O RockInPress não quer parar. Após apresentarmos bandas e realizar a cobertura dos Festivais: Coquetel Molotov, Mundo e DoSol, a nossa próxima parada é em Goiânia, para o Vaca Amarela que acontece nos próximos dias 14, 15 e 16, aproveitando o feriado desse novembro.
Falamos aqui não apenas das vivências e shows e do festival, mas também apresentamos bandas locais de cada estado, mostrando o que o Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco tem de mais atual. Agora vamos para o centro-oeste, começando com a banda folk Shotgun Wives. Entrevistamos os caras que lançaram apenas um EP e um single, mas que tem muito para apresentar:
RockinPress: Ser uma banda de Folk no centro-oeste é mais complicado ou mais simples?
Shotgun Wives: No começo pensamos que seria mais complicado, ainda mais pelo fato de até o momento, não haverem registros (pelo menos ao nosso conhecimento) de outras bandas de folk na região. Mas isso acabou nos ajudando, ao trazer uma proposta “nova” a galera aceitou bem e tem sido uma vibe tranquila pra gente.
Vocês lançaram um EP e um single via internet. Acham mais fácil a galera digerir pacotes menores, com menos músicas?
No começo a idéia do EP foi de apresentar a banda, o conceito, as influências e o tipo de trabalho que estávamos nos propondo a fazer, e as 5 músicas do EP comunicavam bem essa “síntese” do que viria a ser a Shotgun Wives. E sendo uma banda nova acho que é mais fácil para pessoas terem paciência para ouvir 5 músicas de uma banda desconhecida do que um álbum inteiro logo de cara.
A banda começou com Dan Mascarenhas e Pedro Falcão. Vocês são em 6 pessoas, o processo de composição é integrado entre todos os membros atualmente?
Nosso processo de composição não é muito sistematizado, é extremamente aberto a todos os integrantes, cada um é meio que responsável por compor as partes de seu instrumento em cada música, mas isso não quer dizer que o baixista não possa bolar um riff de escaleta, ou a batera sugerir uma melodia diferente para os vocais. No fim a gente busca o melhor resultado para a banda, independente de quem deu a ideia.
O som de vocês caminha bem próximo do que bandas como Munford and Sons vem fazendo pelo mundo. O folk está tendo uma abertura maior?
A história com o Mumford é até meio cômica pra gente, pois muitas pessoas fazem essa relação, obviamente por se tratar de uma banda de folk. Perguntam se fomos influenciados por eles e tal, mas a verdade é que fomos ouvir o Mumford recentemente, após as diversas comparações e comentários. Somos fãs de folk de raiz, da galera da época do Greenwich Village que apoiava Martin Luther King e usavam do folk para protestar, caras como Dylan, Pete Seeger, Woody Guthrie, Lead Belly entre tantos outros, e é daí que tiramos as nossas influências, e gostamos de misturar isso com coisas mais experimentais como o Modest Mouse que seria cerca de 80% da nossa influência. Mas é inegável que bandas como o Mumford and Sons, The Lumineers, Of Monsters and Men, entre outras, ao tornarem o folk um lance que beira o comercial, consequentemente abriram as portas da cena dizendo “Ei, galera! Escutem folk, é bem legal!”
Existem bandas nacionais que fazem um som próximo do de vocês, que adimiram?
O Vanguart é extremamente responsa.
O show no Festival Vaca Amarela prepara alguma surpresa?
Sempre há surpresas e sensualidade nos shows da Shotgun Wives.
Algum lançamento previsto?
Demos início às gravações do nosso primeiro álbum na “Casa do Chá”. Ainda é meio difícil prever uma data, mas creio que no início de 2014 já deve estar na reta final.
Ouça:
