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Cena Independente #7 – Julho

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CENA INDEPENDENTE é um projeto baseado no Music Alliance Pact. Nele blogs nacionais especializados juntam o que há de mais novo e relevante na música independente de seus estados em uma coletânea mensal, publicada sempre no último dia de cada mês por cada blog parceiro. Atualmente o projeto é formado por15 blogs de norte a sul do país. A organização da mixtape fica por contado FUGA Underground. Já a elaboração da arte da capa é revezada entre os parceiros, que escolhem sempre que possível um artista da sua região. Nesta edição de junho, quem desenhou a arte do mês foi o próprio Raphael Tataia do blog piauiense UpTune.

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PARAÍBA: Atividade FM

Grandphone Vancouver – It All

alternative

Grandphone Vancouver é o projeto de TCC do Fernando Ventura, estudante de
Arte e Mídia na UFCG, e também músico. Para finalizar seu curso ele preparou um
lançamento de um clipe para a música “Miss Me”, que acabou se tornando um viral.
Em breve, estará lançando o EP “When The Echo Returns”, pelo selo Vigilante. A
sonoridade da banda lembra um pouco o trabalho dos britânicos do Radiohead em
seus primeiros álbuns.

Para quem gosta de: Rieg, Gauche, City and Color

PARANÁ: Defenestrando

Audac – Distress

indie/electro/trip

A mistura de uma guitarra para lá, um sintetizador para cá, um baixo hipnotizante
e uma dupla feminina nos vocais sussurrados do Audac há de fazer marmanjos e
garotas ficarem de pelos arrepiados. Após algum tempo sumido, o grupo liderado
por Débora Arobed e Alyssa Aquino ressurge com nova formação (Pablo Busseti na
bateria e Alessandro Oliveira, ex-Copacabana Club, na guitarra) caindo já de cara
nas graças do blogueiro Lúcio Ribeiro: em agosto o Audac se apresenta no Popload
Gig, abrindo para os australianos do Tame Impala.

Para quem gosta de: Portishead, Sneaker Pimps

BAHIA: el Cabong

Nana – Expressionismo Alemão

chanson/neo-bossa/dream-pop

Numa Bahia que sempre coube de tudo, há essa garota ruiva, alvíssima, tímida,
que morou na Rússia e decidiu que ia viver de música. Nana canta, toca piano,
teclado e escaleta, faz programação e cria uma música doce, carregada de poesia
e leveza. Com um EP gravado e preparando o primeiro CD, ela traz um imaginário
entre o lúdico e o onírico que passa por montanhas russas, filmes thecos, piscas
piscas de Natal e o pôr-do-sol de Salvador.

Para quem gosta de: Stereolab, Serge Gainsbourg, Brigitte Bardot, Tom Jobim

MINAS GERAIS: Meio Desligado

Iconili – O Rei de Tupanga

afrobeat / jazz / alternativo

Em nova fase na carreira (agora com oito integrantes), a Iconili prepara novo CD,
do qual “O Rei da Tupanga” é a primeira amostra. O som instrumental da banda
une batidas africanas, jazz e experimentações psicodélicas e resulta em uma das
maiores apostas da nova cena mineira.

Para quem gosta de: Bixiga70, Mulatu Astatke, Jaga Jazzist

RIO DE JANEIRO: RockinPress

People I Know – Brazil 3

eletrônico/mininal/downtempo

Antes do SILVA e o Mahmundi tomarem a internet brasileira como fizeram,
lembrem-se que eles tiveram um outra mente para ajudar e pontuar o som que
eles produzem. Esse rapaz se chama Lucas de Paiva e é a intercessão entre o
indie-eletrônico e a mpb produzido pelos jovens citados. O trabalho é instrumental
e eletrônico, mas conserva os detalhes orgânicos que tornam seu trabalho tão
elogiado, como mostra “Brazil 3” e seus assobios próprios para cachorro em cima
de uma batida seca e repetitiva.

Para quem gosta de: Mahmundi, SILVA, David Guetta

Mato Grosso: Factóide!

