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Entrevista: Kadu Abecassis, guitarrista da Mallu Magalhães

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Bom, que ele já é um guitar hero brasileiro, isso nós já sabemos, agora, que ele era tão simpático e atencioso, isso já é novidade!

Kadu Abecassis é a última surpresa que seu blog trás na semana especial Mallu Magalhães. Ele que é guitarrista da banda da cantora e também da banda Pete Hassle and Something Blue, conversou com seu amigo blogueiro e deu pistas sobre novidades e curiosidades que vocês amarão ler nessas linhas.

O agrado foi ele ter lembrado do autor deste blog, pedindo a música Girasóis no último show carioca da banda e se disse “super emocionado” com o pedido.

E aproveitando a barca, a cantora mirim favorita dessas linhas citou o seu blog amigo no seu twitter (pra ser sincero, nem sabia que ela tinha twitter). Você pode ler aqui.

Sem mais acréscimos, fique aqui com a simpatia de Kadu.

Como conheceu a Mallu? Já havia conhecido ela antes dela entrar no estúdio e mostrar as músicas?

R: Ela apareceu como cliente no Lúcia no Céu, estúdio do Jorge [Moreira, baterista] – somos parceiros de produção. Ele me ligou na tarde da primeira sessão dela dizendo pra eu correr pra lá, que tinha uma menina fazendo um baita som e que deveriamos produzi-la. Naquela tarde eu não podia. Apareci dois dias depois, como amigo, e ele me mostrou a gravação, já com baixo e washboard feitos por ele. Quando “Tchubaruba” chegou ao fim, tudo o que consegui dizer foi pra ele colocar dois microfones no piano – fiquei realmente emocionado. Levei a idéia do solo de guitarra pra casa, resolvi não gravar pra não interferir demais sem a autorização da cantora/compositora, a quem eu ainda não conhecia. Apareci na sessão seguinte, me apresentei, mostrei a gravação com piano e mostrei o solo no violão. Lembro então do primeiro sorriso da Mallu que eu vi, ela dizendo: “Grava! Grava!”. E ali fechamos o trio que fez as quatro músicas iniciais do Myspace dela – Tchubaruba, Have You Ever, Get to Denmark e Don´t You Look Back, essa última gravada nos estúdios Trama para o quadro “12 horas no Estúdio”, do programa de TV daquela gravadora.

(Kadu esqueceu de citar J1, o blog procurou o guitarrista, mas até o fechamento da matéria ele ainda não vinha se pronunciado)

Você participa das composições ou só dos arranjos?

R: Semana passada eu interferi pela primeira vez em uma composição da Mallu, inserindo uma parte B.


Sim, o blog perguntou sobre essa imagem…

As roupas dos shows, foram vocês quem combinaram, alguém deu a idéia?

R: Quando é uniforme, é idéia da Mallu. Mas a identidade visual básica aconteceu naturalmente: lenço no pescoço, predominância de camisas ao invés de camisetas, chapéus… Tudo isso é típico do folk.

Você e a banda chegaram a desenvolver ou tiveram um projeto com Hélio Flanders e o Vanguart ou o Marcelo Camelo?

R: Não… Fizemos um programa na MTV com o Vanguart, o “Código MTV”, com dois palcos e toda aquela coisa Jools Holland, guardadas as devidas proporções. Fora isso, Hélio subiu ao nosso palco uma vez pra tocar “Lost Highway”, do Leon Payne e que ficou famosa com Hank Williams. Marcelo subiu no mesmo palco que a banda pela segunda vez no Morro da Urca, semana passada, ambas as vezes pra fazer duas músicas com a Mallu (“Morena” e “Janta”), e uma com todos (na primeira “O preço da flor”, na mais recente “Faz”).

Até que ponto o sucesso da Mallu influi na sua vida pessoal?

R: Parei de procurar emprego, agora ela é meu chefe (melhor que todos os outros que tive somados).

Existe alguma gravação de Girasóis que possa mostrar e porque ela não entrou no cd?

R: Fizemos uma versão beta ainda com Rodrigo Alencar (quem ocupa a vaga dos teclados atualmente é André Lima, também entrevistado por essas linhas), terminamos por não finalizá-la (demorei…). Não sou autorizado a dizer, mas existem boas previsões sobre essa música ser lançada, e em breve.

Além de Girasóis, você tem mais algumas canções próprias? Pretende gravar um cd ou passa-las para uma voz que as abrace?

R: Estou há muito sem escrever canções, acho que junto com a adolescência eu perdi algo mágico. Por outro lado, me tornei melhor instrumentista… Girassóis é uma das únicas canções minhas que valem a pena, e as outras que valem eu escrevi com menos de 18 anos. Faço harmonias e melodias, mas não pretendo gravar um disco instrumental.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Kb1MgAPKw-k]
Girasóis no Mistura Fina (RJ) dia 26/06/2008

Como começou essa paixão pela guitarra?

R: Aos 11 anos eu encontrei um disco dos Beatles, “The Beatles Again”, na escadaria do prédio onde eu morava em Santos-SP. Coloquei-o na vitrola, meu pai ouviu e disse: “Tenho mais alguns dessa banda”. Entre eles estavam Sgt. Peppers, Revolver, Abbey Road… Isso devia ser março de 1992, e ali eu pensei que era isso que eu queria pra minha vida – emocionar as pessoas com a música. Em maio daquele ano, meu aniversário de 12 anos, ganhei meu primeiro violão. Daí pra frente eu só penso em tocar.

O que você gosta de fazer para se sentir inspirado e como sai suas músicas e seus solos?

R: Sua pergunta me fez lembrar de uma frase que tinha pendurada na parede da academia de judô, na minha pré-adolescência (larguei o judô na faixa azul, uma depois da branca, aos 11 ou 12 anos). “O judoca luta pra se aperfeiçoar, e não se aperfeiçoa para lutar”. Tocar é que me inspira!

O Pete Hassle and Something Blue está parado? volta?

R: Estamos gravando a passos de formiga o segundo disco, pois a carreira com a Mallu tem nos ocupado bastante – especialmente nos fins de semana, que é quando o Pete tem disponibilidade de horário. Estamos lentos, não parados.
(O blog agradece ao amigo leitor por se interessar pelo especial Mallu Magalhães. Espero que tenha gostado!
Semana que vem tem a lenda da Democracia Chinesa. Aguarde!)

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Músico multi-instrumentista, DJ, viajante, criador e editor-chefe do site RockinPress, colunista e curador convidado do Showlivre, ex-colunista do portal de vendas online Submarino e faz/fez matérias especiais para vários grandes meios culturais brasileiros, incluindo NME, SWU, Noize, Scream & Yell, youPIX e os maiores blogs musicais do país. É especializado em profissionalização de artistas independentes e divulgação de material através da agência Cultiva, sendo inclusive debatedor em mesas técnicas sobre o assunto na Universidade Federal Fluminense (RJ) e no Festival Transborda (MG).

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