Jair Naves e Helio Flander por Alexandre Guedes (abguedes@gmail.com)
Uma segunda-feira , início de primavera chuvosa, o show estava marcado para as 22 horas e tudo indicava que contaria com poucos presentes. A casa, Grazie a Dio na Vila Madalena em São Paulo, começava com um amontoado de versões ska de músicas que nada tinham a ver com a apresentação que ocorreria ali.
Timidamente o público foi chegando e se acomodando nas mesas ao redor, alguns pareciam fãs, outros estavam ali pelo simples acaso ou curiosidade. Pontualmente Jair Naves e sua banda sobem ao palco para uma apresentação que mudaria o quadro melancólico descrito.
A noite do Cedo & Sentado já esquentava na primeira canção, “Carmem” visceral a ponto de ser histérica abrirá a noite:
Jair deu sequência com “Poucas Palavras Bastam”, “Covil de Cobras” e “Maria Lúcia” que aos poucos foram fazendo com que se sentisse mais a vontade e entendesse a proposta do Cedo & Sentado – que finalmente era cedo e também sentado – “No Fim da Ladeira” foi a canção que o deixaria finalmente pleno com as coisas ao seu redor.
Passando pela bela forte “Guilhotinesco” ele chama Helio Flanders ao Palco, que assume os teclados com “Silenciosa” em um duo com o cantor anfitrião, que era emendada pela “Soluços” de Jards Macalé:
Após a saída do vocalista da banda Vanguart, o paulista lançou “Um Passo Por Vez” e “De Branquidão Hospitalar” que encerraria a apresentação por ali, se não fosse o público que finalmente se animará. Era o bastante para uma segunda-feira onde os inocentes levantariam cedo no dia seguinte.
