O que seria a ‘Nova Música Brasileira‘? A julgar pela expressão forte e pela conotação importante do termo, devemos esperar algo no mínimo salvador. Talvez tenha sido com esse intuito que o site de entretenimentos Laboratório Pop resolveu nomear seu último festival, feito com um formato antigo de batalhas de bandas em seletivas, que se distanciam do que a organização tanto prega: “salvar a cena carioca”, já que seguindo esse padrão de competição, só o que conseguirá é fomentar a rivalidade entre as já separadas bandas formadoras da cena.
O tal festival não é tão salvador assim: o foco é levar o público a encher a casa e render mais entradas. Quem não pode levar seu público já se sentiu perdedor, ainda mais porque esse quesito valia 5 votos, sendo que a mesa do juri era composta por 13 pessoas (sendo 5 da própria Laboratório Pop) e obviamente ficaria a cargo do público decidir. A entrada, em plena terça-feira, custava amargos 20 reais, (pagamento na hora), mesmo tendo o patrocínio de empresas privadas e edital do governo – até a Multishow estava dando apoio. Nas eliminatórias, teve banda que ganhou 200 reais (nada mais justo) mas a final do evento foi diferente: Nenhuma banda ganhou cachê e nem foram avisados previamente disso, tendo que pagar, por si próprias, os transportes. Tendo em vista que o site oficial deles informa que cerca de 500 pessoas estiveram no local nesta terça-feira: (500 x 20,00 = 10.000 reais, como alguns ingressos tiveram desconto, digamos que foram 7000) a casa (o belo Espaço vintage) só levou o bar e a organização patrocinada (a Lab Pop) embolsou o montante. Dava para financiar, pelo menos o transporte das bandas. Daí a explicação para o discurso inflamado do apresentador do evento sobre a questão das bandas tocarem de graça. Alias, água?!… Só na comanda da produção ou no palco, ainda por cima, quente e somente durante a apresentação das bandas.
Depois de quatro seletivas onde somente uma banda de cada dia chegou na final, o juri do festival Nova Música Brasileira elegeu como vencedora uma banda calcada num som americano do fim dos anos 70, que aqui no Brasil já é aproveitado aos baldes pelo Rock Rocket e outras inúmeras bandas da nossa rica cena independente. O nome da banda é Los Bife. Não tem nada de Nova Música. No site oficial da produtora, o anúncio do vencedor deixa claro que, na verdade, o Los Bife não deveria ter ganho. O tal anúncio foi escrito em um post, possivelmente tendencioso, feito pelo mesmo membro do juri que votou na banda segundo colocada: Carlos Posada e o Clã da Pá Virada.
Dorgas, foto de André Teixeira
Neste post está claro que Carlos Posada só não levou porque não executou um cover em sua apresentação. Esse cover não estava no regulamento do festival e foi uma invenção que só chegou no email das bandas 5 dias antes do show da final. Quem não conseguisse ensaiar, que se virasse. O Dorgas, por exemplo, foi proibido pela produção de tocar um cover de Los Bife, banda amiga (isso aconteceu um dia antes do evento). Por conta disso, a banda, em pleno uso de sua liberdade de escolha tocou uma canção de 3 segundos exatos, criada por uma banda fictícia de um filme adolescente. Torna-se ofensivo o fato da ‘Nova Música Brasileira‘ ter que tocar um cover dentro do curto espaço de tempo (30 minutos), deslocando as bandas que construíram seu repertório com criatividade e afinco, e que jamais tocaram cover na vida.
O som no talo, estourando os ouvidos, ajudou a banda vencedora, que tem um som que mais facilmente se encaixa neste tipo de local. Além do mais, nenhuma banda pode passar o som antes, somente a banda convidada (Tipo Uísque). No fim, Los Bife fez uma grande apresentação e ganhou porque foi a que mais levou público, e não porque os jurados votaram a favor deles, segundo o próprio post do site; O Dorgas fez uma apresentação cheia de problemas técnicos, além de demonstrar inexperiência e nervosismo. Se for levado em conta o nome do festival, os promissores jovens da banda é que deveriam levantar o caneco; O Um Porém Dois só empolgava quando o tecladista assumia os vocais, mas deu um show de técnica; E Carlos Pousada e o Clã da Pá Virada acabaram saindo injustiçados, mesmo tento um som que em tese, já está ultrapassado.
