Aqueles que um dia puderam ouvir o álbum Tudo Que Eu Sempre Sonhei, do Pullovers, sabem da importância deste registro para a música independente brasileira. Um álbum de rara beleza, de letras magníficas e melodias emocionantes criadas por Luiz Venâncio, o tímido paulista por trás do projeto e único membro fixo da banda.
Infelizmente, por motivos do tempo, o Pullovers chegou a um fim prematuro justamente em sua melhor fase, deixando órfãos milhares de fãs espalhados pelo país que sequer conseguiram ver uma turnê do registro. Até hoje essa massa de fãs se multiplica conforme o trabalho é compartilhado, seja no boca a boca, seja por descobertas particulares – já que os CDs, apesar de ainda estarem em estoque e na primeira prensagem, continuam à venda no site do selo Pisces Records.
Desde o fim da banda, em 2009 (mesmo ano de lançamento do álbum), pouco se ouviu falar de Luiz. Até um falso alarde dizendo que ele participava do clipe de “Oração”, da Banda Mais Bonita da Cidade apareceu, e com ele também surgiu a canção “Estrangeira“: parceria de Luiz com a paulista Blubell incluida no álbum da moça “Eu Sou do Tempo Que a Gente se Telefonava” e na trilha do filme Bruna Surfistinha. Mas o que se aguardava mesmo era a continuação dos trabalhos de Luiz. Por trás dos panos e dentro de um estúdio, este registro começou a ser produzido.
Em julho de 2011, estava totalmente gravado o registro d’O Cantor Mudo e a Sonora Vaia, novo projeto de Luiz Venâncio com os ex-Pullovers Habacuque Lima, Rodrigo Lorenza, mais Hurso Ambrifi (do Três Cruzeiros) e Paulo Chapolin Rocha (do Ludov). As sessões ocorreram no estúdio Fábrica de Sonhos, em São Paulo, sob produção e gravação de Bernado Pacheco (o mesmo que está por trás do último trabalho do Pullovers).
O músico explica que “o disco conta com as canções – compostas por mim e Rodrigo Lorenzetti – de um musical teatral que escrevi chamado “O Cantor Mudo”, tempos atrás, em círculo de dramaturgia comandado pelo genial professor, dramaturgo e encenador Roberto Alvim“. A peça deverá ser publicada como livreto do disco ou lançada como encarte da peça, segundo sugeriu o próprio Luiz em seu Facebook.
Bernado Pacheco, em conversa com nossa redação em maio deste ano, avisa: “Esse projeto novo é mais cru. O Pullovers tinha um monte de coisa, violão, violoncelo… Esse é numa idéia mais de banda mesmo”. Para completar ainda mais a curiosidade, Luiz sentencia: “Modéstia à parte, o disco é melhor do que Pullovers“.
Além destas fotos tiradas durante a gravação do álbum, existem dois teasers na internet referentes ao projetos, ambos datados em 2011, conforme você viu acima. A banda tem shows em seu histórico: um feito no dia 18 de junho de 2011, na Casa do Mancha e outro na Casa Tomada, no dia 31 de julho do mesmo ano. Resta-nos esperar a mixagem do álbum ficar pronta para ouvirmos mais uma obra do grande Luiz Venâncio.
Colaborou lindamente: Izadora Pimenta, do Backbeat.
[…] têm um trabalho inteiro gravado desde 2011, que esperava pela mixagem de Bernardo Pacheco, como adiantou o Rockinpress no ano passado. Então podemos aguardar por mais boas novidades vindo […]
boa matéria, mesmo em 2014 ainda aguardo atualizações sobre os "Pullovers".
Até agora, 2017, to aguardando atualizações sobre os “Pullovers”.kkkkk.
Alguém ai sabe onde conseguir esse álbum?
https://cantormudo.bandcamp.com/album/o-cantor-mudo-e-a-sonora-vaia
encontrei