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Vinicius de Moraes: A benção, poetinha!

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Vinicius de Moraes

Se ainda estivesse vivo, Vinícius de Moraes completaria 100 anos hoje. O poetinha, como é carinhosamente chamado e lembrado, é um dos nomes mais influentes do cenário artístico brasileiro, responsável por obras aclamadas na literatura, música, dramaturgia, cinema. Carioca da gema, Vinícius era cidadão do mundo devido aos anos que atuou como diplomata do Itamaraty e trabalhou também como jornalista por diversos jornais e publicações.

Em seus quase 50 anos de vida artística, ele ficou conhecido por suas parcerias e amizades nas diversas vertentes em que atuava. Na música, Vinícius foi parceiro de Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Edu Lobo, Toquinho, Elis Regina, Chico Buarque e outros grandes nomes da música brasileira. Suas composições ganharam notoriedade no mundo inteiro, como a emblemática “Garota de Ipanema”, que já foi regravada 240 vezes, segundo o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), órgão brasileiro fiscalizador de direito autorais. Veja a publicação do RinP sobre algumas versões para este clássico da MPB.

Sua música marcou gerações, e ainda continua marcando. Tanto que fizemos um apanhado com nomes do cenário alternativo da música brasileiro que de alguma forma tiveram influência de Vinícius em suas obras, ou já fizeram alguma homenagem ao poeta.

Começamos então com a banda pernambucana Seu Chico, do vocalista Tibério Azul, que faz apresentações homenageando Chico Buarque. Em um medley muito bem feito, o grupo apresentou a música Pedro Pedreiro, primeiro sucesso de Chico, e Samba da Benção, de Vinícius de Moraes e o violonista Baden Pawell. Samba da benção também ganhou versão na voz e rima de Criolo, em 2007, com participação de Marcel Powell, filho de Baden. Na mesma apresentação, Rael da Rima cantou “O Morro Não Tem Vez”.

Criolo

Canto de Ossanha, faixa do álbum “Os Afro-sambas” fruto da parceria de sucesso do poetinha e de Powell, ganhou uma interessante leitura rockeira pelo power trio paulista O Terno e também foi apresentado na potente voz de Tulipa Ruiz. Já a banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, gravou a música “As abelhas”, faixa do primeiro disco da coletânea de músicas infantis “Arca de Noé”. A coletânea, repleta de poemas infantis sobre os animais, teve o primeiro disco lançado em 1980 e o segundo em 1981 e, por sinal, este ano ganhará uma regravação feita por grandes nomes da música brasileira.

Para finalizar, pode-se ver influência do poetinha na faixa “Mascarados” do disco Pearl, lançado por Rubel Brisolla, no começo deste ano. A música termina com o verso “a vida só se dá, pra quem se deu”, presente na música “Como dizia o poeta”, que batiza o álbum lançado em 1971 por Vinícius de Moraes, em parceria com Toquinho e Marilia Medalha.

A referência de Vinícius para a música brasileira por tantos anos só pode ser explicada pela inefável qualidade de seu trabalho, que vai perdurar por muitos mais que estes 33 anos que vivemos sem novas poesias e letras do artista. Neste tempo, só nos resta contemplar e homenagear a sua obra, sempre que possível. Saravá, poetinha. Saravá!

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