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Resenha: U2 + Muse @ Arlington e Houston, Texas 12 e 14/10 EUA

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Karina Filipe é testadora de aplicativos para celular e mestre em descrever os shows que assiste. Não é sua primeira parcipação aqui, já que a jovem também deu seu parecer sobre o show da Lily Allen em São Paulo. Ao que tudo indica, sua aparição nessas linhas será mais frequente…

Acompanhei a passagem do U2 pelo Texas com a turnê 360º e, para deixar os shows ainda mais irresistíveis, a banda de abertura foi o Muse.

Em primeiro lugar, uma consideração sobre a 360º Tour: incrível e impecavelmente planejada. O palco permite que a platéia aprecie o show de qualquer ponto, e possui ainda um arco em sua volta, com duas plataformas que se movimentam, permitindo o acesso dos integrantes ao arco externo. A iluminação, som e efeitos ficaram por conta da “Claw”, uma estrutura imponente em forma de garra, que comporta um telão, também em 360º.

É difícil descrever o show em si, pois não se trata apenas de música, mas sobre as emoções e mensagens que a banda transmite. Definitivamente, é uma experiência espiritual, diria quase transcendental.

12 de Outubro – Dallas Cowboys Stadium (Arlington, Texas)

O show aconteceu no novíssimo estádio do Dallas Cowboys, (que abriga aproximadamente 112.000 pessoas), construído em Arlington, uma cidade pequena, se for pensar na magnitude do evento.

Por ter oportunidade de assistir a outro show, escolhi um assento afastado e na arquibancada, de onde pude ver a “claw” inteira e acompanhar todo o espetáculo. Decisão sensata, já que, pelo fato do estádio ser novo, e por um telão que precisou sofrer modificações – assim como a “claw” –, a acústica da pista foi prejudicada, fazendo com que muitos fãs abandonassem o show por não conseguirem diferenciar as músicas.

Muse

Com alguns minutos de atraso, as luzes se apagam e o palco – única parte da estrutura utilizada pelos britânicos – se ilumina de vermelho. “Dance of the Knights” começa a tocar enquanto apenas o logo da banda aparece no telão, até que, então, os integrantes, muito animados, entram no palco e começam o show com “Uprising”. A platéia respondeu bem, sendo esse um dos pontos altos do show; para muitos, e inclusive para mim, foi muito emocionante ouvir material inédito de sua banda favorita, ao vivo, pela primeira vez.

O show segue com “Map of the Problematique”, seguida do clímax em “Supermassive Black Hole”, levando o público ao delírio. “Interlude + Hysteria” são as próximas, e Matt Bellamy agradece: “Thank you, Dallas!” (Detalhe que ninguém avisou que o estádio fica em Arlington! Mas uma falha perdoável, considerando que é o estádio do Dallas Cowboys, e que o show foi anunciado como sendo em Dallas, no site do U2).

Momento bem esperado: duas músicas novas “Undisclosed Desires” – que será o próximo single –  e “Unnatural Selection”, acompanhadas de símbolos e escrituras no telão, para aumentar o clima do show. Matt convida a todos para baterem as já clássicas palminhas ao ritmo de “Starlight”, outra música extremamente bem recebida por todos e cantada com muita emoção.

Depois dessa animação toda, Matthew conversa com o público e se despede, deixando os fãs esperançosos, e com um gostinho de quero mais: “We’ll see you next time soon, next year! We’re going to leave you with one more song. Cheers, enjoy U2!”. E o show termina com “Time is Running Out”.

Apesar de ser um show de abertura, o Muse não fez feio, e agradou não só aos fãs presentes, como também deixaram satisfeitos quem aguardava o U2 ansiosamente – vale ressaltar que, acompanhando as transmissões dos shows pela internet, pude perceber que o Muse foi a banda melhor recebida nessa turnê, que ainda contou com Snow Patrol. Com apenas 8 músicas mas muita empolgação, eles aqueceram e prepararam a platéia para a magia do prato principal. O gostinho de “quero mais” ficou justamente por ter sido um show “épico”, e não por ser curto e ter acabado quando estava prestes a se tornar bom – já estava bom desde o início.

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Elevation + Until The End Of World

U2

Após aproximadamente 40 minutos de preparação do palco e ainda com as luzes acesas, “Space Oddity”, do David Bowie, começa a tocar alto e, para quem não sabia o show estava prestes a começar, foram minutos de confusão. Ao final da música, um relógio é mostrado no telão, anunciando que o show está próximo a começar. Eis que as luzes se apagam lentamente, enquanto o telão da claw desce. Vindo do acesso de trás do palco, Larry Mullen Jr é recebido calorosamente pela platéia, e começa as batidas de “Breathe”, seguido de Adam Clayton e The Edge; Bono então entra no palco, deixando os fãs malucos. Definitivamente uma ótima música pra um começo emocionante!

O show segue com a animada “Get on Your Boots”,  e um convite ao público para cantar “Magnificent” – palavra perfeita para descrever a emoção e a energia. Desde já é possível perceber que o enorme palco (nesse momento iluminado totalmente de azul) é pequeno demais para o U2, enquanto Adam, Edge e Bono começam a andar pelo arco exterior e plataformas. “Mysterious Ways” dá continuidade ao espetáculo, com seu ritmo descontraído. Música das antigas e muito cantada por todos! No final, um snippet de “My Sweet Lord”, de George Harrison.