Maria Albina – Café

pop rock

O EP Café foi uma surpreendente evolução da banda Maria Albina, que mostra o
amadurecimento de seus membros como músicos e como pessoas, a música título
é uma grata surpresa, e ainda tem um leve toque country que tem marcado as
produções mais novas daqui de Cuiabá.

Para quem gosta de: Soulstrippera Beatles

RIO GRANDE DO NORTE: FUGA Underground

Arthur R. – Sunshine

rock psicodélico

Se existe uma unanimidade no rock potiguar são Os Bonnies. Não bastasse fazerem
música consistente em cima do bom e velho rock ‘n’ roll, é uma banda que ainda
cresce ao vivo. Arthur R. é guitarrista e vocalista da banda. Paralelamente ao
trabalho com Os Bonnies, o músico vem experimentando outras sonoridades,
compondo e registrando de forma despretensiosa seu material solo – em parte
publicada em seu blog. No ano passado, ele juntou algumas dessas faixas em um
disco: “Li-Mo-Na-Da” (que você pode baixar lá no Hominis Canidae). Seguindo uma
linha similar à banda principal, “Sunshine” é uma de suas gravações mais recentes
e a segunda a ganhar clipe.

Para quem gosta de: The Sonics e Beach Boys

CEARÁ: Implosão Sonora

Dead Leaves – Sweet Cida

rock/pop/blues

Para darmos o ponta pé inicial nesse projeto, escolhemos a banda Dead Leaves,
que nasceu em 2004 aqui em Fortaleza. Como eles mesmos dizem “criam e
recriam” a sonoridade, mas nunca deixam de lado o rock cru e simples das bandas
de garagem. O quarteto George Alexandre, Humberto Kelvin, João Luiz e Lara
Viana já tem 3 EPs na bagagem.

Para quem gosta de: Verónica Decide Morrer, The Libertines, The Strokes

SÃO PAULO: Move That Jukebox

Looking For Jenny – Is It A Photon In My Hair

lo-fi/noise/shoegaze

Com a responsabilidade de ser o 50° lançamento do ótimo selo carioca Transfusão
Noise Records, o quarteto paulista Looking For Jenny plugou as guitarras e
despejou meia dúzia de canções distorcidas e vibrantes em seu novo EP, Monkey
Rudiments. As influências do lo-fi, do shoegaze britânico e do noise rock americano
são escancaradas a cada acorde. Ou seja, se você curte Pavement e Dinosaur Jr,
pra ficar só nos mais óbvios, não deixe de se entusiasmar com o Looking For Jenny,
a novidade mais barulhenta e empolgante de São Carlos.

Para quem gosta de: Dinosaur Jr., My Bloody Valentine, Yuck

PERNAMBUCO: Altnewspaper

Eu O Declaro Meu Inimigo – Evolução ao Contrário

punk rock/hardcore/trash

A banda Eu O Declaro Meu Inimigo é do Recife e lançou nesse ano o seu primeiro
registro oficial chamado “Música pode ser perigosa”. O disco tem 12 faixas e pode
ser baixado gratuitamente no bandcamp do grupo. O grupo foge um pouco da
sonoridade da maioria das bandas punk/ hardcore da atualidade e resgata aquela
sonoridade dos anos 80 unidos ao barulho do trash mais atual. A faixa “Evolução ao
Contrário” é um bom exemplo das influencias deles e do que eles querem passar
como mensagem. Após oito anos de submissão, agora é a vez deles descobrirem e
mostrarem o que é diversão de verdade…

Para quem gosta de: Ratos de Porão, D.R.I, Vitamin X

ESPÍRITO SANTO: Ignes Elevanium

Merda – Nem Todo Brasileiro Que Gosta de Futebol Gosta do Neymar

hardcore/punk

O Merda já está na estrada, porões e na mente dos jovens libertinos há um bom
tempo, misturando críticas sociais, muito humor e um monte de tranqueiras que
as pessoas comuns costumam descartar. Na sua formação temos integrantes de
bandas como Mukeka di Rato, Zémaria, Morto Pela Escola, The Barlfly Surfers e Os
Pedrero. Ou seja, o resultado só poderia dar em Merda, a banda mais esculachada
de boa de Vila Velha e que vem neste ano com o “Índio Cocalero”, do qual
retiramos o single “Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar”.

