Entrevista: Opala e suas nuances sublimes
Opala é o nome do mundo de Maria Luiza Jobim junto do seu parceiro Lucas de Paiva (Mahmundi/People I Know) e representa, em partes, a cena da nova música fluminense. As nuances de Opala são sublimes e flertam com um pop oitenta, sobrevoando um aspecto nostálgico nas noites quentes cariocas.
A ex-integrante do coletivo Baleia e filha de Tom Jobim mostra que suas influências se descontraem em um campo próximo do chillwave, mas que traz elementos novos provocados principalmente pelo seu vocal.
Opala lança seu EP homônimo, que conta com cinco faixas, todas elas muito bem construídas. Absence To Excess, Two Moons, Come Home, Make It Shake e Shibuya se completam, mas trabalham muito bem de forma independente. A última citada é um dos destaques com seu aspecto urbano, inspirado na cidade japonesa.
Entrevistamos Maria Luiza Jobim para saber um pouco mais de como aconteceu o Opala e quais influências afetaram de forma positiva seu trabalho, confira:
RockInpress: Atualmente você participa de uma nova ‘safra’ de músicos, que desenvolve trabalhos como produtores também e se ajudam entre si, assim foi o Lucas de Paiva para esse novo EP, isso ocorre para outras várias parcerias. Como começou tudo isso?
Opala: É, esse pessoal todo que faz mil coisas tem criado uma rede muito interessante. Eu e Lucas já nos conhecemos faz tempo por meio de família, mas nunca tínhamos tocado juntos. Isso foi acontecer depois do primeiro show da Mahmundi e quem me levou foi o próprio Julio Secchin (Com quem na época estava gravando Night Lights).
Amei o som de cara e surpresa de reencontrar o Lucas. A partir daí, surgiu o desejo de trocar e juntar músicas. Marcela (vale) deu o primeiro passo, me mandando um e-mail falando que tinha curtido a Night Lights. Logo entramos em contato e comecei a encontrar o Lucas com cada vez mais assiduidade, foi a partir de encontros na minha casa e na do Lucas que criamos o Opala.
O chillwave é uma ótima assinatura sua, quais suas maiores referências?
Acho que bandas como Nite Jewel, Wild Nothing, Blue Hawaii, Beach House.
Onde começou a sua escolha por cantar em inglês e não em português?
Escrever em inglês foi um movimento natural. Fui alfabetizada na língua e assim como eu, Lucas morou muito tempo fora. No começo insisti no português, mas as coisas saíam engraçadas, travadas!
E de onde surgiu o nome Opala?
O nome veio da pedra e da sonoridade da palavra.
Após esse EP vocês tem planejamento para algum disco? Ou Videoclipe?
Agora é show, show, show e um disco pro fim do ano.