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Festival Bananada: Metz e O Terno se destacam durante o quinto dia

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O Terno

De Goiânia
Fotos:
Marcus Turíbio

Dividimos o Festival Bananada em três partes para contar um pouco da experiência dessa semana na capital de Goiás. Após passar por diversas casas pela cidade, incluindo Metrópolis, Diablo, Casulo e Velvet o festival se estabeleceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde começou a receber a maioria de sua grade musical.

Um lugar de fácil acesso, com espaços bem aproveitados e preços justos é o que encontramos logo de cara. Com foco em outras experiências além da música como a pista de skate, praça de alimentação, exposição de cartazes de shows e as  lojas de acessórios e materiais das bandas, o Bananada se mostrou uma experiência prazerosa para o público e sem muitas dinâmicas complexas.

Com uma média de público de duas mil pessoas nesse no primeiro dia, segundo a organização do festival, a sexta-feira tida como o mais fraco de público, dentre a trinca de fim de semana, começou com os shows das bandas locais DRY e Industria Orgânica. No entanto, o público começou a se situar mesmo durante o show dos paulistas d’O Terno, que foi quem deu a primeira porrada da noite, com hits do primeiro e segundo disco chamando a atenção pelo seu carisma e atitude como banda.

Na sequência, a aposta do Rio Grande do Sul, os Rinocerontes acertavam nas linhas de guitarra a baixo mas tinham um vocal carregado de pop e vícios sulistas que deixavam a desejar em uma cena que é predominantemente mais pesada.

Metz
Metz

O The Obits (EUA) e o Papier Tigre (França) que tinham um repertório para lá de interessante, conseguiram manter a animação, mas sem se destacar durante a programação do primeiro dia. Educar um público com bandas novas não parece ser uma tarefa fácil. Mas essa lição foi facilmente executado pela grande estrela, o Metz (Canadá). Com um baterista insano que sangrava os ouvidos dos presentes, um vocalista/guitarrista que incendiava o palco eles criaram uma atmosfera que poderia lembrar os nossos melhores momentos de adolescentes punks/grunges.

Após essa porrada, a prata da casa, o Black Drawing Chalks não brilhou como deveria, com pouco entrosamento eles passaram por seus principais hits mas focando em seu segundo disco “No Dust On Stuck You” revelando que talvez não estejam em sua melhor forma, após longos anos de estrada encabeçando a cena goiana. Mas esse processo de mudança parece natural, já que o lugar de destaque local parece ser preenchido por bandas como Hellbenders e Boogarins, que também se apresentam na programação.

Black Drawing ChalksBlack Drawing Chalks

Para finalizar, o Mudhoney mandou uma pancada forte atrás da outra, focando nas músicas do disco “Vanishing Point” (2013) como os hits “I Like It Small” e “Chardonnay” que ficaram repetindo na cabeça dos ouvintes que circulavam no centro cultural em uma primeira noite que esquentou rápido e só serviu de degustação para um final de semana recheado de boas atrações. Um bom esquenta, diria.

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