Bem, além desse monte de coisa que sai no mercado da música, eu também escuto coisas antigas, descubro bandas novas e bato cartão na história passada da música. Todo o sábado agora, vai entrar o Audições da Semana, falando do que me prendeu a atenção. Vai ser bom para conhecerem a variação de sons que gosto.
Apesar d’eu perceber que o que nos rodeia a cabeça são músicas em Inglês e Português, nós nunca conseguimos fugir de uma bela voz, seja em qual língua for. A parisiense Françoise Hardy chegou aos meus ouvidos – com bastante atraso – essa semana e simplesmente fez sentir-me apaixonado pela voz doce e bela que ela nos oferece. Sua música é simples, doce, rápida e apaixonada, me fazendo pensar que cantoras com Beth Gibbons (Portishead), tem com Françoise uma mãe na arte da música sexy e bela. Essa jovem que vocês vêem aí ao lado está atualmente com 64 anos de idade. Eu estou escutando a coletânea dupla The Vogue Years, que ilustra o melhor da época que a senhorita Hardy figurava no Cast da gravadora Vogue. Recomendadíssimo.
Há uma semana atrás eu estava totalmente envolvido no último álbum de Pj Harvey. Pois é, sem querer eu achei essa banda Polonesa chamada très.b(grafado em minúsculo mesmo, significa ‘muito b’ em francês) e estranhamente me encantei por esse som que mescla melancolismo com a música pop. Complicado isso, mas o très.b é bem diferente mesmo. As faixas passeiam desde o experimental até o blues, do rock a música pop, sem deixar ser repetitivo. A voz de Misia Furtak é encantadora, e junto com os instrumentais, formam a melodia perfeita para quem quer sair da rotina de bandas mais do mesmo. Estou escutando o álbum Scylla and Charybdis, mas descobri que semana retrasada eles lançaram Ola, no qual já estou a procura. Recomendo.
Pode acontecer qualquer coisa no mundo, mas eu não posso deixar de falar sobre esse antológico registro da cena indie brasileira tomando de assalto o mainstream rock-falido que nós vivemos. Finalmente eu consegui por as mãos (ou os ouvidos) no DVD Multishow Registro Vanguart. Sem dúvidas, uma das melhores bandas em atividade atualmente e comandada pelo cara mais boa pinta (hahahahaha) da música independente. O melhor de tudo, é que eu consegui apagar a única vez que os vi ao vivo, no programa Altas Horas, onde a voz de Hélio Flanders estava… hã… BEM ruizinha e apagando um pouco o brilho da banda. Mas não, nessa bolacha você encontra uma banda inteligente e bem formada, com um vocalista com a voz clara e jovem, um quarteto de cordas belíssimo e um público que não fez feio para quem está lançando seu primeiro trabalho por uma grande gravadora (os outros lançamentos da banda foram em formato independente). É claro que eu recomendo.