E o Los Bife saiu de lá com uma grande placa de vencedor. Além disso, os outros prêmios que levaram foram: a oportunidade de tocar sem parar na rádio Laboratório Pop (aquela rádio online que ninguém conhece), participar de um grande festival (aquele que nunca foi anunciado), destaque editorial na Laboratório Pop (algo que os blogs já fazem para todas as bandas) e prensagem do CD pela gravadora Go2Music (qual formato? SMD, Webpack, Digipack, Acrílico? Vai ter encarte? Quantas folhas? Serão prensados quantos cds? E a distribuição?) – é… nada disso está escrito no regulamento do evento… alias, que regulamento? Teve gente que não recebeu o tal regulamento até hoje. Bem, estamos aqui abertos a correções, aos produtores, às bandas, aos fãs e a quem quiser opinar.
[…] This post was mentioned on Twitter by RockinPress, Flavio, Marcos Xi, Marcos Xi, Marcos Xi and others. Marcos Xi said: @hsteix se liga só no título: http://www.rockinpress.com.br/2011/02/11/festival-nova-musica-brasileira-do-laboratorio-pop-e-uma-enganacao/ […]
cara, acho q td isso eh falta de organização e, bora ser sinceros, no cenário brasileiro novo e independente, nada de novo embaixo do sol, né? otimo exemplo eh dorgas, que é uma merda.
para uma banda, qq festival eh valido. Mesmo que a organização não exista. E mesmo que os prêmios tbm não existam.
conheço muita gente que queria ir, porque a proposta de juntar um monte de banda “nova” é realmente interessante e mal existe isso no RJ.
Sobre o preço, de 20 reais, infelizmente este eh o preço de td e qq evento aki no rj. Faz tempo que uma festa custava 15 conto.
claro, temos que protestar, mas como é o último, acho meio tempestade em copo d´agua
Olha, concordo que muitas verdades foram ditas, completa ou parcialmente, nesta matéria. Mas analizando a matéria como um todo, ta mais pra uma tentativa de polêmica jornalística!
Absolutamente qualquer evento pode ser pixado dessa forma… tentou-se extrair todos os pontos negativos de tudo e todos e colocar grudados aleattóriamente numa massa de texto corrido! Ahhh, e se fizessemos o oposto teríamos uma bela matéria sobre um puta festival irado!
A minha opinião é que apesar de tudo foi um dos melhores festivais do gênero nos últimos tempos no Rio (pra tu ver o nível dos outros…)!
Quanto ao resultado, se for julgar pela matéria, não deveria ter vencedor! Por incompetência e inadequação das bandas partcipantes… Todas foram pixadas de alguma forma!
Fica então a pergunta, qual mereceria ganhar segundo esse site, esse jornalista?! Não é possível ter sido td tão mal. Quem poderia ser, de todas as bandas do Rio o merecedor do título desse festival?!
Bia,
Acho que o cenário independente atual está ardendo e cada vez maior e melhor. Claro que muita banda quer ir, a final, ela não sabe o que vai passar e pensa só na possibilidade de crescer sem tomar prejuízos. Por fim, o preço é realmente o praticado por qualquer evento no Rio, mas esse é o único que tem apoio e patrocínio de governo, da Cerveja Devassa e de outro cômodos. Não dava mesmo pra abaixar o preço é?
Jonas,
Não é por aí, caro cineasta. Qualquer evento pode ser tratado dessa forma? A Roqueadores, Ponte Plural, Patifaria Produções e a Quadrophenia pagam cachê direitinho, dão transporte quando pedido, dão cerveja e água para as bandas, não mentem e ainda por cima avisam tudo com antecedência. Claro que tem seus problemas e você pode conferir que citei os problemas e os acertos de todas elas em resenhas passadas, mas nesse festival do Laboratório Pop, enxerguei muitos ‘poréns’, muitos ‘por trás’ e ‘não ditos’. Convido você a comprovar isso indo em eventos desses outros produtores que citei. Lhe dou o contato deles, das bandas e até do público e casa, caso precise e depois, caso eu esteja mentindo, abro um espaço pra vocês aqui no Rock in Press para me corrigir. E cara, se não deve ter lido tudo. Eu indiquei vencedores e apontei erros, afinal, ninguém ali foi perfeito, se não seria unanimidade entre os juízes.
