A mídia NINJA falhou numa entrevista. A mesma composta por jovens, na maioria, como costumam alardear os acadêmicos de diploma pendurado, não bacharelados para exercer a função de jornalistas, foram alvos de críticas por demonstrar inexperiência ao abordar o prefeito do Rio de Janeiro. Esta mesma mídia Ninja, mostrou o olhar do manifestante na sua atuação nos recentes protestos. Eu mesmo desconectei ao ver narrativas repetitivas destes interlocutores. Não são profissionais. São entusiastas da democratização da comunicação.
Mas assim como muitos, eu desconectei a transmissão gozando de um conforto que estes mesmos jovens comunicadores entusiastas não gozaram. Estavam, e devem voltar a estar, no olho do furacão nas manifestações.
Ó povo de pouca fé que venerava estes testemunhas oculares-celulares da história até a a tarde e os execravam a noite.
E aquele tanto de outras mídias que nós conhecemos e praticam por anos uma comunicação baseada em interesses? Quantas informações apuradas recebemos? Quantas entrevistas bizarras já assistimos? Só de junho para cá, quantas manipulações midíaticas já apareceram na sua timeline?
É maravilhosa esse lance que essa turma NINJA trouxe. Que eles inspirem a mídia Samurai, a Karateca, a Jiujiteira, a que for. Que sejam muitas. Que invadam a rede. Que questionem. Que representem. O fanzineiro é agora o videozineiro, o fotozineiro, o locutorzineiro. As ferramentas estão aí. Eles querem dizer que essa tal mídia NINJA é fraca. Balela. Sábio é usar as ferramentas que temos e subverter a forma tradicional de comunicação.