Você indie nacional de carteirinha, frequentador assíduo do baixo Augusta pode até torcer o nariz para as bandas que cantam em inglês. Mas a clareira aberta pelos Forgotten Boys, quando usavam o idioma de Tio Sam com aquela sujeira espetacular de garagem, foi uma benção.
Com o caminho exposto, muita gente com uma urgência nos três acordes, de diferentes lugares e estações de força estelares chegaram com sede de derretimento cerebral.
O quarteto formado por: Calvin Kilivitz (voz), Louis Daher (guitarra e voz), Gabriel Melillo (baixo e voz) e Nico D’Angeli (bateria) logo de cara te confunde.
As tonalidades vem de diferentes lugares, sejam eles os anos 70 com o pré punk de New York Dolls ou MC5 ou uma estrada mais garageira dos anos 90 e 00. Na verdade isso não importa, porque a banda não se encaixa muito no que pode-se definir como cena indie (por mais que todo mundo vá querer colocá-los lá) e ao olhar para a declaração da banda no Facebook “que somos metidos à besta demais para sermos indie” já sabemos que é ponto a favor.
O disco de estréia da banda foi produzido por Chuck Hipolitho (ex-Forgotten Boys) e se chama Whatever Happened to Jackie Faye. Uma compilação poderosa de guitarras e sons extra sensoriais. O single do disco com as faixas “Fire walk with me” (baseada na seriado Twin Peaks de David Lynch) e “Blood on the garden”.
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Poxa, nada contra as bandas indie nacionais que circulam por aí… nem sei se cabe comparação; mas curti muito o som desses caras – gostei especialmente de “Fire Walk With Me” e “(Whatever Happened To) Jackie Faye”
Eu, particularmente, gosto de mais da metade do álbum (que tenho original guardadinho lá em casa). Grande banda que ainda vai crescer um bocado.
Adoro a Blood on the Garden. Sem dúvida, a música mais diferente dos rapazes! Vale a pena ouvir… 😉