Fotos por Juliana Ribeiro
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Marcelo Jeneci, Laura Lavieri, Curumin, Karina Buhn, Guizado, Fernando Catatau, Edgard Scandurra, Arnaldo Antunes e outros mais, isso em cima do palco, fora os outros grandes que estavam na platéia ou na coxia, como Marcelo Yuka. Boa noite. Uma única noite no Circo Voador com tanta gente em cima do mesmo palco. O palco do Circo é grande e comporta todas as estrelas. Um belo convite para uma madrugada musical brilhante.
Bonito ver a grande força dos fãs de Marcelo Jeneci, o primeiro a se apresentar na noite. Detalhista, o show ganhou a adição de metais, além das baquetas de Curumin, na primeira vez que subiria no palco naquela noite. O repertório é cantado fácil pelo público, com fãs seguidores que trocam carinhos e olhares com o cantor, numa sintonia e simpatia rara. “Copo D’água”, a faixa de abertura, é recebida aos pulos por um público que crescia a cada canção e a cada solo da sanfona de Jeneci. Se a cada século nós temos um novo ídolo e ele é sempre claramente inspirado num produto do passado, fica mais fácil de enxergar Jeneci como alguém que nessa década fará alguma história mudar de rumo.
As pessoas associam as letras de Jeneci de maneira fácil. Foi bonito ver que uma fã colocou a letra de “Pra Sonhar” em seu convite de casamento e mandou o convite para o cantor, que fez questão de ler ao vivo e mostrar aos presentes, todo orgulhoso esse belo acontecimento. Ainda teve participação de Edgard Scandurra fazendo um solo virtuoso em “Show de Estrelas”, além de “Sábado Morto”, de Erasmo Carlos cantado somente o refrão, em outra música. Após apresentar a banda tocando “Felicidade”, Jeneci propôs um coral lindo do público num ‘voz e piano’ ao refrão. Apesar de sempre ter sido músico de apoio, Jeneci teve os melhores frontmans como professores.
Mas arrebatadora mesmo é a presença de palco de Karina Buhr. A menina se joga no palco e se debate nos cantos numa entrega musica que, por vezes, dá medo. Vestida com uma hiper reluzente roupa, brilha e se joga no chão fazendo uma apresentação arrebatadora, inquieta e possante. Sua banda, formada por estrelas da música brasileira tornam suas músicas ainda mais fortes. Em “Avião Aeroporto” os gritos e os tapas que a cantora sem se dá são claramente ouvidos no microfone, e a catarse ocorre em “Nassiria e Najaf”, o primeiro single do álbum que se torna um rock visceral digno de saltos, pulos nos músicos e quedas ao chão, num ritmo hipnótico e incansável.
Quando Arnaldo Antunes entrou no palco, a lona do Circo estava, no mínimo, abarrotada de jovens, velhos e quem curte o trabalho do cantor. Cada letra, cada canção, é cantada a plenos pulmões como se fosse a última chance de vê-lo no palco. Ainda em turnê do álbum Iê-iê-iê, Arnaldo parecia um garoto no palco, colocando até 2 bis no seu longo show, com término às 4 e meia da manhã do dia seguinte. Claro que não faltou “O Pulso”, imortalizado por Arnaldo quando ainda era um dos Titãs, e versões de Adoniram Barbosa e Odair José. Como a noite é de amigos, Catatau entrou no palco e executou um solo brilhante com suas roupas leves e diferentes das da banda de Arnaldo: todos de terno e gravata, mas cada um na sua cor, com exceção de Arnaldo, que tinha uma única manga vermelha, combinando com a gravata.
As roupas foram um caso a parte na noite. Enquanto Marcelo Jeneci herdou um pouco do estilo da banda de Arnaldo (na qual toca teclado) e se apresenta de roupa social, Karina é acompanhada por músicos vestidos com roupas leves e largas, mas condizentes com o clima carioca e com o calor dentro da lona do Circo. No estilo ou na leveza, a noite só foi bonita por conta dos dois estilos, dos três cantores e dos quatro, com o público.
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Porém, é importante lembrar que para que um indivíduo apresente um caso de impotência, ela deve ser permanente, e não apenas uma falha comum que pode acontecer com todos os homens.