Foto: Facebook/PatoFu
Na última semana (2, 4 e 5 de Abril), a banda Pato Fu lançou em São Paulo o seu décimo álbum, intitulado “Não Pare Pra Pensar”. A banda originalmente Mineira completa 23 anos e é de se impressionar que ainda enxergamos Ulhoa, Koctus e Takai (o trio original do grupo) como se eles tivessem 23 anos, de idade.
É claro que vimos John Ulhoa se arriscar como produtor em diversos formatos musicais, como em 2013 na trilha para Alice no País das Maravilhas, espetáculo adaptado pelo Grupo Giramundo; Ou Koctus, lançando dois discos solos; Assim como Fernanda, que divulgou “Na Medida do Impossível” no ano de 2014 e também nos anos anteriores, onde interpretava parte do repertório de Nara Leão.
Trouxe tudo isso para exemplificar que apesar de não vermos, o tempo passou. E nesse tempo o Pato Fu não esteve em um “hiatus”. É que além dos projetos solos, a extensão da banda se tornou muito maior durante o lançamento de “Música de Brinquedo”. Conversando em palco – coisa que a banda faz muito bem – Takai explica que o último disco durou quatro anos de tour. Imagine só que uma experiência fora da caixa traria um dos períodos mais longos na jornada da banda.
Sobre a sensação de jovialidade e do tempo não ter passado, que obviamente está contida em cada um dos membros da banda – que hoje é composta também por Lulu Camargo e Glauco Nastacia. É tão revigorante vê-los que nem conseguimos nos dar conta da história, ou de que fazem mais de 20 anos quando que ouvimos pela primeira vez a genial “Pato Fu Demo”, que aliás também esteve no setlist do show do último domingo (05).
No ao vivo, o repertório de mais de duas décadas não ficou refém do passado, pelo contrário. O disco soava tão original quanto os primeiros da banda e canções como Ninguém Mexe com O Diabo se misturavam facilmente com queridos hits como Capetão. O mesmo no caso de Não Pare Pra Pensar que poderia ser uma ótima continuidade de Sobre o Tempo.
Em pouco mais de uma hora e meia de apresentação e muita conversa, a banda fez todo o público levantar e se reunir no gargarejo, para comemorar não apenas dez discos de estúdio ou as décadas, mas pra celebrar momentos especiais em que pessoas se juntam para dar significado ao agora e relembrar canções que fizeram parte de momentos tão especiais.
Versões de “Mesmo Que Seja Eu” (Roberto Carlos e Eramos Carlos) e “Ando Meio Desligado” (Mutantess) completaram um repertório que agradou gregos que quem estava sedendo por novidades e troianos querendo relembrar momentos.
Há muito tempo acho o Pato Fu a melhor banda brasileira em atividade!