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O caminhar do Cavalo de Rodrigo Amarante

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Rodrigo Amarante - Cavalo

 

(Ainda não ouviu? Então leia e ouça aqui)

É com passos lentos que a caminhada de Rodrigo Amarante começa, Cavalo, seu primeiro disco solo se inicia com uma canção romântica e cheia de sopros, Nada em Vão fala sobre a reflexo de si no outro, uma apresentação convincente para um dos discos mais aguardados deste ano que corre.

Cavalo é triste, mas recebe este nome pela complexidade dos sentidos. Rodrigo valoriza sua carga de maneira intrínseca, mostra todos os caminhos que já percorreu e pontua o sentido que quer seguir. Em um texto publicado como carta no seu Facebook ele revela como suas mudanças – pessoais e geográficas – foram importantes e decisórias.

O álbum tem uma grande influência do produtor Noah Georgeson e busca nos anos 50 elementos de sopros e teclas e uma sonoridade mais vintage, e nos 70 as referências primarias eletrônicas. Os ritmos não são brasileiros, talvez o que o aproxime mais de uma proposta nacional seja Maná, que foi lançado como single anteriormente. Mas a sonoridade proposta, remete muito ao que foi trabalho com o Little Joy, ao lado de Fabrízio e Binki.

De uma maneira mais globalizada, com letras em inglês, português e francês e instrumentos e ritmos que acompanham as línguas, sem cair em um clichê e fechando as canções como únicas, o disco é repartido em 11 partes com duas frentes, uma mais dançante e animada e outra melancólica e reclusa.

Maná, The Ribbon e Hourglass são as mais detalhistas e consequentemente as que mais chamam atenção no pacote mais entusiasmado, enquanto I’m Ready, Fall Asleep e O Cometa estão de um lado mais denso e comovente, inclusive a última citada é uma canção escrita para o seu amigo, o poeta e professor Ericson Pires, morto em 2012.

Por si, Cavalo é um álbum que mostra como Rodrigo evoluiu como compositor e músico. Suas companhias e moradia fora do Brasil não o fez mais distante, mas sim vanguardista dentro de uma sonoridade específica, que já vinha trabalhando desde 2008 no seu antigo grupo.

13 COMENTÁRIOS

  1. disco super gostoso de ouvir. amarante mostra como ser melancólico sem ser chatão!

  2. Eduardo Araújo já escutei sim. Acho que muita gente, assim como eu, esperou muito por este álbum. O baixei assim que saiu no rock in press a notícia de que estava disponível para download.
    Como bom viciado nos Hermanos, e apreciador do Little Joy, antes de qualquer resenha pensei "porra, esse álbum é um compilado de tudo pelo qual ele passou", caraca e TARDEI não diz exatamente isto? Ainda que tendo curtido muito e achado a composição do disco muito boa, confesso que esperava algo mais em próximo do Little Joy.

  3. Ta aí, pra quem ficou reclamando dos 2 cds do Camleo, falando que era chato. O Do Amarante é um tantinho mais lento ainda. Não que não goste, mas achei um tapa na cara desses fãs que acharam que Amarante ainda tava escrevendo musicas tipo retrato pra Iaia. rsrsrsrsrs

  4. A piada foi ótima! Mas o Amarante é mil vezes mais interessante q o chato do Camelo. E tô curtindo bastante o disco, embora seja, sim, bastante lento e melancólico.

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