Casa lotada. Fãs de carteirinha marcaram a apresentação do combo baiano Cascadura no Pelourinho neste último domingo. Esses mesmos fãs exibiam um contraste deveras engraçado: As camisas que vestiam os corpos suados da explosiva apresentação tinham foco em bandas como O Teatro Mágico e até o metal do Slayer, bandeiras diferentes das que o Cascadura procura levantar; além de claro, o fã clube da Pitty – cantora com laços bastante estreitos com o quarteto.
A apresentação foi o lançamento oficial de Efeito Bogary, documentário produzido ao longo de dois anos, sob o foco do elogiado álbum Bogary – que teve como grande feito a marca de 10.000 exemplares ventidos, o que de fato, é um marco para qualquer banda independente. O DVD, que também acompanha o CD original e mais uma capa especial, estava a venda na apresentação por salgados 30 reais.
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Cascadura Ao Vivo
Abrindo com “Se Alguém o Ver Parado”, cheguei a mesma conclusão que qualquer pessoa que não conhece o Cascadura teve ao assistir aquele público inflamado: Seria essa uma banda de uma grande gravadora? Que arranca gritos de jovens moças e tem todas as suas músicas cantadas a plenos pulmões? As rodas de pogo acabaram dividindo o público que aglomerava a frente do palco. O repertório deu um passeio por todos os 17 anos do grupo, 4 álbuns e muitas histórias, num show de rock fervente e dançante.
Apesar do desgastante atraso no início da apresentação – que passou de uma hora – a qualidade apresentada no palco dava um ar de grande banda da história do rock brasileiro. Com seus dois roadies, iluminador e técnico de som próprios, o resultado foi uma qualidade sonora surpreendente, digna do que os fãs deveriam ouvir. Claro que, alguns erros do vocalista e guitarrista Fábio Cascadura, ficaram abafados com a impressionante competencia das baquetas de Thiago Trad, além do guitarrista Candido Sotto e do baixista e simpático Tiago Aziz.
No bis, Fábio interpretou um poutt-pouri acústico, até a banda entrar a arrancar mais gritos do público, vinho e cerveja jogados para todos os lados, pulos, rodas de pogo e sorrisos recíprocos entre o palco e os presentes.