Mas eu repito pra você:
Dorgas: “Se for levado em conta o nome do festival, os promissores jovens da banda é que deveriam levantar o caneco”
Los Bife: “fez uma grande apresentação e ganhou porque foi a que mais levou público”
Carlos Pousada e o Clã da Pá Virada: que “acabaram saindo injustiçados”.
olha, o que mais tem é eventos incentivados pelo governo caro.
Isso significa pouca coisa.
Poxa… queria ter visto Dorgas tocando Los bife! Ia ser irado. É verdade isso??
Achei interessante o texto; um pouco sensacionalista e inconsistente, mas tem algumas verdades.
Mas eu fiquei curioso… Los Bife não é música nova brasileira? Mesmo que fosse de fato plágio de bandas dos anos 70 (e eu não consigo entender a sua comparação), está viva e está fazendo música. Vc acha que tem que ser ultra inovadora pra ser considerada música nova? Então só existe música velha! Nem na música erudita se faz música nova!
Felipe Pacheco
Amigo, o nome do festival é “Nova Música Brasileira”, e não “Música Nova Brasileira”. Das bandas que tocaram no festival, o Dorgas era a única que buscar referências ou estilos conhecidos é idiotice – isso é um fato. Não sou só eu que digo. Quando eles lançaram o Verdeja Music EP ano passado, uma porrada de sites disseram a mesma coisa.
O único problema é que rolaram alguns problemas técnicos (alguma coisa com o cabo de uma das guitarras, que perdeu o som algumas vezes) e foi provavelmente isso que tirou o brilho do show, que tinha tudo pra ser o melhor da noite. Mas… fazer o que. Acontece nas melhores famílias…
O grande lance é que porra… dezenas de bandas nacionais melhores que o Los Bife. Sem falar que o som deles não tem absolutamente NADA demais e nem de “novo”. Tudo muito convencional e mesmo com a surpresa que foi o violino ao vivo, nem de longe isso fazia deles um grupo mais especial. Sem falar que porra… nunca ví letras tão fúteis na minha vida.
Vou repetir minha postagem que fiz no Laboratório Pop:
Essa parada do cover foi muita sacanagem… Um festival que pretende lançar coisas novas, não deveria exigir que as bandas tocasse uma música que já é conhecida. Ainda mais 5 dias antes do show. Outra coisa: como assim em um festival desse porte ocorreu uma coisa como um problema no amp de guitarra? Isso não existe… Esse festival pretende ser uma coisa revolucionária que lança bandas novas, mas na verdade é mó mamata de “quem leva mais público”. Minha banda, Experiencia de Lucy, foi chamada na véspera, o que torna impossível de levar um grande público, e o festival perde a seriedade por isso… O problema do Rio de Janeiro, assim como eu disse na minha entrevista para a Tatiana do Laboratório Pop, é que não dão oportunidades de se criar um circuito novo de bandas boas com a chance de tocar em grandes e eventos; a meu ver na época, como também respondi na entrevista, é que o NMB era essa oportunidade acontecendo, mas com o decorrer do evento e pelos resultados, viu-se que é só mais um festival que quer ganhar dinheiro com a casa cheia, por isso o voto do público vale tanto. Nada contra a banda Los Bife, que ganhou o prêmio. Minha crítica é a proposta do festival que não se cumpre dignamente. É realmente frustrante pra mim enquanto músico, que ama e vive disso que faz, ver que boas oportunidades que seriam de mostrar meu trabalho que eu faço com muito amor e muita labuta, é na verdade uma “mamata” de quem dá mais dinheiro pro evento. E continuamos a batalha…
“Se for levado em conta o nome do festival, os promissores jovens da banda é que deveriam levantar o caneco”?
o q eles tem de brasileiro?! quem conhece minimamente a cena independente internacional, já ouviu um monte de banda fazer som parecidíssimo com o q eles fazem! não duvido da qualidade, gostei deles inclusive, mas pra mim é justamente a banda da noite q menos remete a qualquer coisa brasileira, e não é coisa brasileira nova, porque como citei acima, chegou nessa sonoridade dps dela ter surgido fora!
