Listas: Os Melhores e Piores de Janeiro de 2010
* Post número mil! Eu quero agradecer a minha mãe, meu pai e a você. =)
De volta com nossas honrosas listas de melhores e piores do mês ainda de ressaca com a virada do ano, as listas que sucederam e a preparação para o Carnaval (onde, rigorosamente, os Indies não fazem nada). O mês foi um tanto corrido, mas deu para acompanhar as boas novas que apareceram e os já esperados álbuns. Não tivemos uma decepção no mês, não nesse, e não reclamem que Hot Chip, Spoon, Final Fantasy, Josh Rouse, Massive Attack e Yeasayer não apareceram, a concorrência esse mês foi forte!
Menção honrosa:
Melhor Clipe
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Tiê – Dois
Uma produção a nível internacional e uma barriguinha de futura mamãe são as principais coisas que chamam a atenção no clipe. Simples e belo, produção refinada de uma jovem compositora brilhante e com um gosto para clipes primoroso. Agora queremos saber quando será a nova bolacha da moça.
Melhor Música
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Peter Gabriel – My Body is a Cage
Um típico caso de amor a primeira vista. O velhote moderninho Peter Gabriel, resolveu fazer um álbum de covers, e entre Radiohead e David Bowie, o músico resolveu dar uma remodelada em “My Body is a Cage”, do Arcade Fire. O resultado é tão belo, que arrisco sem medo dizer que ficou melhor que a original.
Sem mais delongas, os 5 Melhores, o pior álbum e ainda, a maior decepção de janeiro foram:
5° Lugar
The Watson Twins – Talking To You, Talking To Me
Apesar dessa capa bem ‘nada haver’, o som que essas duas jovens propõem está mais calcado no blues, jazz e soul, batendo nas teclas do piano de Norah Jones, mas com muita personalidade e beleza, além de todo um clima denso e excelente produção. Recomendadíssimo para quem quer escutar algo diferente.
4° Lugar
Husky Rescue – Ship Of Light
Canções colantes e simples, uma sensual voz e muitas viagens sonoras. Confesso que antes, tinha um certo repúdio da banda, um pré-conceito formado pelo nome controverso do grupo, e – num ato de coragem – resolvi conferir o material que tanto haviam comentado a bons elogios. Não me arrependi.
3° Lugar
Los Campesinos! – Romance Is Boring
Outra banda que surpreende. Sua mistura de técnica e animação simples causa um certo ‘estranhamento’ para um grupo que não podemos nem classifica-la em algum rótulo moderno. A faixa título, “The Sea Is A Good Place To Think O The Future” e “There are Listed Buildings” são os destaques.
2° Lugar
Sabonetes – Sabonetes
Como sempre, o Brasil tem tido seus representantes nas nossas listas de melhores do mês, e realmente o momento da música em nossas terras está extremamente favorável a isso. Acredito ter sido um tremendo erro não ter colocado os Sabonetes como uma das Apostas para esse ano e esse primeiro álbum reflete bem esse meu erro, tamanha a qualidade e versatilidade que a bolacha nos introduz. Eles ainda tem muito para mostrar ao país nos próximos anos, e já começaram com ‘os dois pés direitos’.
1° Lugar
Vampire Weekend – Contra
Todos sabem da dificuldade que é o segundo álbum de uma banda. A apreensão, o medo e a critica são alguns dos fatores que basicamente coloca em risco o futuro de um promissor grupo. Contra é a briga que o Vampire Weekend comprou com o cliché das bandas que caem no segundo álbum. O resultado é um épico momento musical inesquecível, lotado de músicas especiais, que provavelmente figurarão em alguma lista de melhores de 2010. A banda não procurou se reinventar, ou surpreender, claro que teve umas mudanças aqui e ali, como um pouco mais de eletrônico, mas o resultado é o mesmo que catapultou o Vampire Weekend em seu primeiro álbum. Só resta esperar uma vinda ao nosso país.
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Decepção/Pior Álbum
The Knife – Tomorrow, In A Year
Trilha sonora da ópera dos horrores, ou talvez o som das danças do experimentalismo ligado a drogas pesadas. Escolha o melhor apelido para essa bolachona de uma hora e meia de música, já que os pejorativos se enquadram melhor na descrição desse que pode ser um dos grandes álbuns para entrar na lista dos Fail 2010 das nossas linhas. O desafio aqui é escutar até o final e tentar entender o porque dessa experimentação desenfreada e, ao que passa na audição, infinita. O teor pop – que antes já era complicado de se achar – agora se torna quase nulo – talvez pela participação dos alemães Planningtorock e Mt. Sims, mas não se sabe. O grande negócio é o Fever Ray continuar por aí ou o The Knife voltar as suas origens, pois escrever óperas está complicado