Rico. Essa seria a melhor descrição para um mês tão bom de lançamentos quanto foi esse finado mês de Abril. E o mais interessante, é a severa briga que rolou entre as bandas decepção, mas o resultado foi justo e quase unânime. Uma pena ter tantos álbuns bons e acabar apagando as pérolas brasileiras vindas desse mês, mas quem sabe, na próxima?

Menção honrosa:

Melhor Clipe

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The Black Keys – Tighten Up

É aquela lição que muitos ainda não aprenderam: É simples, porém original. Pensa comigo: Colocar um brinquedo, que pode ser muito bem daquela criança chata que sua tia trás nas visitas de domingo, fazendo uma dublagem tosca, e embaixo passando frases desconexas, pode não parecer o melhor roteiro, mas o resultado é tão doido que merece uma continuação em grande estilo, também conhecida como “Next Girl“.

Melhor Música

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Broken Social Scene – Forced To Love

Para ser sincero, não houve uma grande música esse mês. Teve aquela que se destacou mais e, acobertada pelo álbum, chegou no ponto de maior destaque individual nessa lista. Animação, arranjo mais uma vez impecável e aquele jeito BSS de fazer música boa. E olha que tem outras ótimas nesse mesmo álbum!

Sem mais delongas, os 5 Melhores, o pior álbum e ainda, a maior decepção de abril foram:

5° Lugar

Aqualung – Magnetic North

Comentando com nossos companheiros de site, notei que nenhum havia escutado essa doce e melódica bolachinha. O Aqualung é um projeto de um único músico que, sentado a frente do piano, tenta ser mais poético que Damien Rice e menos chato que James Blunt. O resultado final da bolacha é bem mais bonito que os trabalhos do último citado e guarda ótimo momentos em “Reel Me In” e “Remember Us”. Ouçam e relaxem.

4° Lugar

The National – High Violet

Na verdade, houve uma forte dificuldade em entender o álbum. A atmosfera densa que a toma não foi facilmente captada de primeira, mas algo nessa bolacha nos instiga a escuta-la mais e mais vezes, até que você se encontra num estado de amor com as fortes canções ali presentes. Belo álbum, muito esperado e bem recebido, conseguindo a proeza de lançar uma boa bolacha depois do estouro que foi o The Boxer.

3° Lugar

Gogol Bordello – Trans-Continental Hustle

Não sei se ninguém notou o boeiro da Rio Luz (Companhia Municipal de Energia e Iluminação, no Rio de Janeiro) na capa desse álbum. Esse é o maior exemplo do bem que terras brasileiras fizeram a Eugene. Os locais que o músico passou em sua estadia de dois anos no país são bem descritos nas músicas dessa execelente bolacha, e ainda por cima, contradiz os detratores que acusaram a banda de ser repetitiva, já que essa obra trás as levadas mais diversificadas de sua discografia.

2° Lugar

The Black Keys – Brothers

Além da genial capa, e dois clipes já citados acima, Brothers conseguiu a façanha de ser o melhor álbum da dupla do Black Keys. A bolacha está menos barulhenta que a anterior e as canções tem mais unidade, o que surpreende, já que eles só usam guitarra, bateria e uns eventuais teclados de acompanhamento. Uma banda que vai dar muito o que falar ainda.

1° Lugar

Broken Social Scene – Forgiveness Rock Record

Anos sem fim e espera de roer a unha. Foi tudo que o Broken Social nos fez perder esperando seu tão aguardado novo álbum. Enquanto vários integrantes lançavam álbuns com suas bandas principais (Stars, Metric, Jason Collet) ou mesmo com a proteção do BSS (Brendan Canning e Kevin Drew) a curiosidade ia aos poucos sanada com as infos escassas que iam chegando. De fato, não há uma música que se compare com os já clássicos “Almost Crimes” ou “7/4 (Shoreline)”, mas temos um conjunto de canções ótimas e redondas dentro do álbum que faltava na banda. Ainda sim, o teor ‘épico’ ao som ganhou um destaque a mais e as canções soaram com mais emoção e força. Vários destaques a se falar, o que fica complicado até para citar aquela melhor música do mês. A questão é ouvir muito.

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Decepção do Mês

Foals – Total Life Forever

A capa – mistura de Nevermind com Lagoa Azul – até engana, mas depois do monstro discográfico chamado Antidotes, realmente fica difícil superar um álbum com tamanha qualidade. Não posso negar que “Spanish Sahara” é uma das melhores músicas que eles já criaram, mas a bolacha não compensa. As canções perderam a força e a alma triste que as dançantes músicas carregavam e tudo foi-se perdendo em meio a riffs de guitarra não tão inspirados quanto estavamos esperando. Infelizmente, é uma bolacha com apenas duas músicas, a já citada “Spanish Sahara” e o outro single, “This Orient”. Morre aí.

Pior Álbum

Hole – Nobody’s Daughter

Capa linda. Banda com um renome históricamente comprovado. Mais de dois anos de produção, com músicos de alto nível e convidados até mais importantes que a banda. E no fim, uma velha berrando em TODAS as músicas desordenadamente. Bem, a Yoko Ono fez um álbum gemendo e sem o menor sentido, a Coutney Love pegou a guitarra, se achou Dave Grohl da gritaria e decidiu ensurdecer os ouvidos alheios. Não há garganta que segure isso nos shows e não há fã que tenha saco para achar que ali realmente está o Hole fazendo uma nova bolacha. Se nem o Billy Corgan, que é ex dela e agora ex amigo, aturou, pense nos ouvidos doces daqui.

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