Momento inesquecível: “Beautiful Day”, muito ovacionada, recebe uma “zoada” especial de Bono ao baterista; Bono emenda “Blackbird”, dos Beatles, e segue adiante, agradecendo a todos os presentes, e ao Muse pela abertura do show. Dão-se então os primeiros acordes da belíssima “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” seguida de “Stand by Me”, cantada em coro.

Larry e Adam saem do palco, deixando Edge e Bono num duo voz e violão em “Stuck In A Moment You Can’t Get Out Of”. Nesse momento, a voz de Bono ecoa pelo estádio, arrepiando os fãs. Os outros integrantes retornam, Bono pega um violão e “No Line On The Horizon”, é tocada enquanto a capa do álbum é mostrada no telão. Apesar de nem todos conhecerem várias músicas, não há ser vivo parado no local! E então mais barulho no estádio: “E-le-va-tion”!!! “Until The End of The World”, compensada pela excelente performance da banda, abre caminho para “The Unforgettable Fire”.

Em “City of Blinding Lights” Bono faz um fã feliz, deixando que se divirta no palco, e até presenteando o sortudo com seus óculos. ‘1, 2, 3… 14’!!! “Vertigo” causa muito barulho e animação na claw totalmente iluminada! A versão remixada de “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight” rola enquanto os músicos dão uma descansada. Luzes verdes se acendem, chamando o público para talvez seu maior sucesso: “Sunday Bloody Sunday” que, apesar de ser bem antiga, não desanimou a banda na hora de tocá-la. “How long, how long must we sing this song?” – se depender do público – e de mim – a resposta é para sempre!

Segue o show com “MLK”, calminha e linda, e no telão aparece a imagem de Aung San Suu Kyi (que já ganhou o Nobel da paz), cuja história é resumida no telão pouco antes da próxima música. Ela é uma ativista da Birmânia, que desde 1990 está em prisão domiciliária, mas ainda luta pela democraria em seu país. “Walk On” foi composta para ela, e antes da música, aparece no telão a frase “Tonight we walk on for her.”, durante a música, fãs que fazem parte da ONE Campaign entram no arco exterior do palco usando uma máscara com o rosto de Aung San Suu Kyi – lindíssimo!

Após 17 músicas, “One”, uma das mais famosas, mais esperadas, mais amadas e mais cantadas por todos, e um snippet de “Amazing Grace”, de John Newton, seguida por “Where The Streets Have No Name”.

U2 sai do palco novamente e começa o “Space Baby” – um etzinho é mostrado no telão “What time is it in the world?” e após essa introdução é mostrada a imagem do próximo microfone do Bono: estilo antigo, com um círculo em volta, iluminado de vermelho e pendurado na claw. Bono, usando uma jaqueta, pega o microfone e começa a se balançar e cantar “Ultraviolet (Light My Way)”. “With Or Without You” é cantada por todos, deixando que “Moment of Surrender” feche o show com chave de ouro. Inesquecível!

14 de Outubro – Reliant Stadium (Houston, Texas)

O Reliant Stadium, bem menor que o estádio anterior, 71.500 assentos, proporcionou um melhor show, já que possui a acústica melhor e é equipado com um teto retrátil (que deu um toque especial), além de dar a impressão de casa mais cheia.

Bono e the Edge visitaram a NASA um dia antes e durante o show agradeceram à equipe da Agência Espacial, mais uma vez agradeceram e elogiaram o Muse, por seu último show na turnê, falaram sobre a participação do ex-presidente Bush na ONE Campaign, e seguiram com um discurso emocionante, dizendo que se sentem em casa em Houston, com a “space jump” deles, e finalizando dizendo que o Texas, no momento, era o centro do universo para eles – e para todos lá presentes..

O show do Muse também foi super aplaudido pelo público. Só contou com duas músicas novas, mas surpreendeu com “Plug in Baby”! (E um fail do Dom, que foi ao microfone para falar que voltariam logo, mas as luzes já estavam apagadas nesse momento).

Muse – Setlist:

Uprising
Map Of The Problematique
Supermassive Black Hole
Interlude + Hysteria
Undisclosed Desires
Starlight
Time Is Running out
Plug In Baby

U2 – Setlist:

Breathe
Get On Your Boots
Magnificent
Mysterious Ways
Beautiful Day + Here Comes The Sun
I Still Haven’t Found What I’m Looking For + Stand By Me
Stuck In A Moment You Can’t Get Out Of
No Line On The Horizon
Elevation
Your Blue Room
Until The End Of The World
The Unforgettable Fire
City Of Blinding Lights
Vertigo
I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight + Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin) + Two Tribes
Sunday Bloody Sunday
MLK
Walk On + You’ll Never Walk Alone

Encore:
One + Amazing Grace
Where The Streets Have No Name
Ultra Violet (Light My Way)
With Or Without You
Moment of Surrender

Fica a dica: se algum dia você tiver a oportunidade de ir a um show do U2, não perca!

por Karina Filipe

7 COMENTÁRIOS

  1. Energia positiva agora que ano que vem teremos um showzaço desse aqui no Brasil =)
    (mais de um, hopefully!)

  2. ihhhh então pode duvidar de tudo oq tá na resenha! td aconteceu como mágica! (a chance de ir pra lá) for real!!! =)

  3. hahahahaha acredito na resenha! mas U2+Muse no brasil é demais pra minha esperança… (e pro meu coração)

  4. U2 vem ano que vem… (energia positiva hehehe)
    Se o Muse vier abrir pra eles de novo… a gente não reclama não né??? hahahaha

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