Pouco se comenta sobre a banda Um Porëm Dois nessa confusão… Posso ser ingênuo por ter 18, mas sei muito bem que a banda merecia algum voto do júri, que não levou em concideração da banda tocar primeiro em um dia de semana. Quanto ao problema da banda só empolgar quando o tecladista canta na minha ingênua opinião é pq o vocalista(que é muito bom no seu modo de cantar e ainda assim vem estudando para melhorar ainda mais) não tinha retorno do som… (nenhuma banda teve,sendo que isso é um festival de grande porte) logo ele não conseguia saber se o público e o juri estavam conseguindo acompanhar a letra ou não! Me senti ofendido ao ter ido ao show para apoiar uma banda que eu logo percebi que teria poucas chances de ganhar! Nada contra banda vencedora(tanto que gosto de algumas músicas), só acho um erro uma banda que não tem nada de novo no seu estilo de música ganhar um Festival da Nova Música Brasileira! Enfim, vejo sérios erros críticos de organização no festival que tinha tudo para dar certo!
ótimo texto… produção de um evento é algo essencial e com essa grana tinha produtor q faria milagres…
Jonas, acho que teu conceito de o que é ou não ”brasileiro” tá enquadrado naquela velha definição. O que seria brasileiro e novo, então, só a NOVA MPB ? MPB ja é um chiclete velho,pode até ser gostoso, mas velho e mastigado pra caralho.
Hoje em dia há toneladas de referências, temos internet, temos mil bandas e tipos de musica do mundo todo dentro da nossa casa. Acho que o que deveria ser NOVO é algo que consome isso tudo e faz algo curioso, algo diferente. Não vou entrar no mérito de bom ou ruim, isso não importa. Nada tenho contra os Los Bife, aliás parabéns para eles (e é verdade, o Dorgas faria um cover de Elas São Lésbicas… e ainda fará), mas o som deles , pra mim, pode ser de tudo, menos novo ( o que não é algo ruim, apenas não acho um som com cara nova).
Diante de toda a globalização, desse acesso a cultura de todas partes, acho que começamos a entrar numa época em que vai ficando dificil de se definir esse tipo de coisa tipo ”som brasileiro”. Existe o som de determinado momento, de determinado sentimento. Mas com todas as referencias que podemos absorver, pra que se limitar às de um país só ?
Por mais que o som do Los Bife não seja necessariamente o mais “original” (se é que essa palavra ainda tenha algum valor hoje em dia) entre as quatro bandas, foi o show mais energético/direto do festival sim, além de terem levado mais publico, a vitória deles é incontestável.
O problema chega na hora da própria arrumação do festival, o lugar era excelente (os problemas técnicos que tivemos foram uma falta de sorte). Mas acho que o festival deveria ser tratado não como uma competição, e sim como… um festival! O fato das bandas terem que fazer shows corridos corta totalmente o barato de qualquer fã de assistir ao show da banda e o negócio do cover é totalmente indigno com o nome “Nova Música Brasileira”, até porque o que se avaliava lá era o teor das bandas, e o fato de ter sido anunciado 5 dias só piora as coisas, tanto é que tanto nós como o Carlos Pousada tivemos que agregar de forma quase minuscula (no nosso caso, REALMENTE minusculo) os covers para podermos ainda ser “considerados”, sendo que o Carlos Posada nem foi isso foi.
Eu espero que para o ano que vem o Nova Música Brasileira só veja os seus conceitos em relação a isso, transformar esse ideal de competição em realmente um festival para divulgar, porque no fundo, é isso que dá valor as bandas, o prêmio é só um plus.
(E “soar brasileiro” não tem nada a ver com tocar samba, MPB, etc. Vai bem além disso, até porque, se fosse assim, nós teriamos uma nação de músicos mentirosos.)
Feilpe Pacheco: “Los Bife não é música nova brasileira? Mesmo que fosse de fato plágio de bandas dos anos 70”
Obrigado, você acabou de responder sua própria dúvida.
E sobre as comparações, ouça Velhas Virgens (que já tá com 25 anos de estrada) e o Rock Rockets para poder entender.
Huan: Você falou altas verdades, ms só uma correção: O amp não deu problema não. O apresentador falou isso talvez até para ajudar a Dorgas, pois eles tinha apenas 10 minutos para montar o palco deles (o que durou uns 20 ou 25). O problema foi no cabo da guitarra de um dos membros.
Jonas: Já te responderam.
