Estamos de volta com esta que é a sua, a minha, a nossa coluna 1PorDia. Estreamos há dois dias e o feedback tem sido incrível, obrigada a todos! Para quem não entendeu, estamos falando sobre um disco a cada 24 horas – lançamento ou não. É um desafio árduo, porém edificante. Então, se você tiver sugestão de pauta, só mandar para 1pordia.carol@gmail.com. 🙂
Bem, chega de mimimi. Falei do lançamento do Phillip Long, escrevi sobre o maravilhoso do Soulvenir… Mas, hoje, resolvi mudar os ares e contar sobre um trabalho que tem um gostinho especial, por eu ter acompanhado a produção de perto, porém sem tocá-la, desde o começo.
Passando agora para os ritmos genuinamente brasileiros, apresento-lhes Bruna Moraes. Ou Bruninha, ou Bruneka. “Inha” porque ela tem 19 anos, mas já ganha festival com composições próprias desde os 14. A cantora entrou para o maior conservatório de música da América Latina – antiga ULM (EMESP Tom Jobim) – aos 11 anos, quando também soltou a voz no Memorial da América Latina, com a Orquestra Jovem Tom Jobim. Ano passado, representou o Brasil no Mendoza En Bossa, na Argentina – ao mesmo tempo que fazia as provas finais do Ensino Médio.
Ok, mas chega de falar de currículo. Vamos falar do disco. “Olho de Dentro” é a estreia dela, pela Kuarup. A proposta veio do nada, a gravação e produção foram realmente rápidas e o lançamento foi no Tom Jazz (onde ela toca novamente em breve, mas eu não contei isso para vocês, ok?).
Bruninha brinca com a música, simples assim. Ela leva a melodia para onde ela quer, sem desafinar. E o álbum traz desde o baião gostoso de “Zoio de Foia” , que abre o trabalho, até uma releitura de Chico Buarque – com a participação de Lenine Guarani, ela manda bem numa versão tango de “Sem Fantasia”. O disco tem ainda “Bolinha de Papel”, do João Gilberto.
É música brasileira tirada da sua raiz e na voz de uma pimentinha, que bem lembra Elis Regina nos trejeitos. Tanto, que chegou a tocar no Palco Elis Regina da Virada Cultural 2012. A intensidade com que a pequena grande Bruna Moraes vive seu trabalho pode ser percebida em faixas como “Muito Mais” – com um refrão incrível e de arrepiar até o último fio de cabelo. Já o deboche fica para a animada “Carne e Fogo”. REAL é a melhor palavra para definir o trabalho, segundo a própria cantora. E eu concordo!
De Ijexá a samba, o álbum teve produção musical de Pedro Baldanza, contrabaixista que tocou com Elis, Ney, Zizi Possi e Sá & Guarabira. De fato, em boas mãos. A execução ficou com Peter Mesquita (baixo e contrabaixo acústico), Kabé Pinheiro (percussão), Fábio Leandro (piano), Gabriel Guilherme (bateria), Thadeu Romano (acordeon e bandoneon), Gian Corrêa e Gabriel Selvage (violão 7 cordas), Paulo Ribeiro (violão), Ítalo Lencker (participação violão), Lenine Guarani (participação voz), Filipe Dourado (cavaquinho).
E você? Já ouviu? Diz aí nos comentários o que achou do álbum e da dica para hoje!
Eu já ouvi e me apaixonei! Os músicos são de primeiríssima qualidade e a cantora, bom, essa me deixa sem palavras. Sempre fui apaixonada por Elis e quando ouvi a Bruninha cantando pela primeira vez, informalmente, me arrepiei….emocionei! Ela é fantástica! Parabéns!
Já ouvi algumas músicas, mas acompanho o trabalho da Bruna Morais e do Italo Ítalo Lencker, meu amigo, apesar de apenas virtual, mas amigo há tempos… músicos super competentes.. merecem todo o sucesso do mundo….
Já ouvi Bruna Moraes. Voz doce e forte – gosto muito das músicas dela. Felizmente, pude vê-la ao vivo e recomendo muito!
estou apaixonado