Lista: Os Melhores e Piores de Fevereiro
Carnaval acabou, então finalmente começou o ano para os mais vagabundos. Nosso ano começou a um certo tempo e fomos separando o joio do trigo, como vocês verão mais abaixo nos melhores e piores de fevereiro. Mês rico, o que fez álbuns ótimos como o do Black Rebel Motocycle Club e do Nevilton não entrassem na lista dos melhores. Por isso, se você não ouviu algum álbum que está nessa lista, corre, porque está perdendo grandes músicas.
Menção honrosa:
Melhor Clipe
Passion Pit – Sleepyhead
A grande jogada são as idéias originais e os movimentos bem pensados. Clipe simples de uma já ótima música, o que ilustra bem toda a inteligência que essa banda é famosa por carregar. A grande questão é quando teremos um novo álbum, pois esse de estréia é no mínimo maravilhoso.
Melhor Música
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=7jgmgE-QDzA]
The Morning Benders – Excuses
Foi uma briga boa com uma outra canção aí, mas esse vídeo dá pontos a mais para a belíssima música construída das mãos desses jovens músicos. Certeza que não é o primeiro prêmio que receberão por essas linhas e muitas outras músicas desse álbum tem potencial para também ocuparem essa posição.
Sem mais delongas, os 5 Melhores, o pior álbum e ainda, a maior decepção de fevereiro foram:
5° Lugar
Exsonvaldes – There’s no Place Like Homes
Não esperava nada quando baixei esses jovens franceses, cheguei a achar que era até algum tipo de resposta ao Phoenix, mas no fim, os violões predominam e a simplicidade assume o lugar das grandes produções, fazendo parecer uma banda de alternativo tocando seus clássicos acústicos. Destaque para “Lali” e a inesperada versão de “Take on Me”, do A-Ha.
4° Lugar
The Radio Dept. – Clinging to a Scheme
Apensa da bizonha capa, o álbum surpreende ao ponto de nos levar a acreditar que o Radio Dept chegou a um outro ponto da música, onde o som já pouco rotulável que fazia se perde na ‘dançante shoegaze’ de “Heaven’s On Fire” e corta os pulsos em outra faixa nem tão distante dessa. Ótimo, moderno e sem deixar de ser eles mesmos.
3° Lugar
Apparatjik – We Are Here
Outra capa péssima que desafia a barreira do mal gosto, mas uma bolacha que – até onde pode – nos deixa viajando por alguns bons momentos. O álbum foi um tanto decepcionante, já que conta com membros do Mew, A-Ha (olha eles de novo!) e Coldplay, mas não deixou de ser bom o bastante para estar aqui. Destaque para a dobradinha “Antlers” e “Electric Eye”.
2° Lugar
Oito Mãos – Vejo Cores nas Coisas
A Andressa já falou deles aqui, mas minha opinião poderia se resumir na idiota afirmação “uma das músicas deles virou o Quem Sou Eu do meu Orkut“, mas não é só isso. A surpresa ao ouvi-los, com aquela mistura louca com um som tipo Cachorro Grande, Mpb-rock e mais algo indecifrável abriu meus ouvidos para uma banda que guardou o melhor de sua música para os brasileiros aprenderem a valorizar a casa em que vivem, pois o que se ouve ali, poderia estar em qualquer rádio desse país. Destaque para “Alguém” e no épico de 9 minutos “Quando eu for pro mar”.
1° Lugar
The Morning Benders – Big Echo
Ta aí, sem surpresas, definitivamente. Pois concorrer com a mesmisse desnecessária e pouco original do Two Door Cinema Club (convenhamos que a canção “Undercover Martyn” é extraordinária) deixa fácil vencer essa corrida. Big Echo começou a ser reconhecido naquele vídeo mais acima, que levou a melhor canção, e desde já virou trilha sonora de qualquer momento onde sorrisos e tranquilidade sejam os mais importantes. “Promises”, “Pleasure Sighs” e “Hand Me Downs” ilustram a simplicidade da obra, aliada a capacidade dos músicos de transformar poucas notas em melodias inigualáveis. Discaço.
____________________________________________________________________
Decepção do Mês
I’m From Barcelona – 27 Songs for Barcelona
Parece que liberaram as capas feias e fizeram a festa nos últimos lançamentos. Um projeto ambicioso que não deu em nada. O que ouvimos nessas 27 canções é simplesmente um punhado de músicas desconexas e que poderiam ser melhor aproveitadas se fossem feitas no formato convencional. Não convenceu e chegou até a cansar a audição, infelizmente. A banda é muito boa e a idéia bastante válida, mas poderia aproveitar para consolidar o sucesso dos álbuns anteriores com uma nova bolacha no nível.
Pior Álbum
Audio Bullys – Higher Than The Eiffel
Audio Bullys é um projeto legal que presa a mistura de som sem distinção – e sem medo. Mas foi tanta mistura nesse álbum, com quebras tão fortes, que chega a irritar. Uma hora parece que estamos ouvindo Rolling Stones e na faixa seguinte Snoop Dogg. Fora que não existe uma faixa de referencia, uma música que grude e nem um momento com mais unidade na bolacha, é tudo confuso demais até para o mais eclético do mainstream. O grande desafio da bolacha é gostar do que escuta e da banda é sobreviver depois do lançamento.