Alexsander: O Um Porém Dois seria a terceira banda a tocar, exatamente no lugar da Los Bife, mas magicamente eles trocaram de lugar na ordem com a banda que acabou saindo vencedora. Mas como isso é um caso que pode ter havido uma troca a pedido dos próprios músicos, me omiti nesta matéria, mas que cheira estranho…
Sobre essa de nenhuma banda ter retorno, eu vou procurar saber, mas não estou sabendo disso. Será que não era caso dele pedir no microfone mais retorno? Mas sabendo que nenhuma banda pode passar o som, nem duvido.
JONAS
Queria que os comentários do RockinPress tivessem a opção de “favoritar comentário como mais hipócrita de todos”, que aí eu marcaria o seu.
Hmm… Marcos, o Los Bife tocaria em terceiro lugar desde o princípio. As pessoas estão começando a fabricar verdades…
Não, não respondi minha própria dúvida, qualquer pessoa que ler a minha frase sabe que eu não respondi! Eu discordo sobre parecer com bandas do final dos anos 70. E mesmo se Velhas Virgens e Rock Rocket fossem dos anos 70… Los Bife não se parece com Rock Rocket e Velhas Virgens. Se vc achou parecido, vc não viu o show direito…
Sobre ser música nova… Quem diz que o estilo do Dorgas é totalmente inovador simplesmente não ouviu música o suficiente. Eu gosto muito do myspace deles e juro que um dos motivos pra eu gostar não é por ser algo novo, porque não é. É música de qualidade, apenas.
“Los Bife tem letras fúteis” -> Esse é um comentário ingênuo e ignorante, em minha opinião. Mas o que posso dizer… opiniões são opiniões!!
Um porém dois é foda também, e também não é inovador. Carlos Posada também não.
Qual banda brasileira vcs acham que deveria ganhar uma coisa dessas? Arrigo Barnabé é mais novo do que todas as bandas que eu conheço, e é dos anos 80. Parem de discutir bobagem.
Lucas Lima… O que vc quer dizer com FATO?
Sobre a parada do cover… Também não vejo motivo para eles colocarem isso no regulamento. Acho que é contra a proposta do festival.
MAAS
Todas as bandas foram devidamente avisadas com uma semana de antecedência. Não vejo nenhuma injustiça aí. (A única injustiça foi não terem deixado o Dorgas tocar uma música do Los Bife, isso seria foda e seria bem mais condizente com a proposta do festival)
O Marcos perdeu TODA a credibilidade dele com essa inverdade sobre Um porem dois ser a terceira banda originalmente… Mentira de perna curta ainda por cima!
Foi culpa do Marcos, não, Felipe. A produção então que se enganou, antes do show eles tinham trocado os horários das apresentações e divulgado o line-up como Los Bife, Dorgas, Um Porém Dois e Carlos Posada. Aí a culpa não é dele, é da própria produção mesmo.
Misturar jazz com rock e pop do modo que o Um Porëm Dois faz não é nada novo? então pq não acho nada parecido procurando por aí?! não sei se houve troca ou não com o Los Bife! Mas sei que é difícil ser a primeira banda!
Feilpe Pacheco
O que eu quis dizer com fato: cite três estilos ou gêneros que você acha em que o Dorgas se encaixe. Se voce me citar três bandas também que lembrem definitivamente o som deles você ganha uma bala
Ficar futucando e rotulando o som deles é blasezinho puro. Repito quantas vezes forem necessárias que das bandas que tocaram eles eram a única que se encaixam no título “Nova Música Brasileira”, com toda uma remodelação e roupagem nova.
Novo por novo, nada é. É tudo uma questão de como você esconde referências/influências.
Por sinal, pra deixar explicado, porque foi assim que o festival nos apresentou, nós nunca nos apresentamos como uma banda com intenção de inovar algo ou de ser um primor de técnica, por sinal, nosso processo de criação de músicas é o menos romantizado possivel: são 4 moleques tocando numa sala, como qualquer banda de guitarra geralmente faz. E nossos shows são mais erros que acertos (apesar de divertidos).
Feilpe (é seu nome mesmo?) No primeiro email que enviaram as bandas continha o line up com o Los Bife primeiro. Se foi erro da produção eu não sei, mas até os técnicos de som no dia ficaram confusos com a ordem, segundo uma das bandas. Pergunte você mesmo as bandas sobre os emails que o Lab Pop mandou.
