Jaloo, do Pará para o mundo

Créditos: http://soksoksoksok.blogspot.com.br

Do Pará para o mundo. A primeira vez que ouvi o Jaloo foi uma versão da canção “Diamonds” da cantora Rihanna, que ele havia feito. De cara eu odiei. Depois assisti uma versão de “Baby” na qual acabou ganhando um pouquinho da minha atenção. Não amei de cara, mas ficou ali, atrás do orelha. De lá para cá pouco tempo se passou, mas muito ocorreu. Jaloo acaba de assinar com o selo Tralala, com curadoria de Carlos Miranda, em um projeto Skol Music.

Mas queremos falar de Jaime Melo, um rapaz saiu de Castanhais/PA  com a uma ideia de brega sci-fi que aos poucos conquista seu espaço na música nacional e mundial, de  maneira rápida como víamos antigamente com as gravadoras e selos.

Para começar, em 2012 Jaloo se lançou como DJ/Produtor com um EP chamado Female & Brega, uma coletânea de remixes e versões de músicas já conhecidas. No ano seguinte,  ele lançou o Couve EP e mais recentemente uma versão techonobrega de Wrecking Ball (Miley Cirus) chamada Bai Bai, até então o cantor produzia, mas sempre com um destaque para suas “versões”. Mas após a sua assinatura com selo, vimos emergir Downtown, onde finalmente obtemos uma canção mais minimalista e um regionalismo universal, uma mensagem mais clara de um moderno rapaz no meio da Amazônia. Uma figura exótica e até mesmo emblemática para esse momento.

Entrevistamos Jaloo para falar sobre essas mudanças e outros assuntos. O Rapaz se apresenta nessa quinta (09) no Áudio Club ao lado do grupo frânces La Femme em uma iniciativa do aplicativo Bloom. O Dj set é do Dago Donato da Avalanche Tropical.

Há 3 anos você criava uma identidade nas suas batidas com uma reunião de remixes chamado “Female & Brega” o que aconteceu na sua carreira em um rápido resumo no passar desse tempo?
Acho que fui tomando as rédeas da coisa toda. Primeiro que eu só fazia remix pra quem me importava, me inspirava, tentei segurar as pontas pra que sempre fosse assim, verdadeiro. Daí, um tempo depois, foi natural o momento que me senti seguro o suficiente pra fazer minhas próprias músicas, que é o que ta rolando agora.

Suas batidas são todas criadas por você? Inclusive nessa produção com a Skol e lançada pelo thump?
Sim! Isso é um dos maiores prazeres em ter o Miranda como parceiro, ele acredita na coisa toda, tal qual como é.

O Miranda é seu novo produtor, através do novo selo da Skol. Como se firmou e o que preve essa parceria?
Miranda já me observava há um tempo, mas sempre foi cada um na sua, sabe? Eu apenas  continuava trabalhando, lançando minhas coisas, foi tudo muito natural, nunca enchi o saco do cara, saca? hahahaha. Acho que tem que ser assim, o trabalho fala, se ele tiver um valorzinho que seja o trampo manda o seu recado.
Sobre a parceria, como falei um pouco antes, ele acredita e confia muito no que estou me propondo a fazer. Eu já o admiro a uma porrada de tempo e, pra falar a verdade, tô vivendo um tipo de sonho maluco com tudo que ta acontecendo. O Miranda é magia pura, e eu estou muito feliz.

Esse primeiro single você canta em inglês e, apesar das batidas do technobrega elas parecem mais sombrias. “Downtown” é o Jaloo do Pará para o mundo?
Acho que sim, sei lá viu… hahahaha. Acho que é muita pretensão assumir isso – além de ser um dom maravilhoso você conseguir se emoldurar em algo tão pronto. Acho que sou bem mais que Downtwon, e o mundo é muito grande pra uma música. Acho que o disco inteiro pode responder melhor a pergunta.

Quer ver o Jaloo?

Audio Club apresenta:  Bloom Experience com Jaloo e La Femme
Data: 09/10/2014
Local: Audio Club (Avenida Francisco Matarazzo, 694, Barra Funda)
Horário: 22h
Ingressos: R$40,00 antecipado (pelo site do Bloom) e R$50,00 no dia.