Para quem gosta de: Mukeka di Rato, Os Pedrero, Morto pela Escola

GOIÁS: Alice Ilícita

Dry Bones Valley – Surrender

metal

O Dry Bones Valley é um grupo recém formado que toca metal, como está no
release da banda “Metal pesado, maloqueiro e sem dever nada pra ninguém” e
é bem isso mesmo. A banda está divulgando seu auto-intitulado EP de estreia,
mixado e masterizado por Geovani Maia (Estúdio Phantom), produzido pelos
próprios integrantes e gravado de maneira 100% caseira dentro do quarto do
baterista. Para a mixtape desse mês indico a música ‘Surrender’ que é a mais ‘de
boinha’ pra não assustar os que tem ouvidos sensíveis, mas vou logo avisando é
metal fióte \,,,/.

Para quem gosta de: Todo tipo de som pesado

ALAGOAS: Sirva-se

Coffeeshop – Algumas Cervejas e Uma História

hardcore melódico/alternativo

Uma banda com pouco mais de um ano, mas com várias conquistas, fruto de
um trabalho focado e decidido. Nesse pouco tempo já puderam tocar fora da
cidade, gravar um split-cd virtual e participar de vários eventos por aqui. A
música “Algumas Cervejas e Uma História” faz parte da lista de sons da primeira
gravação e deve ganhar um vídeo clipe logo menos.

Para quem gosta de: Noção de Nada e Zander

PARÁ: MúsicaParaense.Org

Delinquentes – Formigueiro Febril

Hardcore/punk

Com 27 anos de carreira, o Delinquentes é banda de referência na cena roqueira
paraense. Tendo à frente o respeitado Jayme Katarro – fundador e único
integrante da formação inicial – eles lançaram no primeiro semestre de 2012 o
EP “Formigueiro Febril” pelo selo Takakaos Records. A formação atual traz ainda
Pedro Bernardo (guitarra), Pablo Cavalcante (baixo) e Raphael Lima (bateria). O
EP antecedeu o Dia D, show de gravação do primeiro DVD da banda, ainda em
processo de finalização.

Para quem gosta de: Ratos de Porão, Inocentes, Rammstein, Sex Pistols

MARANHÃO: Shock Review

Garibaldo e o Resto do Mundo – Mulheres de Salto

rock/pop/alternativo

Garibaldo e o Resto do Mundo nasceu em São Luís em 2009. Em 2010 saiu o disco
de estreia da banda, com oito faixas que vão do pop ao experimental. Ainda em
2010 o disco e a banda foram indicados em duas categorias do prêmio da rádio
universitária do Maranhão: “Revelação” e “Melhor CD de pop-rock”. Atualmente,
a banda tem se dedicado à pré-produção do segundo disco que começa ser
gravado em setembro desse ano e, provavelmente, será lançado ainda no segundo
semestre de 2012.

Para quem gosta de: Pato Fu e Brendan Benson

PIAUÍ: Uptune

Estro – Alegria do Sorriso

indie rock

Inspiração, entusiasmo poético ou artístico, riqueza de imaginação. Estro, começou
de um projeto de dois amigos, Rodrigo Gondim e Felipe Barros, que colocaram suas
composições na internet e perceberam que aquilo podia da certo. Um tempo depois
convidaram Lucas Gaspar para a bateria e Neto Carvalho para a guitarra, o que deu
uma nova roupagem para a banda. Sentimentos refletidos em canções.

Para quem gosta de: Chico Buarque, Jack Johnson, Bob Dylan

ADVERTÊNCIA: Este material não deve ser comercializado. Ele foi produzido com fins estritamente promocionais.

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Jéssica Figueiredo começou a escrever sobre música em meados de 2006, mas, antes disso, já passava noites a fio ouvindo do rock mais alternativo ao Bob Dylan, Rolling Stones e The Beatles. Acredita que as novas produções independentes estão salvando a música brasileira, com algumas exceções, é claro.

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