Eu não vi o show direito? Então com que moral to escrevendo e falando isso tudo na matéria, inclusive apontando que eles fizeram “uma grande apresentação”? Velho, o som do Los Bife é punk rock com letras de humor, mulheres e bebida – justo os mesmos temas dos Velhas Virgens, do Rock Rocket e tantas outras bandas de punk rock. Vai me dizer que é um estilo inovador o deles?
Sobre o estilo do Dorgas, se é ou não é inovador, vou encerrar minha opinião com quotes de outras publicações:
“Rock Progressivo” – Laboratório Pop
“bandas de post-rock como Toe (do Japão) e Morde o Rabo (banda de BH)” – Rock n’ Beats
“bastante expansivo” – Bloody Pop
“quase Pop” – segundo a própria banda
E você, define como? Banda sem rótulo, que não se encaixa em outros nichos, pra mim é banda inovadora.
Aqui não tem ninguém desmerecendo a vitória do Los Bife ou dizendo quem é o melhor ou não, como você está forçando dizer. O que estamos fazendo é apontar os erros de um festival de estrutura e planejamento falho.
Hmm, meu nome é Felipe mesmo, haha, por que? O seu não é Marcos?
Estevão, sabia disso não! Então a produção se enganou mesmo… Faz até sentido a ordem ser Los Bife primeiro, ficaria na ordem em que as bandas ganharam a seletiva. Perdão, Marcos.
Alexander, misturar jazz com pop não é novo, cara. Ainda mais quando a mistura é mais uma juxtaposição do que uma mistura. E lembrem-se, sou fã da banda E amigo dos integrantes. Tem uma música deles que me impressiona muito por originalidade, mas a originalidade foi ter pego emprestado uma harmonia do Ravel e usado numa música pop. Na minha definição de “original” e “inovador”, eles são. Los Bife também, Dorgas também. A sua definição parece ser um pouco diferente da minha.
Lucas Lima e Marcos: Não é minha intenção rotular o Dorgas. Eu sei muito bem o que acontece quando alguém tenta comparar bandas, acaba saindo bobagens, vide a comparação de Los Bife com Velhas Virgens e Rock Rocket, por que falamos de mulheres e bebida. Primeiro que isso é uma comparação de temática das letras, não é nada musical. Mesmo assim, já é uma inverdade. Los Bife tem letras sobre mulheres, nenhuma sobre bebida, e muitas outras sobre muitas outras coisas, como a falta de apoio ao rock independente no Brasil, futilidade das letras das bandas de sucesso (de acordo com o Lucas Lima, uma auto-crítica), comodismo, paranóia, capitalismo, culture clash, suicídio, morte, suco de uva e muito mais.
Los Bife não é “original”, mas Los Bife é Los Bife, assim como Dorgas é Dorgas e Um Porém Dois é Um Porém Dois. Vc pode apontar semelhanças com muitas coisas, mas a banda sempre tem algo único, mesmo que seja a maneira como ela copia outras.
E não forcei nada, estou apenas comentando os pontos discutidos! Até porque a minha banda favorita da noite foi a Carlos Posada e o CDPV, fiquei de queixo caído com o show deles nas seletivas. Mas não acho que eles mereciam ganhar. Não existe banda melhor ou pior, apenas preferências pessoais! Todos mereciam ganhar, sacou?
Como vc pode dizer que estou colocando palavras na sua boca, Marcos? Vc mesmo falou que “cheira estranho” terem colocado a banda vencedora “magicamente” no que vc deve considerar o melhor horário para que uma banda vença! Nas ntre-linhas, vc acha que foi comprado. Logo, vc está desmerecendo a vitória do Los Bife. Interpretei mal?
Todas as bandas batalham pra caralho pra fazer algo legal e sempre vêm uns Lucas Limas pra desmerecer esse trabalho. Como diria o pessoal do Dorgas, Haters gonna Hate.
Lucas Lima, mais uma vez. O que vc quer dizer com “Dezenas de bandas nacionais melhores que Los Bife”… quem é vc pra dizer isso? Se uma banda ser melhor que outra fosse um FATO não haveria concursos, pois o vencedor todos já sabem qual é. É tudo questão de opinião de quem ta sentado na banca, cara. Qual é a melhor banda brasileira? Me conta aí, porque todos precisam conhecê-la e venerá-la!
let the hate die and let us love each other
http://listaamiga.com/ecosfalsos
Agora entendi o porque de toda a devoção. Você é o cara que toca violino no Los Bife. Isso explica muito e cai umas certas coisas para mim, mas não entrarei em detalhes para não dar mais papo.
