Continuando a sequência de dicas femininas hoje falo sobre a brasileiríssima Tulipa Ruiz, que tem encantado e cantado todas as manhãs por aqui com sua doce e suave melodia, impossível de se ouvir e não querer repetir a dose.Tulipa é um dos grandes nomes promissores dessa nova geração da música brasileira, ao lado de Tiê, Karina Buhr, Céu, Mariana Aydar e outras delícias sonoras. Tulipa é uma artista no todo. Além de cantar faz lindos e singelos desenhos e inclusive desenhou a capa do próprio debut.
A cantora vem se destacando pela sua incrível capacidade de inovar dentro do inovador. Sua ótima voz aliada a um incrível experimentalismo que vai desde Gal à rock dos anos 60, não permite que suas canções se pareçam com o que já existe por aí, acrescentando mais coisas interessantes ao que já vem rolando. O trabalho da cantora é tipicamente feito entre família e amigos, as músicas da cantora contam com participações nas guitarras de seu pai (Luiz Chagas, músico e jornalista) e de seu irmão Gustavo Ruiz, e de outros amigos.
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O maravilhoso debut de Tulipa chama-se Efêmera. O álbum que conta com a produção do irmão da cantora será lançado no final do mês pela YB. Gustavo Ruiz ainda assina tres canções junto com a irmã, a faixa título “Efêmera”, “Do Amor” e a música que pra mim tem o melhor instrumental do álbum “Brocal Dourado”. Efêmera é daqueles albuns que você vai querer escutar todos os dias repetidamente por no mínimo um mês. A sutileza das melodias e as muito bem trabalhadas letras da cantora prendem o ouvinte que descobre um novo significado para as músicas a cada nova audição.
Os temas tratados pela cantora são aconchegantes e com uma linguagem cheia de vida deixando a sua música realmente pálpável. “Efêmera” abre o álbum com um pequeno resumo de sobre o que ele se trata: pequenos detalhes, coisas efemeras; é sobre tentar prender-se a momentos perfeitos e perecíveis como esse incrível álbum. Em “A Ordem das Árvores” acompanhados por uma simpática percussão visualizamos lindas paisagens ao som da voz de Tulipa, e retratam a infância da cantora vivida no interior de Minas.
O álbum todo passa-se tratando sobre a temática do tempo e como ele carrega consigo todos os momentos. Em “Pontual” a cantora fala sobre o atraso contidiano desta vida urbana e as ótimas coisas que perdemos por causa desta vida corrida. “As Vezes” é a música mais pop do álbum, colaborando para a incrível diversificação do trabalho. O álbum é finalizado com a emocionante “Só sei dançar com você” que parece que é uma melodia sem fim, aonde o ouvinte realmente se sente rodando levemente para dentro deste funil sem fim. Realmente, a melhor experiência do álbum é guardada para o final.
O trabalho de Tulipa Ruiz tem sido almplamente divulgado este ano, a cantora contou com uma matéria especial na Rolling Stone de maio, e teve espaço garantido para o lançamento do seu CD no Estadão. Tulipa deu um show na virada cultural paulistana e fará o lançamento oficial de seu estrelado CD dia 30 de maio no auditório do Ibirapuera.
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