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Anitelli Trio, Medulla, Humanish e Outros @ Grito Rock RJ – Circo Voador-RJ 09/03/2012

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Foto por: @WPeclat

O Grito Rock é a celebração brasileira da música independente. Tanto que é o maior festival comunitário do planeta, com abrangência que envolve, além do Brasil, países latino-americanos. A edição carioca do evento teve seu ápice na lona verde e branco do Circo Voador.

Com a casa não tão cheia quanto o esperado, 5 bandas de diferentes estilos subiram no palco para mostrar seu trabalho, dividindo o público. Esta edição do evento também ficou marcada pela amizade entre as bandas, gerando diversas participações especiais nos shows – e é esse o objetivo do Grito Rock: fortificar a cena independente, gerando amizades e parcerias.

Foto por: @WPeclat

Apesar da falta de costume do público de chegar cedo para assistir shows no Circo Voador, a Humanish já estava mostrando a sua força às 22:30. O grupo aproveitou a chance para mostrar  canções inéditas que estarão na reedição de seu primeiro álbum, agora saindo pelo selo Bolacha Discos. Ao final do show, muitos se perguntavam qual o nome da banda e foram comprar as últimas unidades do cd na banquinha, enquanto que outros pediam um bis que não foi tocado.

Foto por: @WPeclat

Com a força de quem já conhece bem o palco e amparados pelo secto de fãs sempre fervorosos, o Medulla fez o de costume: colocou a casa abaixo. Com um repertório baseado em seus maiores sucessos, a banda trouxe junto a participação do Forfun, tocando “Could You Be Loved”, de Bob Marley, e transformando o Circo numa verdadeira casa do Reggae. A apresentação foi encerrada com uma jam apoteótica entre guitarras e olhares assustados do público.

Foto por: @WPeclat

Já sugerindo uma troca para um público mais novo, o Scracho mostrou sua mistura de pop-rock com reggae já bem antiga e carente de novidades. Ainda com um público fiel, eles também contaram com participação especial do Forfun, mas não chamaram atenção do público de outras bandas. Além disso, junto com a atração seguinte, mostra-se visível a diferença sonora e o público a ser atingido dentro do festival.

Foto por: @WPeclat

Segundos antes de entrar no palco do Circo Voador, Baia e seu único violão (importado, de mil dólares) foram ameaçados de não se apresentarem. O violão do músico caiu e partiu em dois, atrasando em mais de vinte minutos o seu show e mutilando o repertório inicial – o que causou reclamações do músico com a produção. Com o instrumento emprestado de Fernando Anitelli e uma voz rouca, por vezes falha, Baia mostrou um show morno e fora de contato com o público jovem do local.

Foto por: @WPeclat

Encerrando a noite, o Anitelli Trio surpreendeu os presentes não por fazer um já costumeiro e profissional show, mas sim por basicamente só mostrar canções de sua banda principal, fazendo, na verdade um pocket show do Teatro Mágico. Com isso, quem foi ao Circo para ouvir as músicas do bom disco As Cláves da Gaveta saiu de lá decepcionado, além do horário tardio de início do show: quase às 3 da manhã. Animado e seguro dos músicos que o acompanham, Anitelli mostrou um show forte e bem moldado com uma simplicidade que as vezes sente-se falta nas apresentações do O Teatro Mágico.

Apesar dos problemas e da fortíssima concorrência (Morrissey, o eterno líder do The Smiths, se apresentou a poucos metros de distância do Circo, na mesma noite) foi uma boa noite de contemplação da música independente. Zander e Fleeting Circus darão continuidade ao Grito Rock RJ, agora no Studio RJ, no dia 21/03. O encerramento do evento acontecerá com Maglore e Fe Pascoal no mesmo Studio RJ, dia 28/03. Ambos com entrada gratuita.

5 COMENTÁRIOS

  1. Namoral!!!!foi um dos dias mais perfeitos da minha vida, sem exagero algum..

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