Festival Mundo 2013 apresenta: A Troça Harmônica

Intimista, delicado e original. Canções de jovens que se conheciam “de antigos rocks”, como a cultura popular permite dizer, e que decidiram fazer suas próprias partituras, musicalidades e versos. Conheça A Troça Harmônica.

Atração de destaque no Festival Mundo 2013, o grupo deu seu primeiro passo na estrada da música independente paraibana neste ano. E, em apenas seis meses, já levou a leveza de suas canções para diferentes casas e palcos de João Pessoa. Nesta semana, o grupo fez sua primeira turnê e dividiu compassos e histórias com artistas de Recife e de Campina Grande.

Com planos para lançar um disco cheio e físico no ano que vem, a banda se apresenta no sábado, dia 02, no Festival Mundo 2013. Com vocês, A Troça Harmônica:

1 – Com pouco mais de seis meses de banda, A Troça Harmônica já tocou em diversos palcos da cidade. Agora, realiza uma pequena turnê por três capitais do Nordeste. Para uma banda de pouco tempo e independente, isso é um grande passo. Como vocês estão lidando com a rapidez desses acontecimentos?

Somos felizes por, mesmo sendo um grupo independente, de poder contar com uma equipe de bastidores que se envolve no trabalho tanto quanto a gente, com muito zelo, isso com certeza nos tem aberto caminhos. É gratificante poder semear nossa canção Paraíba afora, chegar aos poucos em outros estados, nosso desejo é exatamente esse: semear canção pelo mundo, é isso que nos motiva a trabalhar sem cansaço.

2 – Quem procura por canções da banda na internet, encontra mais faixas soltas. Vocês pretendem reunir essas composições e lançar tudo, num disco? Esse registro será também físico?

Uma de nossas metas para o ano de 2014 é o registro oficial de algumas de nossas canções, estamos buscando o melhor caminho para a concretização desse plano, mas está, sim, dentre as nossas prioridades. Enquanto isso, mantemos constante comunicação através da Fan Page do grupo no facebook, um espaço que nos possibilita gratas trocas com os que estão trilhando junto conosco esse caminho.

3 – O som da Troça Harmônica faz referência a movimentos musicais como Musiclube da Paraíba, Assaltarte e o mineiro Clube da Esquina. Como aconteceu o primeiro contato com esses movimentos?

Antes de compositores somos, sobretudo, consumidores de música. Acontecimentos como o Musiclube da Paraíba e o Assaltarte chegaram aos meus ouvidos ainda na infância. Seus integrantes são referências claras naquilo a que nos propomos e são nomes que trazemos conosco com orgulho e alegria; Apesar de, naturalmente, cada um carregar em si referências próprias e particulares, algumas figuras-chave na constelação musical brasileira nos são caras a todos. O Clube da Esquina é, para nós, uma referência musical em comum.

4 – Hoje, existem muitas bandas que seguem por essa vertente no mercado independente. Como vocês observam esse momento da música brasileira? E o cenário musical do Nordeste?  

Com o advento da internet, nasce um terreno livre e razoavelmente neutro para divulgação dos trabalhos independentes. Essa nova realidade tem permitido a muitos trabalhos belíssimos sair do anonimato. A música brasileira está mais viva que nunca, talvez ainda percebendo o seu lugar diante da informação que voa como o vento. Os artistas da região Nordeste têm, como têm tido através dos tempos, um papel vital nestes processos. Nossas vozes e nossas formas têm muita força e, para além de fronteiras, apontam para uma música cada vez mais universal – ‘universal’ talvez no sentido mais amplo que a palavra propõe: plena e própria sobre seus dois pés e livre para cantar do que vê e do que sente, inclusive a sua própria aldeia.

5 – Na turnê do mês de outubro, a banda se apresentou ao lado de diferentes artistas locais. E agora, no segundo dia de novembro, A Troça Harmônica faz um show no Festival Mundo. Como será a apresentação? Vocês pretendem convidar alguém especial para tocar junto, seguindo a mesma linha da turnê? 

Outubro foi intenso! Realizamos a circulação ‘A Troça Abraça’, que marcou não só um retorno a João Pessoa, casa nossa, onde não tocávamos já há alguns meses, como também nossas estreias em Recife e Campina Grande. A ideia foi convidar um artista de cada uma dessas localidades para ser abraçado por nós no palco, reforçando nossa proposta de intimidade com/através do som e da performance. Em João Pessoa recebemos Arthur Pessoa, vocalista do grupo Cabruêra, amigo querido e grande divulgador da música do nosso estado, de quem cantamos uma bela canção inédita chamada ‘Clareou’. Em Recife tivemos o privilégio de ser docemente recebidos pelos braços de Zé Manoel, pianista e compositor pernambucano da nossa geração, possuidor de uma violenta capacidade de arrebatamento. Cantamos por lá uma parceria dele com Chico Limeira, ‘Dizem (quem não chora não mama). Em Campina Grande abraçamos Toninho Borbo, que é um compositor de um balanço deliciosamente particular e de voz suave e precisa. Com ele cantamos a também inédita ‘Canto de encantamento’. Estamos os quatro bastante instigados para Novembro! A atmosfera do Festival – e de festivais – é algo que nos atrai e estimula. O Festival Mundo tem uma qualidade democrática que salta aos olhos. Uma rápida olhada na programação verá a quantidade de gêneros musicais contemplados. É muito rico poder contar com um evento assim aqui na cidade. Para o Festival, devemos estar apenas os quatro no palco, mas cantando as nossas canções com a mesma força e vigor!

 

Conheça mais d’A Troça Harmônica no Facebook e ouça todas as músicas no Soundcloud.