*Foto: Fernanda Mota
Quem vê Bianca Bacha chegando delicada e com sua voz adocicada durante a fala, pensa logo que vai ouvir um som da moderna MPB. Mas o disco de estreia, homônimo, traz um pop/rock refinado e cantado em pelo menos três línguas diferentes – inglês, português e francês.
Mais uma vez, Campo Grande surpreende com um novo talento. A também compositora acaba de realizar seu show de lançamento na capital sul mato-grossense – e cidade natal – e tem dado o que falar por lá.
O ukulelê que abre o álbum com “Je Crois” rompe, de cara, com a ideia que o instrumento está atrelado a fofurices e afins. Em seguida, vem o rock romântico de “Ouvindo Lou Reed”, que abre a sequência de canções que vão dando contorno à personalidade da artista. Bianca e suas nove faixas correm por outras águas: é uma mulher meiga usando todas suas melancolias em guitarras, baixos e baterias bem produzidas e que facilmente poderiam ganhar o gosto das rádios.
Além das músicas autorais, Bianca recria também os universos de Jerry Espindola, Arruda e Anelis Assumpção. Há ainda interpretações mais que especiais, como a faixa “Para Elas” (Alzira E e Alice Ruiz), com a participação da própria Alzira E – o que culmina em um belo encontro vocal para uma faixa cheia de emoção.
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