Rolou a liberação total no Perry Stage. Contemplando a diversidade musical do evento, o Cone Crew Diretoria trouxe seu rap classe média para a única tenda coberta, além de agarinhar fugitivos do calor descomunal que beira os 40 graus no evento.
Fazendo jus ao local de onde vieram, o Recreio dos Bandeirantes, o grupo trouxe a parcela mais abastada dos pagantes do evento para seu palco, conseguindo a incrível proeza de manter a maior quantidade de pessoas de óculos escuros numa tenda coberta. Com todos vestidos com camisas da seleção brasileira, o foco nacionalista dentro de um festival com preferencia internacional cabia pela crítica e contradição presente.
No show não faltaram palavras de ordem que refletiam diretamente na filosofia liberal do grupo. Apologia a drogas eram apenas o caminho certo para o público puxar seus cigarros naturais e entrar na onda do show. Até o repórter que escreve foi questionado se teria seda para compartilhar.
O grande destaque da apresentação foram as homenagens ao Charlie Brown Jr, contendo trechos cantados em uníssono de “Céu Azul”, do grupo santista. Ainda houve um destaque para as sessões de freestyle entre as músicas, sobrando xingamentos para o político Feliciano e até a popband Restart, levando o público a loucura.
As novas músicas do segundo disco, Bonde da Madrugada, passaram com aprovação pelo público extasiado que os acompanhou com destaque. Assim que o grupo saiu do palco, o primeiro post nas redes sociais da banda foi logo acompanhado de palavras orgulhosas, palavrões e revolta, definindo muito bem como foi a apresentação do Cone Crew.