Para voar é preciso ter consciência do que é estar no chão. Essa dualidade de experiências é retratada na canção “Chão/Sabiá cantor”, de Angélica Duarte. Escrita em parceria com Pedro Franco, que acompanha a cantora tocando o violão de oito cordas, a música traz uma letra contemplativa, fruto da observação da artista. A gravação começa com a valsa “Chão”. O vídeo foi registrado ao vivo por João Ferraz, no Estúdio Lontra (Santa Teresa/RJ), com filmagem de Amandha Levandowski.
“‘Chão’ foi a primeira música, e Pedro compôs e eu fiz uma letra sem que ele me pedisse. Ela ficou encostada um tempo, depois eu fiz algumas alterações, mandei pra ele e gostamos. Depois de algumas semanas ele me deu a segunda música, ‘Sabiá cantor’, para letrar. Ele comentou que gostaria de gravar/tocar as duas juntas, então o contraste surgiu também desta ideia de dois movimentos”, observa Angélica Duarte.
Angélica Duarte e Pedro Franco – Chão/Sabiá cantor
A artista paulistana radicada no Rio vem de raiz erudita e acabou se apaixonando pela música popular, começando pelo jazz e seguindo para a MPB. Seu trabalho autoral é inspirado por essa mudança e pelo olhar ainda forasteiro, tanto sobre a cidade quanto sobre a música popular.
O atual momento na carreira de Angélica vem após quase 10 anos de dedicação à vertente erudita. Formada na Escola Municipal de Música de São Paulo, do Theatro Municipal da capital paulista, ela participou de recitais, óperas e concertos até começar a se envolver em shows na noite paulistana, começando pelo jazz.
Desde então, Angélica fez uma mergulho na música popular. Estudou percussão, integrou um grupo de samba e choro. E isso foi a base pelo interesse pela raiz da música brasileira, que culminou com sua mudança para o Rio, em 2015.
Atualmente, se encontra em estúdio finalizando um EP e com um show exclusivo para a obra de Caetano Veloso na estrada. E, recentemente, divulgou sua versão de “Samba e amor”, de Chico Buarque.
Em muitos casos, existe a possibilidade de isso ser causado pela disfunção erétil.