A minha cantora favorita no mundo chama Norah Jones. Não me pergunte onde, como ou por quê. Mas é como é. Quando ela canta, um anjo passa por onde quer que eu esteja e a coisa simplesmente flui.
Bem, eu estava na casa do pessoal da Guido, ouvindo a prévia que se tornaria o novo disco, quando o Arthur Romio me mostrou uma música do Le Blanche. Aquele timbre tinha algo familiar à minha querida Norah e o amor foi, de fato, à primeira vista.
A música era uma que havia sido selecionada pela Converse, a marca, num concurso. E o prêmio era um show bem estruturado no Cine Joia – uma das casas mais legais de São Paulo, principalmente para bandas independentes.
Lógico que a curiosidade foi despertada naquele momento. Aquele vocal não saía da cabeça. Era impossível. Foi aí que ouvi “Nude Beach”, com aquele fundo de passarinhos e praia. É hit. Ponto. E Fernanda Barban é minha nova musa pop.
Já “Titília E O Imperador” vem da caixinha de música à pegada anos bolinha de um jeito tão apaixonante e com um baixo tão à frente que eu pedi um uísque no momento em que rolou. O piano também faz uma diferença absurda a uma melodia que domina. Entre o português e o inglês, Le Blanche conquista e faz querer mais. Não pare, por favor.
Aí descobri que as linhas de baixo vão muito além dessa canção. E não importa quantos metais mostrem seu talento, quantas guitarras façam riffs – o baixo está tão presente que o coração bate junto ao grave, ardendo e fazendo fluir.
Fulvio Parigi (teclado), Lucas Carareto (bateria), Felipe Barbosa (guitarra) e Thales Mendes (baixo) são guiados pela voz da já citada Fernanda e do já querido produtor, Arthur. Para fechar, “I Know You Want Me” é surpreendente. É sensual. É sedutor. É Le Blanche.
Sério, ouve.
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