Perguntei do seu nome porque em todos os posts você escreveu seu nome errado. Achei isso muito bizarro.
Outra, em nenhum momento eu desmereci a vitória do Los Bife e no mesmo local onde eu falei da troca dos horários eu disse que poderia ser um pedido dos músicos, além de outros motivos. Me cheira estranho, mas essa é uma frase ambígua que tem diversas interpretações e a que você interpretou foi a errada. Até porque, como já citei milhões de vezes do próprio texto, o Los Bife fez uma grande apresentação e tem seus méritos como vencedor. E ainda te contarei aqui assim como confidenciei para pessoas que estavam lá: Eu apostei no Los Bife para vencedor mesmo depois de ver o Carlos Posada.
Sobre as outras considerações direcionadas a mim, será uma discussão oval, onde ninguém cederá sua opinião, então me encerro quanto a isso.
Haha, que doidera, ta Feilpe em todos! Entendi sua pergunta agora… É que eu escrevi errado da primeira vez, e das seguintes meu nome já estava ali.
O que foi explicado pelo fato de eu ser integrante da banda? Minhas opiniões são minhas opiniões, nada mudou… Achei meio ofensivo esse comentário, assim como muitos outros. Precisa disso? “Devoção”??
Desculpe, então qual era a intenção da frase “me cheira estranho”? Opções:
1. Me cheira estranho… uma das bandas deve ter pedido pra mudar. WOW, QUE ESTRANHO!
2. Me cheira estranho… outros motivos não citados na sua resposta.
Cara, eu sei que tudo parece meio agressivo pela net, mas é assim mesmo. Vc deve ser um cara legal, não se irrite comigo.
Não gostei de algumas coisas que vc falou (como por exemplo ter entendido “muita coisa” quando soube que eu era da banda, haha) e gostei de muitas outras. Estou apenas discutindo as que eu não gostei… Porque eu gosto de discutir, principalmente com críticos musicais, quando eu acho que alguma injustiça foi feita.
Fico feliz que tenha gostado do show do Los Bife (provavelmente mais que eu. Vi o vídeo depois e não curti) e só estou tentando defender o que eu acredito. Ok?
Gostei do Blog, voltarei sempre.
Foi no show do Ecos?
Abraço!
então cara, jamais serei agressivo com um leitor, se passei isso, desculpa.
Fui no Ecos. O cara que tocou teclado em Loxhanxha com o Dorgas era eu.
Legal! Adorei o show do Dorgas, funcionou bem melhor lá do que no espaço Vintage. Ecos ficou faltando Gustavo… mas foi divertido, hehe
concordo contigo. Os muleques estavam mais soltos e menos nervosos, apesar de começarem com medo, do meio pra frente engrenou legal.
[…] carioca Los Bife – versão proibida pela organização do Festival de Música Brasileira (leia mais aqui). A banda toca para ela, se diverte como jovens sem medo de experimentar e com a abertura perfeita […]
Uma coisa é fato: o Dorgas foi o pior show de todos. Deu sono. Os caras acham que fazem harmonia. Mas erram tudo, dá pena.
A maioria ria. Enquanto os moleques achavam que misturavam King Crimson com New Order.
Estudem. Porque vocês são patéticos. E ficar semeando esse rancor por acharem que são bons é um vexame secular.
O papo que rola nos bastidores é que vocês não tocam mais em nada importante.
Ainda nisso?
Bem, concordo que aquele show foi fraco mesmo. E sobre esse ‘papo que rola’, eles acabaram de voltar de uma turnê em São Paulo, partem pra outra já marcada no meio do ano e abrem pro Holger mês que vem na cidade.
Quem tá semeando o rancor aqui é você, Marcelo.
Eu realmente não queria responder isso, se você não gosta da gente, tranquilo. Mas, pra deixar claro, “vexame secular” é você sugerir para nós “Estudarmos” como consequência de você achar o nosso som uma merda.
E parece que os bastidores que você está ouvindo são bem diferentes, digo, a não ser que FACT e MTV não sejam importante pra você, hahaha.
VALEU BROW