Um ano após o lançamento de seu álbum de estreia, a banda Fábrica quebra o silêncio e trás sua segunda estreia, seu renascimento musical e reescritura de seus caminhos. Conheça e ouça “Grão”.
O disco começa com uma calmaria e vai crescendo, trazendo contornos mais caóticos à sonoridade da banda. É diferente a mistura de sons inusitados e a disputa presente em cada canção. As letras ganharam contornos mais poéticos e a melodia ficou mais emocional. Envolve, transformando a audição numa experiência bastante interessante.
Em “Mais um”, temos o peso certeiro da guitarra de Sávio de Queiroz competindo atenção com a cozinha grave de Gabriel Feitosa (bateria) e Emygdio (baixo, voz, violão e guitarra), pontuado pela experimentação de Cadu Tenório. O vocal do Emydgio é o ponto alto em “Matilha“, uma das mais “sóbrias” do álbum. Já “Grão”, canção que dá nome ao disco, trás uma sonoridade bem pontuada em sua mistura de ruídos e barulhos.
Grão é belo e merece ser ouvido várias vezes, até entendermos todas as suas nuances. Pois em cada audição descobrimos mais e isso vai transformando o álbum num dos mais instigantes do ano.
Grão tem produção de Emygdio e Sávio de Queiroz. O trabalho teve participações especiais de Renato Frias (Padre dos Balões), Gabriel Feitosa (ex-Stereomob), Braulio Jorge (Montecarlo Jive, Mind Melt), Cadu Tenório, Ricardo Gameiro, Alexander Zhemchuzhnikov (companheiros de Sobre a Máquina), o paranaense Lucas Hirata (Fraturas) e Momo.
