tinham apresentado em “Domínio das Águas e dos Céus”, um EP de apenas 3 músicas que precedeu o primeiro álbum de estúdio. Sobre a Vida em Comunidade, definitivamente é um álbum que coloca a Mahmed como uma das boas surpresas de 2015 e torna a banda um nome interessante no cenário do instrumental brasileiro.
8. Turbo – Eu Sou Spartacus
O rock está em primeiro lugar neste divertido disco dos paraenses do Turbo. Gravado na Suécia após um bem sucedido crowdfunding, o trabalho é quase uma ode ao power pop e descompromisso das letras que os maiores bastiões do rock do Pará carregam (a Turbo e a Molho Negro). Há diversos potenciais hits no registro, com destaque para “Fã#1”, que comenta sobre aquelas fãs que morreriam pelo seu artista; “Gibsom”, sobre o sofrimento de um jovem que só queria uma guitarra específica; e “Calor Senegalês”, que define muito bem o verão de 2016 e o clipe rápido, divertido e quente do disco.
7. Sara Não Tem Nome – Ômega III
Aposta nossa que entrou nas listas de 2012 só conseguiu colocar na rua seu primeiro álbum em 2015. A realidade é que Sara parecia esperar o momento mais propício para nos apresentar sua primeira obra solo, Ômega III. O disco foca em sua fase inicial adolescente, mas apresenta questionamentos em forma adulta, um reflexo de uma mente inquieta numa cidade do interior mineiro. A gravação aconteceu nos estúdios da Red Bull, em São Paulo, com uma sonoridade que remete a Sparklehorse, Daniel Johston e Radiohead trabalhando em parceria. A voz fina, as temáticas, os timbres, arranjos e a gravação fazem crer que Sara é uma novidade quem vem para se fixar no cenário.
6. Zé Pi – Rizar
Navegando como um barco seguro e criativo dentro da cena paulista, colaborando com diversos artistas e até trabalhando com sua antiga banda, a Druques. Se já não fosse o ótimo histórico, faltava aquele disco para pontuar bem a trajetória solo e em Rizar Zé Pi faz isso como um capitão experiente num grande navio musical. Canções com uma doçura incrível, assobiáveis e que casam perfeitamente com a voz calma do cantor. A homogeneidade do registro chama atenção, além das participações e da facilidade de vício que cada faixa traz, alinhadas com a identificação com as letras confessionais.
5. Dingo Bells – Maravilhas da Vida Moderna
Demorou muito, 10 anos ou mais, para termos a oportunidade de ouvirmos um disco completo do trio gaúcho Dingo Bells. Parece que todo esse tempo foi proposital, como uma chance de juntar o máximo possível de melhores músicas e condições para o que viria a ser o Maravilhas da Vida Moderna. O disco fala do tempo, pessoas, vidas, idades e porquês, tentando desvendar os mistérios que nos trazem a Terra. Tudo isso misturando pop rock com coros vocais e um traço de filosofia, rendendo até grandes dúvidas em saber qual seria a grande canção de destaque do álbum.
4. Elza Soares – A Mulher do Fim do Mundo
Aos 78 anos, Elza Soares lançou seu primeiro disco de inéditas em mais de 6 décadas de carreira. Violência doméstica, sexo e libertação são algumas das temáticas presentes em A Mulher do Fim do Mundo. O álbum nasce com força para se consolidar como um dos melhores da década. Elza é samba rap, é voz feminista, é samba rock, é tudo isso junto e coordenado de forma excelente pelo time de produção composto por nomes como Kiko Dinucci, Rômulo Fróes, Thiago França e boa parte de músicos da nova vanguarda paulistana. Ousadia, característica de Elza Soares, foi transposta de forma brilhante para o disco.
3. Ventre – Ventre
Foram anos desde o lançamento do vídeo ao vivo de “Carnaval”, que apresentou a banda ao mundo, até este disco sair. Ainda mais tempo se for contado a partir da saída da baterista Larissa Conforto e do guitarrista Gabriel Ventura (que também toca com Cícero e Lenine) da banda Tipo Uísque para encontrarem seu próprio som. Nesse meio tempo, pedaços de música gravados em vários estúdios diferentes, mixagem atrasada e mais um monte de detalhes foram atrasando este que é, certamente, o melhor álbum de rock do ano. Segurar o público por tanto tempo sem decepcionar no resultado é para poucos e o motivo está na sonoridade desafiadora feita em cima de letras, muitas jams e influencias diversas. Impossível não balançar a cabeça, fazer air drums e ouvir nas alturas.
2. Figueroas – Lambada Quente
Alguns dizem que é apenas um engraçadinho, outros apontam como um aproveitador da onda de rejuvenescimento dos ritmos nortistas e alguns dizem que é apenas moda temporária. A verdade é que Figueroas escreveu sua história na Lambada com irreverencia, simplicidade e um ótimo gingado.
O trabalho cultural que Givly Simons e Dinho Zampier fazem no ritmo, levando a um público que geralmente tem preconceito a entender e se divertir, é uma das grandes sacadas e diferencial do projeto. Essa reformulação vem muito também pela conversão do cantor ao gênero e suas pesquisas ao lado do mestre da guitarrada Manoel Cordeiro, com quem mora em São Paulo.
Se para muitos incomoda, para outros educa e para muitos diverte. É interessante notar também que ele tem a aproximação simplória das letras como a maioria das canções populares radiofônicas, ao mesmo tempo que atinge a um público que não está esperando por isso, causando surpresa. Nada fez mais barulho nos palcos e nas discussões de mesa de bar do que esse alagoano.
1. Maglore – III
Não faz muito tempo que começamos a ouvir com mais frequencia o nome Maglore. Inventado, uma palavra própria, parecia destinada a criar sua própria denominação, seu próprio sentido com o tempo. E foi mais ou menos assim com a banda. O primeiro disco, Veroz, deu uma cara mais jovem ao significado, uma cor animada e ao mesmo tempo preocupada. Já o segundo, Vamos Pra Rua, tinha um jeito mais próximo da saudade, da reverencia a sua terra natal, visto por alguém se descobrindo em sua nova Terra, agora situados em São Paulo. Com dois trabalhos diferentes lançados, o que se espera do próximo é uma afirmação, um encontro final com o que é ser “Maglore”. Nesta base que nasceu III, se não um álbum mais maduro, um álbum que virou adulto e acompanhou o crescimento dos fãs do primeiro álbum, sem perder os novos ouvintes conquistados com o saudosismo do disco anterior.
O disco se divide em dois, com um lado astral e um outro com forte flerte ao pop, algo vivido e pensado assim como Lulu Santos fez ao começar seus trabalhos solo no início dos anos 80. Muito mais redondos e diretos, III soa como um ‘abrazilhamento’ do Dr. Dog em encontro com Tim Maia. Tudo registrado analógicamente e em fita de rolo original, como era feito por seus ídolos
É bonito ver uma banda que, com tanto tempo de estrada e formações finalmente se encontrar, entender quem é e mostrar seu melhor trabalho como se fosse tão natural como seus ensaios. Aqui podemos ver três indivíduos alinhados com o objetivo de fazer música para ouvidos e corações quentes..
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Toda a equipe do RockinPress e Brasileiríssimos participou da eleição e votou em seus álbuns preferidos, sendo que este resultado não reflete a opinião pessoal de apenas uma única pessoa. Os textos são assinados coletivamente.