Neste meio maluco onde a arte domina e o coração manda, é difícil encontrar alguém tão empreendedor como Léo Versolato – o baixista que canta, compõe, toca teclado e tem um disco todinho seu – “Santo Bom”. O show oficial de lançamento acontece na próxima quarta, 16 de julho, no Tom Jazz. E tem participações da família Versolato em peso – Renata e Ubaldo – e do grupo Ecco (um quarteto de voz incrível).
O álbum foi produzido por Pedro Baldanza, que já atuou com Elis Regina, Sá & Guarabira e muito mais. No trabalho, além da participação do próprio Ecco, há ainda Dani Gurgel.
“Estação Paraíso” é aquela de cantar junto, sabe? A letra narra o (des)encontro de um casal, onde um vinha pela linha verde do metrô e, o outro, pela azul. Paraíso foi onde eles se encontraram e a história virou canção. E não só nela, como em todas as faixas que compõem o repertório, os arranjos são tudo, menos óbvios.
A música que dá nome ao álbum tem um baixo bem marcante e uma guitarra crescente. Ela dá a impressão que vai explodir, mas acaba mantendo o ouvinte na expectativa. Fico particularmente ansiosa ouvindo essa. E quem cria esse clima todo é uma banda de tirar o chapéu.
Na bateria, Gabriel Guilherme, que foi considerado o quarto melhor do mundo em 2012, por concurso da Roland; Marcus Wiberg, o guitarrista sueco que entende mais de música brasileira que muita gente; Ubaldo Versolato, que toca com a banda Mantiqueira e com Roberto Carlos, nos metais; Jotagê Alves no clarinete e participações mais que especiais do Ecco, Debora Gurgel e Renata Versolato.
A doçura e a sensação de estar ouvindo uma daquelas antigas canções ficam para “Lugar Azul”. A versatilidade do cantor no piano pode ser notada em faixas como “De Casa” – haja fôlego para essa melodia – e “O Vento e a Flor”. Léo Versolato é um romântico sem cura. Bom para gente!
“Sereia”, em parceria com Fernando Ramos, é uma dessas, que fala sobre o fim de um relacionamento. Mas a canção é tão alegre que você dançaria mesmo com o término. Agora, se você quiser ir direto ao ponto, ouça “Carrossel”, com participação da irmã de Léo. É daquelas que fazem você esperar por algo na vida, sabe-se lá o quê. Só se sabe que é bom. Um santo bom.
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DEMAAAAAIISSS
adorei a matéria. Concordo com tudo!!!! As músicas citadas são as minhas preferidas!! Parabéns!
Ótima matéria. Quando assisti ao vídeo Santo Bom, sabia que conhecia uma das pessoas no estúdio, mas não me lembrava (Rg baixo é assim), era o Pedrão do "Som Nosso".